quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Temporada 2014 - Jogo 12 - Buccaneers 13 x 14 Bengals


Se o caro leitor deste blog não esteve em coma (ou fora abduzido por alienígenas) neste último fim de semana; muito provavelmente já sabe que na sexta-feira, dia 28.11.2014, o ator, escritor, comediante, dramaturgo, compositor e diretor de televisão mexicano Roberto Gómez Bolaños faleceu, vítima de um ataque cardíaco, aos 85 anos de idade...


Chespirito (versão diminuta e castelhanizada de Shakespeare) começou sua carreira na década de 1950; mas foi a partir de 1968, trabalhando na televisão mexicana, é que seu talento passou a ser reconhecido internacionalmente - muito em virtude dos grandes atores com quem contracenava (tais como Ramón Valdés, Rubén Aguirre, María Antonieta de las Nieves, Carlos Villagrán, Édgar Vivar e Florinda Meza, entre muitos outros).


Em 1970, Bolaños criou (e interpretou) um "super-herói" atrapalhado, sem qualquer "super-poder", mas que mesmo assim era capaz de superar suas deficiências e derrotar os inimigos. Na verdade, tudo não passava de uma sátira aos infalíveis e "super-poderosos" heróis norte-americanos... mostrando-os com uma faceta latino-americana extremamente engraçada e humanizada!

Nascia assim o Chapolim Colorado!


No ano seguinte (1971), deu "vida" a um garoto órfão, de oito anos, ingênuo e humilde (mas por vezes irônico e sarcástico) que vivia num cortiço pobre, escondendo-se num barril e brincando com outras crianças. Era a primeira aparição do Chaves!


Apesar de serem os dois personagens de maior sucesso de Bolaños, não foram os únicos...

O "Programa Chespirito" permaneceu no ar até 1995; e contava com esquetes diversas, como os quadros humorísticos do Dr. Chapatin, Vicente Chambón, Chaparrón Bonaparte e Chompiras (bastante semelhante aos programas do Chico Anísio na televisão brasileira - embora sem conotações sexuais). Roberto também produziu e atuou em inúmeros projetos para a televisão, cinema, teatro, literatura e rádio mexicano (com grande sucesso em toda a América Latina).


Em 1981, Silvio Santos iniciou as transmissões da TVS (que após alguns anos se tornaria o SBT); e para complementar a programação de seu canal de televisão; firmou uma parceria com a emissora mexicana Televisa (objetivando inicialmente apenas as telenovelas). Mas o "Programa Chespirito" estava "no pacote". Em 1984, o "Homem do Baú" transformou o "Chaves" num quadro do programa do Palhaço Bozo. O sucesso foi imediato!

Em 1988, a dupla Chaves e Chapolim estreou no "horário nobre" do SBT - inclusive ameaçando a liderança da Rede Globo e suas telenovelas milionárias...


Mas na década de 1990 e 2000, a audiência perdeu fôlego (também em virtude das frequentes mudanças de horário); e em várias ocasiões, chegou a sair do ar...

Felizmente, com a internet, os fãs pressionaram pela volta dos seriados - e uma nova gama de produtos (inclusive jogos de vídeo-game e coletâneas em Blue-Ray) foram lançados nesta década... reacendendo a paixão pelos inesquecíveis personagens!


Everaldo Marques, principal narrador da ESPN no Brasil (e hoje considerado "a voz da NFL"); fez um depoimento incrivelmente emocionante em seu Facebook:

"No meio de uma infância com 11 mudanças de escola e 15 de casa, todas contra a minha vontade, uma criança já naturalmente tímida e retraída como eu tinha ainda mais dificuldade para estabelecer relações e conexões com outras pessoas. Mal surgia uma amizade, mudança. Quando a situação na sala de aula - em que os outros 30 se conhecem e ficam olhando pra você com aquele jeito de “quem é esse cara?” - finalmente vai começando a ficar mais confortável, mudança.
Invejo os que têm “amigos de infância” e que conseguem manter contato com eles até hoje. Eu, nômade que era, nunca estabeleci vínculos assim.

Os “amigos” que me acompanhavam por onde eu fosse eu não conhecia pessoalmente. Eram do rádio ou da TV. E dois dos principais deles se foram em2014.

Graças a Luciano do Valle, que personificava o Show do Esporte, o moleque solitário começou a sonhar com a profissão que exerce hoje. Felizmente, houve tempo para um encontro olho no olho, apenas um, para a gravação de um Bola da Vez, e eu pude dizer a ele o quanto a transmissão das 500 Milhas de Indianápolis de 1989 foi importante para que eu perseguisse o sonho de ser narrador até que desse certo. Luciano se foi em abril.

Ontem partiu Chespirito. Com ele, nunca me encontrei. Não pude agradecer pelas tantas vezes em que ele me fez esquecer, ainda que por meia hora, as dificuldades de grana, a falta de comida ou de uma roupa melhor, as brigas homéricas dos meus pais e todo o resto.

Minha infância foi melhor graças a Chaves, Quico, Chiquinha, Seu Madruga, Dona Clotilde, Dona Florinda, Seu Barriga, Nhonho, Pópis, Paty, professor Girafales, Jaiminho, Dona Neves, Chapolin Colorado, Porca Solta, Tripa Seca, Quase Nada, Doutor Chapatin e tantos outros.
O humor inocente e simples me divertiu e ajudou a evitar problemas maiores num ambiente já bem tumultuado. 

De perto ninguém é normal, como dizem, mas essa turma teve um papel fundamental para que eu não me entregasse e continuasse acreditando que, sim, as coisas podiam melhorar um dia.Por isso, Bolaños, nunca vou te agradecer o suficiente. A imagem de você abraçado ao boneco que representa o seu maior filho me fez ficar com os olhos cheios d'Água algumas vezes nas últimas horas.

Luciano em abril, Chespirito em novembro. Perdi em 2014 dois grandes “amigos de infância”. Como disse o João Canalha no Bate Bola, não sabemos lidar com a morte. Vai com Deus, Chavinho."


Eu juro que o entendo!

Eu também fui um garoto tímido, que a cada ano, se mudava de cidade e de escola...

Não posso criticar meus pais por isso - pelo contrário: tive uma infância maravilhosa...

Mas era complicado manter "amigos de infância"...

Por essas e outras que também me sentia "parte" da Turma do Chaves...

E vejam as coincidências: nasceu em 1968, cresceu na década de 1970, chegou ao Brasil em 1981 e viveu seu ápice em 1988; entrou em declínio nas décadas de 1990 e 2000; mas ressurgiu das próprias cinzas nesta década - reacendendo a paixão de seus antigos apoiadores e arrebatando uma nova legião de fãs...

Já ouviram essa história em "algum lugar"?


Pois é... esta também foi a trajetória dos Bengals!

Neste último domingo, 30.11.2014, a equipe de Cincinnati viajou para a Flórida e venceu o Tampa Bay Buccaneers por 13 x 14 no belo Raymond James Stadium...

E apesar do retrospecto de 02 vitórias e 10 derrotas dos Bucs; a vitória dos visitantes só se deu graças a um milagre...

Teria sido um milagre de Bolaños, ajudando a equipe com uma história tão parecida com a sua própria? Nunca saberemos...

Pelo sim... pelo não... deixaremos que seus personagens comentem os "pontos-chave" desse jogo:


A partida começou com a bola nas mãos de Cincinnati; na marca de 20 jardas do nosso campo de defesa (após um Touchback). Logo no primeiro lance, Andy Dalton tentou surpreender a defesa de Tampa Bay com um passe longo para A.J. Green...


Mas acabou acertando um passe para o Cornerback Johnathan Banks; que roubou a bola e retornou por 32 jardas, posicionando sua equipe numa 1ª para o Gol, na linha de 09 do campo de ataque...


O Running Back Doug Martin correu duas vezes (e ganhou quatro jardas). Na terceira tentativa, o Offensive Tackle Anthony Collins (draftado pelos Bengals em 2008 - time que defendeu até a Offseason de 2014, quando se transferiu para os Bucs) voltou a ajudar Cincinnati e cometeu um "False Start" (que resultou na perda de cinco jardas).

3ª para o Gol (na linha de 10 jardas): Center Garrett Gilkey fez um péssimo snap (a bola foi rolando pelo gramado até ser recuperada pelo Quarterback Josh McCown); o que ajudou o Defensive End Carlos Dunlap a derrubar o Camisa nº 12 dos Bucs em cima da linha de scrimmage!


E a primeira campanha ofensiva de Tampa Bay, que começou faltando nove jardas para o Touchdown, terminou com um Field Goal de 32 jardas (convertido pelo Kicker Patrick Murray)!


Tampa Bay Buccaneers 03 x 00 Cincinnati Bengals...


Na segunda campanha ofensiva dos Bengals, Jeremy Hill correu duas vezes (conquistando sete jardas); mas na terceira tentativa, Andy Dalton foi derrubado pelo Defensive Tackle Gerald McCoy (oito jardas atrás da linha de scrimmage). Um rápido "three-and-out"...


Doug Martin voltou ainda melhor: na primeira corrida, avançou 10 jardas. Na segunda tentativa, uma corrida de 28 jardas... Mas o Camisa nº 75 de Tampa (OT Oniel Cousins), pela terceira vez no jogo (segunda vez na campanha) informou à arbitragem que estava "elegível" para receber a bola - embora não estivesse posicionado corretamente; resultando numa penalidade ("Illegal Formation"); que anulou a boa corrida de Martin e ainda recuou seu time cinco jardas...


Precisando de 15 jardas para conquistar a Primeira Descida; Josh McCown arriscou um passe curto para o Wide Receiver novato Mike Evans (e o time avançou cinco jardas). Como a tática funcionou, arriscou outro passe - desta vez para o experiente WR Vincent Jackson (e os Bucs avançaram nove jardas). Na terceira tentativa, Doug Martin enfrentou nossa linha defensiva e conseguiu duas jardas...


A campanha prosseguiu com outra corrida curta de Doug Martin (04 jardas). O RB novato Charles Sims também conseguiu três jardas. Mas na terceira descida, Josh McCown arriscou um passe curto para Vincent Jackson... e errou! Pela primeira vez na partida, o ataque dos Buccaneers deixou o gramado sem anotar pontos...


O Punter Michael Koenen chutou a bola... e o WR Russell Shepard conseguiu evitar que ela entrasse na nossa End Zone (o que resultaria num Touchback) - obrigando nossa próxima campanha começar na linha de uma jarda do campo de defesa...


Felizmente, logo na primeira jogada, Giovani Bernard nos "tirou do buraco", com uma corrida de 15 jardas. No lance seguinte, Dalton acertou um passe curto para A.J. Green (e os Bengals avançaram mais 20 jardas). Gio Bernard correu mais uma vez (02 jardas); e o TE Jermaine Gresham recebeu um passe curto (03 jardas). Porém, o Center calouro Russell Bodine cometeu uma "saída falsa" (False Start), que nos custou a perda de cinco jardas. E na última jogada, o Ruivo errou o passe para o WR James Wright...


Faltando 02:15 para o fim do 1º Quarto, Doug Martin correu por três jardas. Josh McCown acertou um passe curto para o TE Cameron Brate avançar 17 jardas. Vincent Jackson também recebeu um passe curto (15 jardas); e Martin correu seis jardas, na última jogada desta etapa...


O 2º Quarto começou exatamente igual: corrida de seis jardas de Doug Martin. McCown arriscou um passe longo para Mike Evans (mas errou). Tentou então um passe curto para Charles Sims - e seu time avançou oito jardas. Na terceira tentativa, precisando de apenas duas jardas, o Quarterback decidiu recuar alguns passos para tentar um passe para Touchdown...

E o DT Geno Atkins atropelou-o oito jardas atrás da linha de scrimmage!


Mas para sorte do time da casa, o Sack foi anulado, pois a arbitragem entendeu que o nosso Camisa nº 97 puxou a grade do capacete (Face Mask - falta de 15 jardas)...


Anthony Collins, visivelmente nervoso por enfrentar seus ex-companheiros, cometeu outra False Start - obrigando sua nova equipe a uma 1ª para o Gol, mas precisando de 13 jardas para o TD...


Nada preocupante, quando se conta com um Running Back inspirado como Doug Martin...

Com duas corridas (de seis e sete jardas); o Camisa nº 22 invadiu nossa End Zone...


Tampa Bay Buccaneers 10 x 00 Cincinnati Bengals...


Andy Dalton decidiu acelerar o jogo, dispensando o "Huddle" (aquelas "rodinhas" dos atletas, antes de cada jogada) e apostando nos passes curtos. O primeiro, para Jeremy Hill, rendeu seis jardas. O segundo, para James Wright, valeu 17 jardas. O terceiro snap nem sequer passou pelas mãos do Ruivo: Mohamed Sanu agarrou a bola lançada pelo Center e correu por dez jardas...


Já no campo de ataque, Cincinnati "desacelerou" e investiu no jogo terrestre. James Wright correu seis jardas; Jeremy Hill ganhou três; Dalton faturou outras três; e Hill conseguiu mais duas.


Em uma 2ª para 08, na linha de 31 do campo de ataque; Dalton acertou um passe curto para o TE Ryan Hewitt (que nos rendeu quatro jardas); mas o Cornerback Alterraun Verner fez um bloqueio ilegal (Illegal Use of Hands); e por ser uma falta de cinco jardas, conseguimos uma jardinha extra (além de valer como First Down)...


Gio Bernard conquistou seis jardas e nos levou à marca de 20. Pena que na primeira jogada na Red Zone adversária, Dalton errou o passe longo para A.J. Green; e o Defensive Back novato Brandon Dixon conseguiu interceptar a bola na End Zone - resultando num Touchback...


Tampa Bay arriscou duas corridas com Doug Martin (totalizando sete jardas) e um passe para Mark Evans (incompleto); e menos de um minuto, foi obrigado a devolver a bola para os Bengals...


Faltando 05:11 para o intervalo, Dalton encontrou Jermaine Gresham livre da marcação no lado direito do ataque; e o Tight End "bad boy" correu quinze jardas, posicionando nossa equipe na metade do gramado (linha de 49 jardas do campo de ataque). Nas duas jogadas seguintes, duas corridas de Jeremy Hill (totalizando onze jardas).


1ª para 10, na linha de 38: Mohamed Sanu manteve o 100% de aproveitamento como Quarterback (desta vez acertou um passe de 11 jardas para A.J. Green). Na sequência, duas corridas de Gio Bernard (a primeira de sete; e a segunda de 14 jardas); antes da parada do Two-Minute Warning...


Mais uma vez o Red Rifle fez a conexão com Gresham; mas a dupla formada pelo DT Akeen Spence e o LB Danny Lansanah derrubou nosso Tight End três jardas atrás da linha de scrimmage. Na segunda tentativa, Dalton errou o passe para Mohamed Sanu... só que o CB Isaiah Frey cometeu uma "segurada" (Defensive Holding); e ganhamos quatro jardas (e uma Primeira Descida)!


No lance seguinte, Andy Dalton correu com a bola e invadiu com relativa tranquilidade a End Zone!


Tampa Bay Buccaneers 10 x 07 Cincinnati Bengals!


Mesmo faltando pouco mais de um minuto para as equipes irem aos vestiários; Josh McCown não quis saber de "gastar o relógio"...

Primeiro tentou um passe curto para o WR Robert Herron (mas errou). Depois acertou um passe para o RB Bobby Rainey (que valeu um avanço de 12 jardas). Na terceira tentativa, arriscou uma conexão com Vincent Jackson... e foi interceptado pelo CB Terence Newman!


Como Cincinnati já estava na linha de 40 jardas do seu campo de ataque (e ainda restava 46 segundos neste primeiro tempo); Andy Dalton também decidiu arriscar alguns passes - para, quem sabe, levar a partida (no mínimo) empatada para o intervalo...


Na primeira jogada, passe de quatro jardas para Mohamed Sanu. Na segunda, tentativa de passe longo para James Wright... e outra vez foi interceptado! Desta vez pelo CB Alterraun Verner...


McCown ainda conseguiu uma boa corrida de nove jardas (anulada graças à "segurada" do Guard Patrick Omameh; que obrigou sua equipe recuar dez jardas); e a corrida de 11 jardas do RB Bobby Rainey encerrou o 2º Quarto...


Após o intervalo, Tampa Bay começou sua primeira campanha do 3º Quarto na linha de 20 jardas do seu campo de defesa (após um Touchback). Doug Martin conseguiu duas jardas terrestres. Na segunda tentativa, Josh McCown arriscou um passe longo para Mike Evans; mas o WR segurou seus marcadores e foi punido por Offensive Pass Interference (falta de 10 jardas). E Carlos Dunlap derrubou Charles Sims duas jardas atrás da linha de scrimmage! Em uma 3ª para 20, na marca de 10; Sims conseguiu um avanço de onze jardas (após receber um passe curto); porém não foi o suficiente...


Cincinnati retomou a bola na linha de 43 do seu campo de defesa. E Jeremy Hill cruzou a metade do gramado, com uma corrida de nove jardas. Mas antes da segunda tentativa, nosso capitão Andrew Whitworth cometeu um False Start (falta de cinco jardas); que nos mandou de volta para o nosso próprio campo. Dalton arriscou um passe longo para A.J. Green (e errou)...


O Ruivo não desistiu, e adotando a tática "no-huddle", acertou um passe curto para Green (13 jardas) e conquistamos a Primeira Descida. No lance seguinte, Dalton foi derrubado três jardas atrás da linha de scrimmage. Jeremy Hill recebeu dois passes curtos, mas só conseguiu avançar quatro jardas. Assim, tivemos que devolver a bola para o time da casa...


Os Buccaneers apostaram no jogo corrido, com três corridas consecutivas de Doug Martin... mas só conseguiu avançar três jardas! Méritos da nossa defesa... que voltou bem nesta terceira etapa!


Já os Bengals apostaram no jogo aéreo e acelerado (no-huddle); com Andy Dalton arriscando sete passes em dez jogadas (sendo seis passes certos consecutivos); numa campanha de cinco minutos que terminou com a conexão Dalton-Green rendendo 13 jardas e um Touchdown!


Tampa Bay Buccaneers 10 x 14 Cincinnati Bengals!


Com a virada no placar... hora de respirar aliviado e adotar jogadas conservadoras, né?

Claro que não! Emoção é fundamental...


Ninguém entendeu "por que diabos" o nosso Kicker Mike Nugent arriscou um "Oneside Kick"...


E pior: a jogada falhou miseravelmente!

O Linebacker dos Bengals Nico Johnson cometeu Offside (falta de 05 jardas); nosso DT Brandon Thompson foi punido por "violência desnecessária" (Unnecessary Roughness - falta de 15 jardas); e o LB dos Bucs Orie Lemon não apenas recuperou a bola... como ainda retornou oito jardas!


Somando-se tudo o que deu errado, a próxima campanha ofensiva de Tampa Bay começou dentro da nossa Red Zone (linha de 16 jardas do campo de ataque)...


Para nossa sorte, a equipe da Flórida também cometeu muitos erros!

Na primeira jogada, Charles Sims conseguiu uma corrida de cinco jardas... anulada por um "bloqueio ilegal" (Illegal Block Above the Waist) cometido pelo OT Oniel Cousins - falta de 15 jardas e repetição da Primeira Descida (agora uma 1ª para 25, fora da Red Zone)...


Nas duas jogadas seguintes, Sims conseguiu um bom avanço (14 jardas); mas no último lance do 3º Quarto; o OT Garrett Gilkey cometeu um "movimento ilegal" (Illegal Motion  - falta de cinco jardas); que novamente moveu sua equipe para fora da nossa Red Zone...


O 4º Quarto começou com Tampa Bay numa 3ª para 16, na linha de 22 jardas do seu campo de ataque. Sem dúvida, uma conversão complicada - e por isso mesmo, Josh McCown pretendia permanecer no "pocket" por alguns segundos, para dar tempo aos seus atletas chegarem à End Zone...


Mas sua linha ofensiva não conseguiu segurar a dupla Geno Atkins e Carlos Dunlap!

E McCown foi atropelado duas jardas atrás da linha de scrimmage!


Ao menos o Kicker Patrick Murray não decepcionou: converteu um FG de 42 jardas...

Tampa Bay Buccaneers 13 x 14 Cincinnati Bengals...


Jeremy Hill tentou correr com a bola, mas acabou perdendo duas jardas. Como o jogo terrestre não estava funcionando, Dalton tentou dois passes curtos, para Ryan Hewitt e Jeremy Hill (que nos renderam cinco jardas); mas é claro que não foi o suficiente para manter viva a campanha...

Do outro lado, Doug Martin continuou sendo o principal "alvo" de Josh McCown. Primeiro correu com a bola (ganhando uma jarda). Depois recebeu um passe curto (três jardas). Na terceira tentativa, o Quarterback tentou um passe longo para Mike Evans... incompleto!

Pena que nosso ataque também estava mal...


Gio Bernard correu duas vezes e conquistou quatro jardas. Na terceira tentativa, Andy Dalton acertou um passe curto para A.J. Green (nos rendendo um avanço de 13 jardas); mas o nosso Camisa nº 18 segurou seus marcadores (Offensive Pass Interference); o que anulou a jogada e ainda nos custou a perda de 10 jardas...

Dalton ainda tentou salvar a campanha, com um passe longo para Mohamed Sanu...


Sem sucesso!


Faltando pouco mais de oito minutos para acabar o jogo, os Buccaneers começaram na linha de 10 jardas do seu campo de defesa. Mas saíram do buraco rapidamente, graças ao passe longo de McCown para Mike Evans (avanço de 23 jardas). Na jogada seguinte, o QB tentou outro passe longo para Evans - mas desta vez a nossa defesa estava atenta e impediu...


Falando na nossa defesa, o Defensive End Wallace Gilberry conseguiu derrubar Josh McCown quatro jardas atrás da linha de scrimmage... mas a arbitragem entendeu que o nosso Camisa nº 95 fez "uso ilegal das mãos" (Illegal Use of Hands); e os Bucs conseguiram cinco jardas e um First Down...

Charles Sims conseguiu uma jarda correndo com a bola. Porém, no lance seguinte, recebeu um passe curto de McCown e avançou por 21 jardas - só parando na marca de 41 do campo de ataque...


O QB Camisa nº 12 arriscou outro passe longo (desta vez para o WR Louis Murphy) e errou. Doug Martin tentou correr com a bola, mas perdeu uma jarda. Na terceira tentativa, McCown tentou mais um passe curto... sem sucesso!

Os Bengals tiveram a chance de "matar o jogo"...


Jeremy Hill correu cinco vezes (conquistando 10 jardas); e Andy Dalton acertou um passe longo para James Wright (30 jardas); mas numa campanha de dois minutos, só conseguimos chegar até a metade do gramado - e fomos obrigados a devolver a bola para Tampa Bay...


Após o Two-Minute Warning, os Buccaneers começaram sua última campanha ofensiva...


E infelizmente foi a melhor de toda a partida...

McCown acertou um passe curto para Louis Murphy avançar sete jardas. No lance seguinte, acertou um passe para Mike Evans conquistar mais oito jardas. E na sequencia, um passe curto para Bobby Rainey resultou num avanço de 29 jardas...


Para piorar, nosso DE Wallace Gilberry cometeu outra falta (Encroachment) - desta vez resultando numa perda de 05 jardas...

Faltando 43 segundos para acabar o jogo, Tampa Bay estava na linha de 31 jardas do campo de ataque... precisando de um Field Goal para virar o placar e vencer o jogo...

Só um milagre poderia nos salvar...


Mas milagres acontecem!

Em uma 1ª para 05, Bobby Rainey correu pelo lado esquerdo do ataque e conseguiu uma jarda...

Porém, pela terceira vez no jogo, o OT Garrett Gilkey fez bobagem! Cometeu uma "segurada" (Offensive Holding); que obrigou sua equipe andar dez jardas para trás!


Em teoria, ainda "dentro" da "zona de Field Goal's" - mas agora exigindo um chute bem mais complicado...

Por isso, Josh McCown arriscou um passe longo para Mike Evans... e errou!

Na jogada seguinte, Louis Murphy recebeu um passe curto e correu por 21 jardas, sendo derrubado por Leon Hall na "porta" da nossa Red Zone...


Confesso que, para mim, o jogo estava acabado...

É praticamente impossível errar um Field Goal desta posição de campo...

Ainda mais jogando em casa...

No mesmo estádio onde o Kicker treina diariamente...

Mas...


Nosso Treinador Marvin Lewis, mesmo sem poder "desafiar" a marcação, lançou seu "pano vermelho" no gramado... chamando a atenção das Zebras - avisando-as que Tampa Bay estava com 12 jogadores em campo!

Um erro crasso... grotesco... primário... quase infantil!


Um verdadeiro milagre!

A arbitragem reviu o lance... e de fato, Lewis estava certo!


A jogada foi anulada e os Buccaneers foram punidos com a perda de cinco jardas...


Josh McCown arriscou três passes (para Robert Herron, Louis Murphy e Mike Evans); mas só conseguiu acertar o último - resultando num avanço de 13 jardas...

Faltando um segundo para zerar o cronômetro, Andy Dalton apenas ajoelhou...


E garantiu nossa oitava vitória em 2014!


Andy Dalton acertou 19 passes em 27 tentativas (aproveitamento de 70,4%); conquistando 176 jardas (média de 6,5 jardas por passe); com 01 passe para TD; 03 Interceptações e 02 Sack's (Passer Rating de 60,6). O Ruivo também correu três vezes com a bola, conquistando 07 jardas (média de 2,3 jardas por corrida); e anotou um Touchdown. Ok, reconheço que não foram números "excelentes", mas é preciso dar um desconto, pois como noticiado após a partida, o Red Rifle entrou em campo passando mal - febre, náuseas, dor-de-cabeça e de estômago...

Josh McCown foi ainda pior: acertou 15 passes em 29 tentativas (aproveitamento de 51,7%); conquistando 190 jardas (média de 6,6 jardas por passe); sem nenhum passe para TD01 Interceptação e 01 Sack (Passer Rating de 58,1). E nem teve a desculpa da virose...

Doug Martin foi o melhor Running Back da tarde (com 18 corridas para 58 jardas e 01 TD); mas o jogo terrestre de Cincinnati foi muito superior - graças às performances de Giovani Bernard (10 corridas para 49 jardas) e Jeremy Hill (13 corridas para 40 jardas). Já no jogo aéreo, os dois melhores foram James Wright (03 recepções para 59 jardas) e A.J. Green (04 recepções para 57 jardas e 01 TD); seguidos por Mike Evans e Charles Sims (ambos com 04 recepções e 49 jardas).


Com a vitória em Tampa Bay, abrimos uma vantagem de "um jogo e meio" na liderança da AFC North - pois nossos três rivais foram derrotados: Baltimore perdeu em casa para o San Diego Chargers (33 x 34); Pittsburgh também apanhou em seu estádio para o New Orleans Saints (32 x 35); e Cleveland perdeu fora de casa para o Buffalo Bills (26 x 10)!

Veja como ficou a classificação:



Classificação na AFC North:

1º Lugar
2º Lugar
3º Lugar
4º Lugar

Equipes:

Cincinnati Bengals
Baltimore Ravens
Pittsburgh Steelers
Cleveland Browns

Vitórias:

08
07
07
07

Derrotas:

03
05
05
05

Empates:

01
00
00
00

Aproveitamento:

70,8%
58,3%
58,3%
58,3%

Pontos Anotados:

260
328
320
252

Pontos Sofridos:

247
242
298
245

Saldo de Pontos:

+13
+86
+22
+07

Touchdowns:

28
36
36
27

Vitórias em Casa:

04
04
04
04

Derrotas em Casa:

01
02
02
02

Empates em Casa:

01
00
00
00

Vitórias Fora de Casa:

04
03
03
03

Derrotas Fora de Casa:

02
03
03
03

Vitórias na AFC North:

02
02
02
02

Derrotas na AFC North:

01
03
02
02

Aproveitamento na AFC North:

66,7%
40%
50%
50%

Vitórias na Conferência Americana:

05
03
06
04

Derrotas na Conferência Americana:

03
05
03
05

Aproveitamento na Conferência Americana:

62,5%
37,5%
66,7%
44,4%

Vitórias na Conferência Nacional:

03
04
01
03

Derrotas na Conferência Nacional:

00
00
02
00

Empates na Conferência Nacional:

01
00
00
00

Sequência de Resultados:

03 Vitórias
01 Derrota
01 Derrota
01 Derrota

Últimos Cinco Resultados:

04 Vitórias e 01 Derrota
02 Vitórias e 03 Derrotas
03 Vitórias e 02 Derrotas
03 Vitórias e 02 Derrotas

Classificação na Conferência Americana:

3º Lugar
9º Lugar
10º Lugar
11º Lugar


Na próxima semana, todos os quatro times da Divisão Norte da Conferência Americana entram em campo no domingo (07.12.2014), às 16:00 horas (Horário de Brasília): os Browns recebem o forte Indianapolis Colts; os Ravens viajam para a Flórida, onde enfrentam o Miami Dolphins; e no Paul Brown Stadium, os Bengals recebem os Steelers!


Este será o 89º confronto entre Pittsburgh e Cincinnati; e a vantagem dos Steelers é imensa - 54 vitórias deles contra 34 vitórias nossas (incluindo o único encontro na Pós-Temporada de 2005, quando perdemos no Paul Brown Stadium por 17 x 31 na Rodada de Wild Card). Mesmo jogando em casa, a equipe auri-negra leva vantagem: 27 vitórias e 19 derrotas. Porém, nós vencemos dois dos últimos três encontros...

Em 2014, Pittsburgh faz uma boa campanha (sete vitórias e cinco derrotas); mas curiosamente vêm enfrentando muitas dificuldades contra equipes mais fracas!


Na primeira semana, jogando em casa, precisou "suar sangue" para vencer o Cleveland Browns por 30 x 27. Na semana seguinte, perdeu para os Ravens, em Baltimore, por 26 x 06. Na terceira semana, vitória tranquila sobre o Carolina Panthers, por 19 x 37; mas na segunda partida no Heinz Field, uma surpreendente derrota para o Tampa Bay Buccaneers por 24 x 27...

Na quinta semana, os Steelers confirmaram o favoritismo e derrotaram o Jacksonville Jaguars, na Flórida, por 09 x 17. Na sexta rodada, Pittsburgh foi massacrado pelos Browns, em Cleveland, por 31 x 10. Mas nas três semanas seguintes, três boas vitórias em casa: contra o Houston Texans (30 x 23); Indianapolis Colts (51 x 34) e Baltimore Ravens (43 x 23).

Quando a equipe parecia estar "engrenando", uma derrota para os Jets, em New York, por 20 x 13...


Na 11ª Rodada, vitória (no sufoco) sobre o Tennessee Titans, fora de casa, por 24 x 27. Enfim tiveram uma "folga" (bye week) na 12ª semana; mas como vimos, no último domingo, perderam em casa para o New Orleans Saints (por 32 x 35) e se complicaram na classificação...

Analisando os números das campanhas, observamos que o ataque de Pittsburgh é excelente (3ª melhor da NFL em "média de jardas totais conquistadas por jogo"); e a defesa não é aquela "cortina de aço" de outros tempos - mas ainda sim está na "metade de cima" dos ranking's...



Estatísticas:

Cincinnati Bengals
Pittsburgh Steelers

Média de Jardas Totais Conquistadas por Jogo:

343,6
417,3

Ranking da NFL:

18º Lugar
3º Lugar

Média de Jardas Aéreas Conquistadas por Jogo:

219,1
299,2

Ranking da NFL:

24º Lugar
4º Lugar

Média de Jardas Terrestres Conquistadas por Jogo:

124,5
118,1

Ranking da NFL:

9º Lugar
11º Lugar

Média de Pontos Anotados por Jogo:

21,7
26,7

Média de Aproveitamento nas Conversões de 3ª Descidas:

41,0%
44,4%

Média de Jardas Totais Cedidas por Jogo:

364,0
347,9

Ranking da NFL:

21º Lugar
12º Lugar

Média de Jardas Aéreas Cedidas por Jogo:

238,9
242,3

Ranking da NFL:

14º Lugar
16º Lugar

Média de Jardas Terrestres Cedidas por Jogo:

125,1
105,6

Ranking da NFL:

25º Lugar
11º Lugar

Média de Pontos Sofridos por Jogo:

20,6
24,8

Média de Aproveitamento dos Rivais nas Conversões da 3ª Descida:

37,3%
36,0%


No duelo dos Quarterbacks, Ben Roethlisberger costuma jogar bem contra os Bengals. Foram 21 jogos, com 15 vitórias e apenas 06 derrotas. Big Ben acertou 392 passes em 617 tentativas (aproveitamento de 63,5%); conquistando 4.592 jardas (média de 218,7 jardas por jogo); com 27 passes para TD e 20 INT (Passer Rating de 87,1). Já Andy Dalton enfrentou os Steelers apenas seis vezes (02 vitórias e 04 derrotas) - acertando 114 passes em 212 tentativas (aproveitamento de 53,8%); conquistando 1.198 jardas (média de 199,7 jardas por jogo); com 07 passes para TD e 05 INT (Passer Rating de 71,6).


Este ano, a diferença entre eles é latente! O Camisa nº 07 de Pittsburgh conseguiu mais de mil jardas aéreas que o Ruivo; além de ter o dobro de passes para Touchdowns, com quase metade do número de Interceptações...



Estatísticas:

Andy Dalton
(Cincinnati Bengals)
Ben Roethlisberger
(Pittsburgh Steelers)

Jogos Disputados:

12
12

Passes Completados:

230
314

Passes Tentados:

365
471

Aproveitamento:

63,0%
66,7%

Total de Jardas Conquistadas:

2.589
3.705

Média de Jardas Conquistadas por Passe:

7,1
7,9

Passes para Touchdown:

13
26

Passes Interceptados:

13
08

Número de Sack’s:

14
31

Passer Rating:

81,2
101,7

Corridas com a Bola:

45
22

Total de Jardas Terrestres Conquistadas:

111
31

Média de Jardas Conquistadas por Corrida:

2,5
1,4

TD’s Correndo:

03
00

Fumbles Sofridos:

02
07


E comparando as estatísticas das principais "armas" ofensivas de cada time, observamos que o "coringa" do ataque de Pittsburgh (Le'Veon Bell) já conseguiu mais de 1.000 jardas terrestres nesta temporada (além de ser o segundo melhor recebedor dos Steelers, com números parecidos com os do A.J. Green - nosso melhor recebedor). E mais: Antonio Brown é (de longe) o "alvo favorito" de Big Ben; o que corrobora com os números excelentes do ataque auri-negro...



Corredores:

Corridas:
Jardas:
Média:
TD’s:

Jeremy Hill
(Bengals)

144
683
4,7
06

Le’Veon Bell
(Steelers)

216
1.046
4,8
03

Giovani Bernard
(Bengals)

136
540
4,0
05

LeGarrette Blount
(ex-Steelers)

65
266
4,1
02

Recebedores:

Passes:
Jardas:
Média:
TD’s:

Mohamed Sanu
(Bengals)

51
738
14,5
05

Antonio Brown
(Steelers)

96
1.258
13,1
11

A.J. Green
(Bengals)

45
686
15,2
05

Le’Veon Bell
(Steelers)

65
643
9,9
02

Jermaine Gresham
(Bengals)

47
355
7,6
02

Heath Miller
(Steelers)

51
583
11,4
02

Giovani Bernard
(Bengals)

25
205
8,2
00

Markus Wheaton
(Steelers)

41
503
12,3
02


Sob qualquer ótica que se utilize para analisar a partida de domingo, os Steelers são franco-favoritos à vitória - e mesmo jogando fora de casa, têm boas chances de aplicar uma goleada em Cincinnati...

Mas é o que eu sempre digo: esse esporte jamais será uma "ciência exata"!


Afinal, Pittsburgh também era franco-favorita contra o Tampa Bay Buccaneers e New Orleans Saints em casa; como também "deveriam" ter vencido o Cleveland Browns e o New York Jets...

E mesmo em caso de derrota, os Bengals não deixarão a liderança da AFC North!

Agora meus amigos: se Cincinnati vencer a partida...

Estaremos a um passo de garantir o título da Divisão (e outra vaga na Pós-Temporada)!

Ou seja: temos pouco a perder... mas muito a ganhar!

E sob tais condições...

- WHO DEY THINK GONNA BEAT THEM BENGALS???

- NOOOOOO... BODY!!!!


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