quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Aula de História – Capítulo 04 (1976 a 1979): A Primeira Crise...

  
Ah, os anos de 1970!


Poucas vezes a humanidade viveu tamanha “efervescência”!


Na política, tivemos a recessão mundial causada pela Crise do Petróleo; a Guerra Fria entre EUA e URSS; o escândalo de “Watergate” e a queda do Presidente Norte-Americano Richard Nixon; a Revolução dos Cravos em Portugal; a Guerra do Vietnã; o Apartheid na África do Sul e as guerras civis espalhadas pelo Continente Africano; a Operação Condor na América do Sul e o endurecimento da Ditadura Militar no Brasil...


Na música, esta foi a “Década da Discoteca” (com Donna Summer, Bee Gees, ABBA, Village People e John Travolta nos “Embalos de Sábado a Noite”); mas também havia Rock (Black Sabbath, Rolling Stones, Dire Straits, Van Halen, Led Zeppelin, Kiss, Sex Pistols, The Clash, Ramones, Pink Floyd e The Doors); MPB (Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Jair Rodrigues etc.); Black Music (Tony Tornado, Earth, Wind & Fire, Jorge Ben Jor, Ike & Tina Turner, Wilson Simonal, Jackson Five, Tim Maia e Barry White); Rock Nacional (Raul Seixas, Rita Lee, Secos e Molhados, Roberto e Erasmo Carlos); sem falar nos inesquecíveis “Reis do Brega” (Sidney Magal, Gretchen, Odair José, As Frenéticas...).


Na televisão e no cinema, sucessos absolutos foram forjados nesta época! Só para citar alguns: Chaves & Chapolim, Saturday Night Live; Os Trapalhões; As Panteras; O Poderoso Chefão; O Exorcista; Laranja Mecânica; Tubarão; Alien – O Oitavo Passageiro; Rocky – Um Lutador; Grease – Nos Tempos da Brilhantina; Contatos Imediatos do Terceiro Grau; Jornadas nas Estrelas; Superman – O Filme...

E no futebol, o Brasil começou a década sendo Tricampeão Mundial no México; e um ano depois, assistiu ao início da disputa do Campeonato Brasileiro em 1971 (com o título do Atlético-MG); mas impossível esquecer a dinastia gaúcha do Internacional (dos craques Falcão e Figueroa); a “Academia” do Palmeiras (bi-campeão em 1972 e 1973); o São Paulo F.C. conquistando seu primeiro grande título nacional em 1977; e para delírio do meu pai (bugrino fanático), o título do Guarani F.C. de Campinas em 1978!


Enquanto isso, em Cincinnati, os Bengals viveram um período complicado após a aposentadoria de Paul Brown...

E boa parte destas tribulações podem ser creditadas à uma escolha de Brown!

William Levi Johnson nasceu em 14 de Setembro de 1926, na cidade de Tyler, Texas. Em 1948, após concluir seus estudos na Texas A&M University; recebeu uma proposta para jogar baseball pelo Cincinnati Reds – mas preferiu aceitar o convite do San Francisco 49ers como Center. E sua escolha não poderia ter sido mais acertada!


Durante seus nove anos como jogador profissional (todos eles com a camisa dos Niners), Johnson foi considerado peça fundamental no chamado “Ataque de Um Milhão de Dólares” (ao lado de atletas lendários como os Fullback’s John Henry Johnson e Joe Perry; o Halfback Hugh McElhenny e o Quarterback Y.A. Tittle). Tanto que fora convocado duas vezes para o Pro Bowl...

Logo em seu primeiro ano na Califórnia, seus colegas de time o “batizaram” de “Bill – The Tiger”. Isto porque quando era sacado da equipe titular, Johnson permanecia o tempo todo se aquecendo, gritando com seus companheiros e pressionando seus treinadores a mandá-lo de volta a campo! E tornou-se famosa sua declaração à imprensa:

- Eu fico nervoso porque mal vejo a hora de voltar para o gramado! E quando eu voltar, podem ter certeza que vou lutar por cada bola com a voracidade de um tigre!

Bill “Tiger” Johnson jogou pelo San Francisco 49ers entre os anos de 1948 e 1956. Infelizmente, as lesões (e a medicina esportiva rudimentar) fizeram com que sua carreira fosse breve – ainda que intensa!


Em 1967, Paul Brown o convidou para o cargo de Coordenador Ofensivo de sua nova equipe; e ao lado de Bill Walsh, criaram a chamada “West Coast Offense” (esquema tático que privilegia as jogadas aéreas sobre o jogo terrestre) – ainda hoje um dos mais utilizados na NFL. Em verdade, trata-se da evolução do antigo playbook desenvolvido por Brown (ainda nos tempos de Massillon Tigers); adaptando-o ao estilo de jogo “moderno”...

Virgil Carter foi o primeiro QB a implementar esta tática com sucesso; mas foi com Ken Anderson (principalmente após a temporada de 1975) que a NFL reconheceu a genialidade deste “trio” (Johnson-Walsh-Brown) – e outras equipes passaram a copiar o estilo de jogo dos Bengals...


Em 1976, após a aposentadoria de Paul Brown, todos imaginavam que Bill Walsh seria a escolha “óbvia” para sucedê-lo (até porque a “West Coast Offense” era creditada a ele); mas o polêmico Brown (que agora acumulava os cargos de General Manager e Vice-Presidente), contrariando as expectativas, optou por seu homem de confiança - Bill “Tiger” Johnson!


Walsh, claramente desapontado com Paul Brown, aceitou o convite para o cargo de assistente do Treinador Tommy Prothro e foi para o San Diego Chargers. Na temporada seguinte, foi contratado como Técnico Principal da Universidade de Stanford; e em 1979, assumiu o cargo de Treinador do San Francisco 49ers (onde contou com a ajuda de um tal de Joe Montana para retomar a “West Coast Offense” – e a dupla conquistou três Super Bowl’s; dois deles em cima dos Bengals)...

Olhando para trás, podemos pensar que Brown cometeu um grave erro – escolhendo Johnson ao invés de Walsh; mas a verdade é Bill “Tiger” não decepcionou em seu primeiro ano como Técnico Principal de Cincinnati! Vejamos:

1ª Rodada – 12.09.1976 – Bengals 17 x 07 Broncos;
2ª Rodada – 19.09.1976 – Colts 28 x 27 Bengals;
3ª Rodada – 26.09.1976 – Bengals 28 x 07 Packers;
4ª Rodada – 03.10.1976 – Browns 24 x 45 Bengals;
5ª Rodada – 10.10.1976 – Bengals 21 x 00 Buccaneers;
6ª Rodada – 17.10.1976 – Steelers 23 x 06 Bengals;
7ª Rodada – 24.10.1976 – Oilers 07 x 27 Bengals;
8ª Rodada – 31.10.1976 – Bengals 21 x 06 Browns;
9ª Rodada – 08.11.1976 – Bengals 20 x 12 Rams;
10ª Rodada – 14.11.1976 – Bengals 31 x 27 Oilers;
11ª Rodada – 21.11.1976 – Chiefs 24 x 27 Bengals;
12ª Rodada – 28.11.1976 – Bengals 03 x 07 Steelers;
13ª Rodada – 06.12.1976 – Raiders 35 x 20 Bengals;
14ª Rodada – 12.12.1976 – Jets 03 x 42 Bengals.

Com este retrospecto de 10 vitórias e 04 derrotas, Cincinnati terminou empatado com o Pittsburgh Steelers na primeira posição da AFC Central; mas desta vez, os critérios de desempate foram favoráveis à equipe auri-negra – que ficaram com o título da Divisão. E a vaga de “Wild Card” ficou com o New England Patriots (11 vitórias e 03 derrotas).


Este ano de 1976 marcou a estréia de duas novas equipes na NFLTampa Bay Buccaneers e Seattle Seahawks. Com isso, o acordo de fusão entre a AFL e a NFL cumpriu sua última cláusula (que previa um campeonato com 28 equipes). Mas contrariando toda a lógica (econômica, esportiva, política, histórica e principalmente geográfica), a equipe da Flórida ingressou na Divisão OESTE da Conferência Americana!

Agora a NFL era composta por duas Conferências (AFC e NFC), cada uma subdividida em três Divisões (East, Central e West); sendo que as DivisõesLeste” e “Oeste” contavam com cinco equipes (e as “Centrais” permaneciam com quatro times). Já os playoffs permaneciam iguais: os três campeões de cada Divisão e a melhor equipe “não-campeã” (“Wild Card”) se enfrentariam numa “semi-final”. Os vencedores disputariam o título da Conferência; e os campeões de cada lado se enfrentariam no Super Bowl...

Como era de se esperar, as duas equipes novatas terminaram nas últimas posições de suas Divisões (Tampa Bay perdeu todos os quatorze jogos que disputou e Seattle só conseguiu duas vitórias na temporada). E na pós-temporada, as duas equipes que terminaram com as melhores campanhas na temporada regular (Oakland Raiders na AFC e Minnesota Vikings na NFC) confirmaram seu favoritismo e chegaram ao Super Bowl XI – que terminou com a vitória dos Raiders por 32 x 14!


Apesar de ter ficado fora dos playoffs, Cincinnati levou um número recorde de atletas ao Pro Bowl! O QB Ken Anderson, DE Coy Bacon, S Tommy Casanova, WR Isaac Curtis, LB Jim LeClair e o CB Lemar Parrish foram convocados para o “jogo das estrelas”... Além deles, destaque para o HB Archie Griffin (calouro da Ohio State que conquistou duas vezes o Heisman Trophy) e para o CB Ken Riley (que liderou a AFC com nove interceptações)!


Se 1976 pode ser considerado um ano promissor, 1977 pode ser definido como “decepcionante” (mesmo com a equipe terminando com mais vitórias do que derrotas)...

O grande momento da temporada foi o passe de 94 jardas de Ken Anderson para o WR Billy Brooks anotar o TD (na derrota para os Vikings por 42 x 10)! E podemos destacar a ida de Lemar Parrish, Tommy Casanova e Coy Bacon ao Pro Bowl! No mais, as oito vitórias e seis derrotas nos deixaram na segunda colocação da AFC Central (e mais uma vez fora da pós-temporada). Veja como foi:


1ª Rodada – 18.09.1977 – Bengals 03 x 13 Browns;
2ª Rodada – 25.09.1977 – Bengals 42 x 20 Seahawks;
3ª Rodada – 02.10.1977 – Chargers 24 x 03 Bengals;
4ª Rodada – 09.10.1977 – Packers 07 x 17 Bengals;
5ª Rodada – 17.10.1977 – Steelers 20 x 14 Bengals;
6ª Rodada – 23.10.1977 – Bengals 13 x 24 Broncos;
7ª Rodada – 30.10.1977 – Bengals 13 x 10 Oilers (Prorrogação);
8ª Rodada – 06.11.1977 – Browns 07 x 10 Bengals;
9ª Rodada – 13.11.1977 – Vikings 42 x 10 Bengals;
10ª Rodada – 20.11.1977 – Bengals 23 x 17 Dolphins;
11ª Rodada – 27.11.1977 – Bengals 30 x 13 Giants;
12ª Rodada – 04.12.1977 – Chiefs 07 x 27 Bengals;
13ª Rodada – 10.12.1977 – Bengals 17 x 10 Steelers;
14ª Rodada – 18.12.1977 – Oilers 21 x 16 Bengals.

Como o Denver Broncos venceu a AFC West (com 12 vitórias e 02 derrotas, terminando com a melhor campanha entre os campeões da Conferência Americana) e o Oakland Raiders ficou com a vaga de Wild Card; os Steelers viajaram para o Colorado e perderam por 34 x 21. Na final da AFC, os Broncos também venceram os Raiders por 20 x 17; mas perderam o Super Bowl XII para o Dallas Cowboys (27 x 10)...


Parêntesis rápido: o Super Bowl XLVIII (nº 48), disputado em Nova York no último dia 02 de Fevereiro de 2014, entre Denver Broncos e Seattle Seahawks; jamais poderia ter sido disputado em 1977!


Isto porque o atual campeão da Conferência Nacional, em seu segundo ano na NFL, fora realocado na AFC West (mesma Divisão dos Broncos) – visando corrigir parcialmente o absurdo de 1976 (quando o Tampa Bay disputou a Divisão Oeste da AFC)!

Assim, o Buccaneers se transferiu para a Conferência Nacional (sendo realocado na Divisão Central – pois a Divisão Leste já contava com cinco times). Mas é claro que isto não resolveu o problema, já que a NFC East mantinha o St. Louis Cardinals (equipe do Estado do Missouri); e a Central estava com um time da Flórida!


Absurdos geográficos à parte, com a aposentadoria de Paul Brown, a polêmica saída de Bill Walsh e as sucessivas campanhas decepcionantes, o público de Cincinnati foi, aos poucos, se afastando da equipe. A partida contra o N.Y. Giants, por exemplo, contou com apenas 32.705 espectadores presentes ao Riverfront Stadium...

Mas a “gota d’água” foi a temporada de 1978!


É bem verdade que Ken Anderson não participou dos quatro primeiros jogos da temporada (graças à lesão na mão direita); mas a torcida não engoliu cinco derrotas nos primeiros cinco jogos; e Bill “Tiger” Johnson foi demitido antes da sexta rodada...


Para o seu lugar, Paul Brown contratou Homer Rice (nascido em 1926, em Bellevue, Kentucky); que assim como Brown, fez boa parte de sua carreira como treinador de futebol americano universitário (e cujo “estilo de jogo”, baseado nos passes longos, lhe rendeu o título de “Mestre do Jogo Aéreo”). A relação profissional dos dois começou em 1967, quando Rice comandava a equipe da Universidade de Cincinnati; e concordou em dividir o Nippert Stadium e o Centro de Treinamento dos Bearcats com os Bengals!

Apesar de seu estilo “motivador” e “carismático”, todos (torcedores, atletas, jornalistas, analistas e dirigentes) perceberam que ele não tinha experiência suficiente para assumir um desafio tão grande! E mesmo com a volta de nosso Quarterback titular, Cincinnati perdeu sete dos oito primeiros jogos do novo Treinador...

1ª Rodada – 03.09.1978 – Bengals 23 x 24 Chiefs;
2ª Rodada – 10.09.1978 – Browns 13 x 10 Bengals (Prorrogação);
3ª Rodada – 17.09.1978 – Bengals 03 x 28 Steelers;
4ª Rodada – 24.09.1978 – Bengals 18 x 20 Saints;
5ª Rodada – 01.10.1978 – 49ers 28 x 12 Bengals;
6ª Rodada – 09.10.1978 – Dolphins 21 x 00 Bengals;
7ª Rodada – 15.10.1978 – Bengals 03 x 10 Patriots;
8ª Rodada – 22.10.1978 – Bills 05 x 00 Bengals;
9ª Rodada – 29.10.1978 – Bengals 28 x 13 Oilers;
10ª Rodada – 05.11.1978 – Chargers 22 x 13 Bengals;
11ª Rodada – 13.11.1978 – Bengals 21 x 34 Raiders;
12ª Rodada – 19.11.1978 – Steelers 07 x 06 Bengals;
13ª Rodada – 26.11.1978 – Oilers 17 x 10 Bengals;
14ª Rodada – 03.12.1978 – Bengals 37 x 07 Falcons;
15ª Rodada – 11.12.1978 – Rams 19 x 20 Bengals;
16ª Rodada – 17.12.1978 – Bengals 48 x 16 Browns.

A situação só não ficou pior porque a equipe reagiu no final da temporada, e aplicou duas goleadas no Riverfront Stadium (37 x 07 no Atlanta Falcons e 48 x 16 no Cleveland Browns); o que aplacou um pouco a fúria da torcida; e fez com que todos dessem “um voto de confiança” ao Homer (que renovou seu contrato para 1979)...

Mas a tensão era evidente, pois pela primeira vez na história, nenhum jogador dos Bengals fora chamado para o Pro Bowl; e mesmo Anderson, ídolo da torcida, terminou a temporada com números ruins (173 passes completados em 319 tentativas, conquistando 2.219 jardas, com 10 passes para TD’s e 22 INT’s – Rating de 58.0).


Com esta campanha de 04 vitórias e 12 derrotas, os Bengals terminaram na última colocação da AFC Central – muito abaixo do Pittsburgh Steelers (campeão da Divisão com 14 vitórias e 02 derrotas) e seus rivais. E mais uma vez os torcedores de Cincinnati acompanharam pela televisão (ou pelo rádio) a pós-temporada...

Falando nos playoffs, esta foi a primeira vez que cinco equipes foram classificadas para a pós-temporada em cada Conferência (os três campeões de Divisão e as duas melhores equipes – independentemente de qual Divisão pertencessem). Segundo este novo sistema de disputa, as duas equipes “não-campeãs” jogariam entre si e apenas a vencedora assumiria a vaga de “Wild Card” (mantendo-se a mesma regra vigente nos anos anteriores para as fases seguintes).

Na AFC, Miami Dolphins (4ª melhor campanha) enfrentou em casa o Houston Oilers (5ª melhor campanha), mas acabou derrotado por 17 x 09. Na rodada seguinte, os Oilers venceram os Patriots (campeão da AFC East), em New England, por 31 x 14. Mas a zebra texana parou no Three Rivers Stadium, em Pittsburgh – sendo derrotados por 34 x 05. Os Steelers conquistariam o Super Bowl XIII em cima dos Cowboys por 35 x 31...


Em 1979, as coisas “pareciam” estar voltando aos eixos...

Ken Anderson terminaria a temporada com 189 passes completados em 339 tentativas, conquistando 2.340 jardas, com 16 passes para TD’s e 10 INT’s (Rating de 80.7); e o Fullback Pete Johnson melhorou significativamente nosso jogo corrido (243 corridas para 865 jardas e 14 TD’s) – equilibrando um pouco o nosso ataque...

Mas as vitórias não vieram...

1ª Rodada – 02.09.1979 – Broncos 10 x 00 Bengals;
2ª Rodada – 09.09.1979 – Bills 51 x 24 Bengals;
3ª Rodada – 16.09.1979 – Bengals 14 x 20 Patriots;
4ª Rodada – 23.09.1979 – Bengals 27 x 30 Oilers (Prorrogação);
5ª Rodada – 30.09.1979 – Cowboys 38 x 13 Bengals;
6ª Rodada – 07.10.1979 – Bengals 07 x 10 Chiefs;
7ª Rodada – 14.10.1979 – Bengals 34 x 10 Steelers;
8ª Rodada – 21.10.1979 – Browns 28 x 27 Bengals;
9ª Rodada – 28.10.1979 – Bengals 37 x 13 Eagles;
10ª Rodada – 04.11.1979 – Colts 38 x 28 Bengals;
11ª Rodada – 11.11.1979 – Bengals 24 x 26 Chargers;
12ª Rodada – 18.11.1979 – Oilers 42 x 21 Bengals;
13ª Rodada – 25.11.1979 – Bengals 34 x 28 Cardinals;
14ª Rodada – 02.12.1979 – Steelers 37 x 17 Bengals;
15ª Rodada – 09.12.1979 – Redskins 28 x 14 Bengals;
16ª Rodada – 16.12.1979 – Bengals 16 x 12 Browns.

Com um retrospecto de 08 vitórias e 19 derrotas, ninguém sobrevive muito tempo como Treinador Principal na NFL... e ao final da temporada, Homer Rice foi demitido!


Na pós-temporada, pelo segundo ano consecutivo, os Steelers foram campeões da AFC Central e o Houston classificou-se para o duelo de Wild Card! E exatamente como aconteceu no ano anterior, os Oilers chegaram à final da AFC (vencendo o Denver Broncos por 13 x 07 e o San Diego Chargers por 17 x 14); mas novamente perderam para Pittsburgh (27 x 13), que na semi-final havia vencido os Dolphins por 34 x 14. No Super Bowl XIV, nova vitória dos Steelers (31 x 19 sobre o Los Angeles Rams).


Uma última curiosidade sobre a temporada de 1979: Em 23 de Setembro, na derrota em casa (na prorrogação) para o Houston Oilers, dois Kickers diferentes de Cincinnati acertaram chutes de mais de 50 jardas! Doug Pelfrey acertou um Field Goal de 52 jardas; e Chris Bahr acertou outro de 55! Este chute de Bahr permanece como o mais longo da história dos Bengals...

Com isso encerramos a recapitulação histórica da década de 1970!


Desde sua estréia (em 1968) até o último jogo da temporada de 1979; os uniformes de Cincinnati permaneceram praticamente iguais: capacete laranja com grades cinzas e o nome da equipe “BENGALS” escrito em maiúsculo dos dois lados da cabeça; camisa preta (com os números e o nome dos atletas na cor branca; e nas mangas, duas faixas brancas envolvendo uma faixa laranja horizontal) e calça branca (com duas faixas horizontais pretas ladeando uma faixa laranja no centro). Já o uniforme nº 02 mantinha a mesma calça; mas a camisa também era branca (com nomes, números e faixas horizontais nas mangas na cor preta). As meias acompanhavam as cores da camisa (pretas no Uniforme nº 01 e brancas no Uniforme nº 02), com faixas horizontais semelhantes às das mangas na parte superior (próximas ao joelho dos jogadores).


Sobre as chuteiras, não havia regra acerca da padronização. Entre 1968 e 1973, a maioria dos atletas optou por chuteiras pretas. A partir de 1974, os jogadores preferiram usar chuteiras brancas. Mas só em 1990 é que a NFL passou a “padronizar” os calçados como “parte do uniforme” (claro que visando atender acordos comerciais com empresas fornecedoras de materiais esportivos). Por tradição, Cincinnati optou por continuar usando chuteiras brancas na década de 1990; mas a pedido dos jogadores, em 2004, a equipe mudou para a cor preta outra vez...

Por doze anos... nenhuma mudança significativa no “manto sagrado”!

Mas neste período (anos de 1970), a popularidade do futebol americano aumentou exponencialmente por todo o país – graças às transmissões pela televisão! Anunciantes, jornalistas especializados e donos de equipes vislumbraram uma verdadeira “mina de ouro”; e o esporte rapidamente ultrapassou o baseball na preferência do público norte-americano. Mas para torná-lo ainda mais atrativo, muitas mudanças nas regras foram promovidas – principalmente coibindo a violência desmedida (aumentando-se os itens de proteção dos atletas, por exemplo) e visando facilitar a identificação dos jogadores em campo...

Por isso, antes da temporada de 1980, os Bengals anunciaram três mudanças sutis em seus uniformes:


No capacete, as grades de proteção mudaram de cinza para preto; e na parte de trás da cabeça, foram adicionados os números dos atletas (com a finalidade de identificar rapidamente quem seria o jogador envolvido nos tradicionais “montinhos”). Nas camisas, os números dos atletas (que já estavam na frente e atrás) também foram acrescido às mangas (um pouco acima das três listras); com o mesmo objetivo dos números inseridos nos capacetes. E nas calças, a espessura da faixa laranja dobrou (mantendo-se “fininhas” as duas faixas pretas que ladeavam a laranja). Esta última mudança fora meramente estética...

Em 1981, os Bengals finalmente apresentaram um novo uniforme!


A começar por seu capacete, que perdeu as sete letras e ganhou seis listras pretas, estendendo-se de um lado a outro, lembrando o pêlo de um tigre-de-bengala! Sem dúvida um visual agressivo e inovador, com excelente potencial de marketing a ser explorado...

A camisa preta do uniforme nº 01 continuou com números (no peito, nas costas e nos ombros) e nomes na cor branca; mas perdeu sua faixa na manga – substituída por uma faixa laranja com listras tigradas pretas, que circundavam os ombros e as axilas dos atletas. A camisa nº 02 permaneceu branca (invertendo-se as cores com relação à camisa nº 01). As calças permaneciam brancas (substituindo as três faixas por uma única faixa “tigrada” vertical); e as meias eram brancas, com a parte superior laranja; combinando com as chuteiras brancas. Apenas em 1991 é que a equipe passou a adotar os distintivos da NFL em seus capacetes, camisas, calças e chuteiras...


Paul Brown, em entrevista para a Sports Illustrated, revelou que pretendia fortalecer a marca da equipe – criando um símbolo que pudesse ser identificado instantaneamente por qualquer fã do esporte (como a “ferradura” do Baltimore Colts ou os “relâmpagos” dos Chargers):

- Infelizmente, não é possível identificar a palavra “BENGALS” escrita em nosso capacete a uma certa distância... E assim, nossos garotos podem ser confundidos com atletas de Cleveland, o que é inadmissível! Toda equipe precisa ser única!

Concordo totalmente com o mestre!


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