sexta-feira, 26 de abril de 2013

DRAFT 2013 - Primeira Rodada: TE Tyler Eifert (Notre Dame)




Na noite desta quinta-feira, dia 25 de Abril de 2013, a NFL realizou a primeira rodada de seu tradicional DRAFT (com a ESPN transmitindo para o Brasil). Serão ao todo sete rodadas, onde todas as equipes terão sete oportunidades (no mínimo) para selecionar novos atletas!

Como já dissemos nos últimos posts, os Bengals estavam na 21ª posição (das 32 possíveis nesta primeira rodada). Diferentemente de outras equipes (como o Minnesota Vikings, por exemplo), a equipe de Cincinnati não buscou nenhuma "troca"; e respeitou seu lugar na "fila" (até porque hoje, na segunda rodada, teremos duas escolhas...).

No post "Offseason 2013 - Breves Notas sobre Março", dissemos que o locutor de rádio Dave Lapham (uma verdadeira autoridade quando o assunto em pauta são os Bengals) acreditava na escolha do Tight End TYLER EIFERT (da Universidade de Notre Dame); enquanto seus colegas apostavam em Safetys, Tackles e Cornerbacks...

Bem, o radialista acertou na mosca!




Os Bengals escolheram Tyler Eifert (filho de Greg Eifert, ex-jogador de basquete da Universidade de Purdue), de 22 anos, com 1,83 de altura e 114 kgs; que em Notre Dame mostrou-se um grande recebedor (talvez só atrás do WR Tavon Austin - selecionado pelo St. Louis Rams na oitava posição deste Draft); mas ainda mais completo - pois será um "TE Receiver"; complementando o trabalho de Jermaine Gresham (curiosamente draftado na mesma 21ª posição, à três anos atrás), que mostrou-se melhor no bloqueio e na proteção do pocket do que como opção de ataque. Já o estilo de jogo de Eifert se assemelha ao do grande TE Greg Olsen (que fez história com o Chicago Bears e que hoje joga pelo Carolina Panthers)...

Cabe aqui uma explicação importante:

O Tight End (TE) é um verdadeiro coringa na linha ofensiva. Seu papel pode mudar a cada jogada - o que o torna um dos jogadores mais versáteis do Futebol Americano. Para se ter uma idéia, suas atribuições são:

* Bloquear para "abrir buracos na defesa adversária - possibilitando ao Running Back, espaço suficiente para avançar (como se fosse um Tackle);

* Proteger o Quarterback dentro do pocket (como se fosse um Guard);

* E ainda receber passes (como se fosse um Wide Receiver)!

Sua importância é tão grande, que o lado do campo em que um TE se alinha é chamado de "strong side" (lado forte); e consequentemente, o lado sem um TE é chamado de "weak side" (lado fraco).

A posição de Tight End exige do atleta porte físico capaz de aguentar fortes tackles; mas também impulsão, precisão e velocidade para receber passes altos (às vezes muito além do posicionamento adequado).

Ao atacar, o TE segue a programação da jogada especificada pelo QB. É essencial esta sintonia entre eles; pois uma falha de marcação poderá deixar livre um Linebacker (LB) adversário! Além disso, o atleta não pode ter medo do contato – pois estará sempre nas trincheiras, levando pauladas violentas!

Mas esta grande força física os possibilita receber bolas mais altas do que o padrão para um WR (em especial nas jogadas dentro da Red Zone – quando a defesa está preparada para deter avanços terrestres)!

Em regra, o TE concentra seus esforços na quebra de tackles e nos avanços curtos e ágeis. Porém, eventualmente o QB pode exigir que eles avancem distâncias maiores, quase sempre próximos às laterais do gramado (contornando a linha defensiva), antes de voltarem para o meio – para só então receberem os passes longos!

Para Mike Mayock, especialista em Draft do site NFL.COM, a escolha de um TE na primeira rodada foi acertada; pois os Bengals perderam na primeira rodada dos playoffs nos últimos dois anos consecutivos graças (principalmente) às deficiências ofensivas. Ninguém discute a capacidade de Andy Dalton e de A.J. Green; mas é fundamental que a equipe tenha outras opções de ataque... ou suas jogadas serão extremamente previsíveis e anuláveis!

Particularmente, concordo com o Sr. Mayock em gênero, número e grau!

Tyler Eifert mostrou-se eficiente como recebedor, com mãos precisas e bom posicionamento para recuperar bolas longas (mesmo quando bem marcado pela secundária). Ele é alto e forte, possibilitando boa cobertura aos corredores (tanto pelo meio quanto pelas laterais). Ele também é conhecido pela força nas pernas, possibilitando passadas longas e velocidade para sair da cobertura adversária; e graças à sua envergadura invejável, consegue recuperar bolas improváveis! Em suas três temporadas na NCAA, conseguiu quebrar quase todos os recordes de sua Universidade na posição de TE – incluindo 140 recepções e avanço de 1.840 jardas!

Seu ponto fraco é justamente sua maior virtude: a velocidade! Embora tenha se esforçado para melhorar na última temporada, ficou claro que Notre Dame priorizou seu trabalho ofensivo – e na marcação, Eifert perdeu alguns duelos contra Linebackers fortes (que conseguiram anulá-lo com relativa facilidade). Além disso, nas corridas, ele chegou a soltar algumas bolas – o que pode ser fatal na NFL! Mas nada que um bom trabalho na pré-temporada e a experiência de jogar no mais alto nível não possam transformá-lo numa estrela do esporte!

Eifert era considerado a principal arma ofensiva de Notre Dame em 2012; jogando como WR ou como um TE tradicional (por isso é chamado de “TE Receiver”). É inteligente, veloz e sabe encontrar brechas nas linhas defensivas. Fora de campo, é um cara tranqüilo, de fala mansa, mas que se transforma ao entrar no gramado! E o mais importante: vem também evoluindo na marcação, melhorando a passos largos nos últimos três anos (graças à sua intensa dedicação e esforço). Por isso, os especialistas são unânimes em destacar seu potencial (tanto como recebedor quanto bloqueador)!

Se em 2011 e 2012, o ataque dos Bengals não chegava a assustar... em 2013 com Green-Ellis mantendo sua média de corridas; Andy Dalton e A.J. Green mais experientes; e um coringa talentoso como Tyler Eifert; a torcida pode voltar a sonhar com títulos da Divisão... Conferência... Superbowl...


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