terça-feira, 5 de março de 2013

Offseason 2013 - Breves Notas sobre Fevereiro


Para Ray Rice (Running Back campeão do Superbowl XLVII – já que os Ravens merecidamente derrotaram os 49ers pelo placar de 34 x 31 em Nova Orleans; num dos melhores e mais emocionantes jogos de toda a temporada):

Na próxima temporada serão Ravens e Bengals lutando pelo título da AFC North! Eles são jovens! E é bom ser jovem!

Bem, o confete já fora varrido e o palco desmontado no centro do gramado do Superdome; mas a verdade é que agora a temporada 2012 está oficialmente encerrada – e todas as equipes (incluindo Bengals, Ravens e 49ers) voltaram a ter um retrospecto de 00 vitória; 00 derrota e 00 empate!

Estamos vivendo a temporada 2013!

Uma última análise sobre a classificação da temporada 2012 mostra os Bengals com o mesmo retrospecto dos atuais campeões (10 vitórias e 06 derrotas) – mas muita coisa mudou desde aquela derrota dos Ravens, em Cincinnati, na última rodada da temporada regular...

Baltimore certamente entrará firme pelo bi-campeonato, certo?

Não... necessariamente!

O lendário LB Ray Lewis (considerado o corpo e a alma desta equipe) estará aposentado... Os brilhantes, talentosos e veteranos Ed Reed e Anquan Boldin (decisivos nesta última partida) provavelmente deixarão a equipe – graças às limitações de despesas impostas pela NFL (cuja finalidade é justamente manter o equilíbrio da liga!).

Mas por outro lado, Joe Flacco alcançou um patamar inédito em seu padrão de jogo – por vezes lembrando seu xará: Joe Montana (QB histórico dos Niners)! E também levantaram o Troféu Vince Lombardi os WR’s Torrey Smith e Jacoby Jones; além dos TE’s Dennis Pitta e Ed Dickson – que finalmente equilibraram as forças entre uma defesa excepcional... e um ataque historicamente fraco!

Por falar na defesa, não custa lembrar que ela conseguiu deter os avanços e a empolgação de um ataque explosivo como o dos Niners; nos últimos dois minutos de jogo; dentro de sua Red Zone (faltando míseras 05 jardas para uma virada histórica – que acabou não acontecendo). E é importante ressaltar que, neste esforço final, eles não contaram com Ray Lewis ou com Ed Reed...

Na jogada decisiva (uma quarta descida para o gol), o LB Dannell Ellerbe pressionou o QB Colin Kaepernick; enquanto o CB Jimmy Smith fez uma cobertura excelente sobre o WR Michael Crabtree (embora eu concorde com o treinador Jim Harbaugh, quando este gritou desesperado para os árbitros, argumentando a plenos pulmões que esta “cobertura” só foi possível graças ao puxão na camisa da “árvore de caranguejo” – que resultaria em “pass interference”) – arruinando os sonhos da torcida auri-rubra da Califórnia...

E convenhamos: muito desta “quase virada” dos Niners pode ser creditada à lesão no joelho do monstro Haloti Ngata; que possibilitou um pouco de tranqüilidade (se é que podemos falar que um QB no Superbowl tem “tranqüilidade”) ao Kaepernick, depois do apagão no início do 3º Quarto (e que atrasou a partida em quase quarenta minutos!).

Mas para assombro de todos os fãs da bola oval, Joe Flacco (cujas atuações sempre foram “questionáveis”) terminou a pós-temporada com 11 passes para Touchdown (sendo 03 no Grande Jogo); e Jacoby Jones (irmão do lutador de MMA Jon Jones), considerado um jogador mediano (para não usar o termo “medíocre”), e que qualquer equipe da NFL poderia tê-lo contratado como Free Agency (após o fim de seu vínculo de cinco temporadas com o Houston Texans); fez uma partida excelente – coroada com a jogada mais impressionante da partida: um retorno de kickoff para TD de 108 jardas!

Todas essas feras voltarão ao Paul Brown Stadium na próxima temporada – e não custa alertá-los que os Bengals venceram três dos últimos quatro jogos contra os Ravens!

Em 2013, a equipe de Cincinnati espera entrar na briga pelo título da Divisão (conquistado pelos Ravens nos últimos dois anos consecutivos); o que certamente nos possibilitará um caminho menos “tortuoso” na pós-temporada do que o encontrado em 2012 e 2011 (onde paramos na “muralha” chamada Houston Texans).

Para Boomer Esiason (QB dos Bengals no Superbowl XXIII e que hoje comenta jogos de futebol americano pela rede de televisão norte-americana CBS), não falta muito para a equipe de Cincinnati tornar-se candidata ao título da AFC North em 2013:

Os Ravens passarão por mudanças profundas nesta próxima temporada. Sem Ray Lewis e com a provável saída de Ed Reed; a linha defensiva perderá experiência e qualidade de uma só vez – o que tornará a vida de Baltimore bem complicada... Já os Steelers provavelmente estarão mais fortes em 2013 – mas ainda dependem muito do estado de saúde de Ben Roethlisberger... A verdade é que as três equipes tendem a se manter em alto nível, o que garantirá um equilíbrio de forças por toda a temporada...”.

Mas não pense que a opinião de Boomer é tendenciosa como a opinião do Neto e do Casagrande sobre o Corinthians! O ex-treinador dos Steelers (e também comentarista da CBS) Bill Cowher também concorda com o colega:

Eu gosto do atual elenco dos Bengals – principalmente porque eles têm A.J. Green. A grande dúvida é saber se Andy Dalton conseguirá evoluir para o próximo estágio na carreira... Sobre a defesa, vejo um crescimento astronômico e um potencial de evolução muito interessante. Mas não há grandes diferenças entre os elencos de Ravens e Bengals... Acho que Baltimore está um passo à frente de Cincinnati porque sua linha ofensiva jogou magistralmente nesta pós-temporada; mas defensivamente, os Bengals são melhores sob alguns aspectos. Ambos os treinadores conhecem bem seus elencos e sabe o que tirar de melhor deles em prol da equipe. No final, penso que os Ravens estão comemorando hoje e os Bengals assistiram pela TV apenas porque seu QB não chegou no nível do Joe Flacco...

Falando em A.J. Green, é preciso registrar sua atuação maravilhosa no Probowl 2012 – sendo considerado o principal WR da AFC; e de quebra, tornando-se o primeiro jogador da história dos Bengals a anotar três TD’s no “jogo das estrelas” – correndo por 119 jardas. Green foi um dos poucos destaques na equipe da Conferência Americana, que foi humilhada pela NFC pelo placar de 62 x 35 no Honolulu Aloha Stadium, no Hawaíi.

Além do A.J. Green, participaram do Probowl os seguintes atletas dos Bengals: Geno Atkins, Jermaine Gresham e Andrew Whitworth (que além de falastrão e provocador, também é nosso “sindicalista” – representando os jogadores dos Bengals perante a Associação de Jogadores da NFL).

Depois da péssima partida do Probowl na temporada 2011; o Comissário (leia-se: “chefão”) da NFL, Sr. Roger Goodell; declarou que este poderia ser o último jogo de Probowl da história – já que os custos do evento eram grandes e o retorno esportivo pífio... Esta declaração “mexeu com os brios” dos atletas: e no primeiro tempo, as equipes jogaram “sério”, e aconteceram alguns tackles violentos. Um deles, inclusive, ameaçou a integridade física de nosso craque – que deixou o gramado mancando. Por sorte, foi só um grande susto!

Mas o nosso querido Whitworth tratou de expor o lado dos atletas:

No começo, foi um jogo intenso. Os caras foram para cima dos rivais. Era isso que a torcida presente e os espectadores pela TV e internet queriam. Mas eu realmente não entendo o que os ‘miolos moles’ da NFL pretendiam com isso! Afinal, era um jogo das estrelas; e todos os All-Stars são jogos que devem ser divertidos... Se vamos sofrer “avaliação de desempenho” em cada tempo, o jogo perde sua razão de existir! Confesso que fiquei preocupado, quando vi o Green mancando... Mas ele me disse que foi só uma pancada na canela... Porra... já pensou se o garoto quebra a perna, detona o tornozelo, sofre uma concussão ou algo pior? Eu vejo o Probowl como uma oportunidade de encontrar outros atletas e conversar sobre suas equipes, métodos de liderança etc. Nós conversamos sobre um monte de coisas... Foi realmente divertido encontrá-los e ouvi-los... Afinal, é um jogo de festa... e o que realmente importa aqui é celebrar uma boa temporada, ao lado dos amigos e de nossos familiares... Será que estou errado?

Bom, eu penso que o grandalhão está coberto de razão!

Fomentar artificialmente uma rivalidade entre AFC e NFC que hoje, na prática, quase não existe; forçando os melhores atletas da temporada a arriscarem lesões graves que podem custar-lhe a própria carreira; objetivando mais uma partida “caça-níquel”; beira à crueldade de Roma para com seus gladiadores!

Se pararmos para pensar, não há como formarmos equipes “coesas”, formadas por atletas provenientes de equipes rivais – e nem exigir que esta “rivalidade” latente seja canalizada para seus oponentes da outra Conferência!

Exemplos: os dois melhores WR’s da partida, pelo lado da AFC, foram A.J. Green (dos Bengals) e Josh Cribbs (dos Browns)! Mas também podemos lembrar que Whitworth brigou e provocou os jogadores do Oakland Raiders durante o confronto na Temporada Regular... mas lá estavam os “corsários” californianos, com o mesmo uniforme e do mesmo lado do gramado!

Mas chega de falar da temporada 2012... Agora é focar em 2013!

E o primeiro reforço já chegou na segunda-feira pós-Superbowl (dia 04 de Fevereiro de 2013): o treinador Marvin Lewis recebeu Aaron Maybin, LB draftado na 11ª Posição em 2009 pelo Buffalo Bills e que jogou as últimas duas temporadas pelo New York Jets. Maybin chega com a fama de ser um jogador muito resistente; e dotado de uma velocidade incrível para jogadas profundas pelas laterais do campo.

Não é segredo para ninguém que Cincinnati precisa melhorar esta posição de LB. Muito se especulou que o foco no Draft 2013 seria sobre esta posição; mas agora, com a chegada de Maybin, não podemos garantir que a diretoria irá investir em novatos – e se o fizer, talvez busque compor elenco e dar-lhes experiência (o que pode ser uma ótima idéia!).

Curiosamente, o treinador Lewis conhece Maybin desde que o Linebacker tinha apenas 12 anos de idade... Na época, Marvin Lewis era o Coordenador Defensivo da equipe do Baltimore (que viria sagrar-se campeão de seu primeiro Superbowl nesta temporada). E graças a seu bom relacionamento com Matt Simon (então treinador de RB’s dos Ravens); o treinador dos Bengals conheceu o garoto – que mostrava um grande potencial... Desde então, Lewis exerce uma função de “tutor” do garoto; e fez um grande esforço para que a diretoria trouxesse o atleta de New York...

Aaron acredita que suas primeiras quatro temporadas não foram tão boas quanto o esperado, porque fora vítima de muitas lesões; e para piorar, os treinadores insistiam em mantê-lo fora de sua posição original – cumprindo missões de um LB padrão. Contudo, ao lado de seu “mestre”, ele sabe que jogará dentro de um esquema favorável às suas habilidades atléticas; e espera que o resultado apareça rapidamente, para poder cair nas graças da Nação Laranja e Preta!

Ele sabe que sua titularidade não está garantida; e que precisará disputar uma vaga com Vontaze Burfict e Emmanuel Lamur – mas não demonstrou preocupação na sua primeira coletiva de imprensa... Diplomaticamente elogiou a qualidade de seus “rivais”; e também deixou claro o quanto sente-se seguro para jogar ao lado de figuras como Geno Atkins e Carlos Dunlap (que certamente lhe darão a cobertura necessária para exercer seu papel).

Bem, por enquanto são essas as notícias dos Bengals... Assim que recebermos mais informações concretas, iremos atualizar o blog! Espero que estejam gostando e, assim como eu, REZANDO para que o tempo voe... pelo menos até Agosto – quando começa a Pré-Temporada 2013!

Vamos lá, Cincinnati! Rumo ao Superbowl XLVIII!

Um comentário:

  1. Galera novo site sobre futebol americano. Ta so começando deem uma conferida
    http://www.futebolamericanobr.net
    @futeamericanobr

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