sábado, 5 de janeiro de 2013

Pré-Jogo – Rodada Wild Card – Texans x Bengals




Passada a euforia da classificação para os Playoffs pelo segundo ano consecutivo, é hora de analisarmos a partida de hoje, dia 05 de Janeiro de 2013, às 19:30 horas (horário de Brasília), com transmissão para todo o Brasil pela ESPN.

No ano passado, os Bengals surpreenderam à todos, com uma equipe renovada, bastante instável na defesa, mas com um ataque explosivo, baseado na força de uma dupla de novatos (Andy Dalton e A.J. Green), que conquistou 09 vitórias e 07 derrotas, classificando-se para a pós-temporada (mesmo em terceiro lugar na AFC North).

Curiosamente, enfrentamos o mesmo Houston Texans, fora de casa, no dia 07 de Janeiro de 2012 – portanto sábado; e no mesmo horário!

Mas se você torce para os Bengals, também deve sentir arrepios ao lembrar da facilidade com que o RB Arian Foster literalmente atropelou nossa linha defensiva...

No final, o placar de 31 x 10 para a equipe texana mostrou-se justo, e expôs a fragilidade do time de Cincinnati – que além de não proteger adequadamente seu QB novato, sofria com uma linha defensiva confusa e um jogo terrestre muito fraco.

Ainda bem que Mike Brown (presidente do clube) assistiu à partida, pois deve ter percebido que seus dois “diamantes brutos” precisavam de maior proteção para se desenvolver. Por isso, no Draft 2012, os Bengals buscaram bons defensores. E no mercado de Free Agents, conseguiram contratar o experiente e talentoso BenJarvus Green-Ellis, vindo do “todo poderoso” New England Patriots (o que nos possibilitou um jogo terrestre excelente).

Apesar do começo instável (03 vitórias e 05 derrotas – muitas delas para adversários inferiores tecnicamente), o time “se encaixou”, focando na defesa e em jogadas rápidas de ataque, que nos renderam sete vitórias em oito jogos.

Este retrospecto excelente é idêntico ao da campanha de 1981, que nos levou ao Superbowl XVI, onde enfrentamos o San Francisco 49ers de Joe Montana e perdemos por 26 x 21 (ou seja: por apenas uma posse de bola)!

E já que estamos falando de história, não custa lembrar que a última vitória dos Bengals na pós-temporada aconteceu em 06 de Janeiro de 1991, contra outra equipe de Houston: os Oilers (atual Tennessee Titans), jogando no velho Riverfront Stadium. Naquela oportunidade, vencemos fácil por 41 x 14!

Em entrevista ao Cincinnati Enquirer esta semana, o treinador Marvin Lewis deixou claro que os Bengals não querem apenas “chegar” à pós-temporada:

Eu penso que nossos garotos já perceberam o que representa para o time e para a torcida chegar aos playoffs. Mas o nosso foco, desde o início do campeonato, não era simplesmente estar na pós-temporada. Nós queremos ganhar o campeonato. E estamos trabalhando para isso.”

Esta é a terceira vez na história dos Bengals que a equipe disputará uma rodada de Wild Card. Além de 2012 e 2011, estivemos nesta fase em 1975 – último ano em que o lendário Paul Brown treinou o time de Cincinnati. E se considerarmos as últimas quatro temporadas (2009-2012), apenas sete equipes disputaram por três vezes os playoffs: Bengals, Falcons, Ravens, Packers, Colts, Patriots e Saints.

Nada mal, para uma equipe “pequena”, não?

Nossos adversários de hoje foram fundados em 2002, durante a última expansão da NFL. Ao longo da história, foram sete jogos válidos (contando apenas a temporada regular e os playoffs) entre as duas equipes. E existe muito equilíbrio no confronto: são 04 vitórias para Houston contra 03 vitórias de Cincinnati. Mas se consideramos apenas confrontos da temporada regular, são três vitórias para cada lado.

O Houston fez uma excelente campanha: 12 vitórias e 04 derrotas; que lhe rendeu o título da AFC South e a terceira posição na Conferência Americana (virtualmente empatados com o New England Patriots, mas perdendo nos critérios de desempate). Seu ataque conta com um trio poderoso – QB Matt Schaub, RB Arian Foster e WR Andre Johnson – que lhe rendeu a 7ª colocação no ranking da NFL; e a defesa é a 17ª melhor da temporada regular da competição. Isto mostra o quanto a equipe é talentosa e perigosa.

Mas não é imbatível!

Apesar de terem apenas 04 derrotas na temporada regular – foram quatro derrotas “de lavada” (na Semana 06, perderam em casa para os Packers por 24 x 42; na Semana 14, foram até Foxboro e perderam por 42 x 14 para os Patriots; e nas últimas duas semanas, perdeu para os Vikings, em casa, por 06 x 23; e para os Colts, fora, por 28 x 16).

Isso mostra que o “momento” dos Bengals é melhor!

Além disso, o lado direito da linha ofensiva do Houston já se mostrou como o “calcanhar de Aquiles” da proteção ao QB Matt Schaub; que não consegue atuar bem sob pressão. Ou seja: um prato cheio para a defesa que impôs 51 sacks durante a temporada!

Nossa grande preocupação para o jogo de hoje vêm do departamento médico. Os Safetys titulares Chris Crocker e Taylor Mays treinaram parcialmente na terça e na quarta-feira. O CB titular Terence Newman treinou normalmente nesta quinta-feira e parece recuperado, assim como o RE Wallace Gilberry (que não havia treinado na quarta). O CB Leon Hall, um dos destaques dos últimos jogos, treinou parcialmente nesta quinta-feira – mas não fora confirmada nenhuma lesão.

Já BenJarvus Green-Ellis, que sofreu uma lesão no tendão antes da partida contra os Ravens, vem treinando em separado do grupo, para fortalecer os músculos e jogar o que sabe contra os Texans. Sua recuperação é essencial, pois nas últimas duas semanas, as nossas vitórias contra Pittsburgh e Baltimore podem ser creditadas à defesa (já que o ataque caiu muito de produção com a ausência do Running Back líder das estatísticas).

Se Andy Dalton puder contar com seus titulares em boa forma; e a defesa continuar sufocando os adversários como nas últimas quatro semanas; creio que Cincinnati irá superar a boa equipe dos Texans – confirmando sua fama de “visitante indigesto” (foram 06 vitórias e 02 derrotas fora de casa); e carimbando nossa passagem para o Colorado, para encarar Peyton Manning e o Denver Broncos na próxima semana!

Ah, maldito relógio que se arrasta, viu?

Haja coração, amigo!

Enquanto aguardamos, segue alguns comparativos entre as duas equipes:

(clique na imagem para ampliá-la)













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