sexta-feira, 11 de abril de 2014

Aula de História – Capítulo 07 (1989 a 1996): Idade das Trevas – Parte I


O ano de 1989 foi marcado por inúmeras mudanças políticas, culturais, econômicas e esportivas...


O evento mais emblemático, sem dúvida alguma, foi a Queda do Muro de Berlim; mas a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão; a invenção do código “WWW” (base da internet moderna); as manifestações na Praça da Paz Celestial em Pequim; o encontro entre George Bush (pai) e Mikhail Gorbachev; a queda dos ditadores Nicolae Ceausescu (Romênia) e Alfredo Stroessner (Paraguai); e as eleições de Carlos Saúl Menem (Argentina) e Fernando Collor de Mello (Brasil); foram igualmente relevantes para a história humana...


No esporte, Alain Prost venceu seu terceiro título mundial na Fórmula 1; Emerson Fittipaldi tornou-se o primeiro brasileiro a vencer as 500 Milhas de Indianápolis; o Grêmio venceu a primeira edição da Copa do Brasil; o Vasco da Gama foi campeão brasileiro; e a Seleção Brasileira de Futebol garantiu sua classificação para a Copa do Mundo de 1990 (na Itália), ao vencer o Chile, no Maracanã (por 1 x 0) – na partida que ficou marcada pela farsa do goleiro Roberto Rojas (que fingiu ter sido atingido por um foguete da torcida brasileira).


Mas nem sempre os “ventos da mudança” são positivos...

Em Cincinnati, após a decepcionante derrota no Super Bowl XXIII; os Bengals sofreram inúmeras lesões na temporada regular – e mesmo com seu ataque poderoso (anotou 404 pontos e sofreu apenas 285); só conseguiu 08 vitórias em 16 jogos...

1ª Rodada – 10.09.1989 – Bears 17 x 14 Bengals;
2ª Rodada – 17.09.1989 – Bengals 41 x 10 Steelers;
3ª Rodada – 25.09.1989 – Bengals 21 x 14 Browns;
4ª Rodada – 01.10.1989 – Chiefs 17 x 21 Bengals;
5ª Rodada – 08.10.1989 – Steelers 16 x 26 Bengals;
6ª Rodada – 15.10.1989 – Bengals 13 x 20 Dolphins;
7ª Rodada – 22.10.1989 – Bengals 12 x 23 Colts;
8ª Rodada – 29.10.1989 – Bengals 56 x 23 Buccaneers;
9ª Rodada – 05.11.1989 – Raiders 28 x 07 Bengals;
10ª Rodada – 13.11.1989 – Oilers 26 x 24 Bengals;
11ª Rodada – 19.11.1989 – Bengals 42 x 07 Lions;
12ª Rodada – 26.11.1989 – Bills 24 x 07 Bengals;
13ª Rodada – 03.12.1989 – Browns 00 x 21 Bengals;
14ª Rodada – 10.12.1989 – Bengals 17 x 24 Seahawks;
15ª Rodada – 17.12.1989 – Bengals 61 x 07 Oilers;
16ª Rodada – 25.12.1989 – Vikings 29 x 21 Bengals.

Obviamente, a equipe não conseguiu a vaga na pós-temporada...

Ainda sim, seis atletas foram chamados para o Pro Bowl (RB James Brooks; QB Boomer Esiason; S David Fulcher; TE Rodney Holman; G Max Montoya; e T Anthony Muñoz); o que mostrava o talento individual e o potencial desta equipe para 1990...


Boomer Esiason continuou muito bem (258 passes completos em 455 tentativas; para 3.525 jardas; com 28 TD’s; 11 INT’s e Rating de 92.1); assim como James Brooks (nosso melhor corredor: 221 corridas para 1.239 jardas e 07 TD’s) e Tim McGee (“alvo” favorito de Esiason: 65 recepções para 1.211 jardas e 08 TD’s).

Mesmo assim, os Bengals foram a única equipe da AFC Central fora da pós-temporada de 1989...

Na rodada de Wild Card, Pittsburgh venceu os Oilers em Houston na prorrogação (26 x 23); e deu muito trabalho para os Broncos (equipe de melhor campanha na temporada regular), que só os venceu por 24 x 23. Na outra semi-final, os Browns venceram os Bills por 34 x 30. Na grande final da Conferência Americana, vitória tranqüila de Denver: 37 x 21; mas no Super Bowl XXIV, a equipe do Colorado foi atropelada pelo San Francisco 49ers (55 x 10)!


Apesar dos tropeços e algumas decepções, a década de 1980 continua sendo a melhor da história dos Bengals81 vitórias e 71 derrotas; superando a década de 1970 (74 vitórias e 70 derrotas) e a atual (34 vitórias e 30 derrotas). Mas nem na péssima década de 1960 (07 vitórias, 20 derrotas e 01 empate em duas temporadas) sofremos tanto como sofremos na década de 1990! Foram apenas 52 vitórias e terríveis 108 derrotas...


Curiosamente, a temporada de 1990 (ainda sob o comando de Sam Wyche) acabou sendo a melhor desta década maldita: 09 vitórias e 07 derrotas; nos rendendo o (e último) título da AFC Central e a vantagem de jogar em casa (no Riverfront Stadium pela última vez) a primeira partida da pós-temporada!

1ª Rodada – 09.09.1990 – Bengals 25 x 20 Jets;
2ª Rodada – 16.09.1990 – Chargers 16 x 21 Bengals;
3ª Rodada – 23.09.1990 – Bengals 41 x 07 Patriots;
4ª Rodada – 01.10.1990 – Seahawks 31 x 16 Bengals;
5ª Rodada – 07.10.1990 – Rams 31 x 34 Bengals (prorrogação);
6ª Rodada – 14.10.1990 – Oilers 48 x 17 Bengals;
7ª Rodada – 22.10.1990 – Browns 13 x 34 Bengals;
8ª Rodada – 28.10.1990 – Falcons 38 x 17 Bengals;
9ª Rodada – 04.11.1990 – Bengals 07 x 21 Saints;
10ª Rodada – 18.11.1990 – Bengals 27 x 03 Steelers;
11ª Rodada – 25.11.1990 – Bengals 20 x 34 Colts;
12ª Rodada – 02.12.1990 – Steelers 12 x 16 Bengals;
13ª Rodada – 09.12.1990 – Bengals 17 x 20 49ers (prorrogação);
14ª Rodada – 16.12.1990 – Raiders 24 x 07 Bengals;
15ª Rodada – 23.12.1990 – Bengals 40 x 20 Oilers;
16ª Rodada – 30.12.1990 – Bengals 21 x 14 Browns.


A partir desta temporada, 12 equipes passaram a disputar os playoffs (os três campeões de Divisão e as três melhores equipes “sem título” em cada Conferência); sendo que a rodada de Wild Card passaria a ter dois jogos (o “pior campeão” enfrentaria o “pior classificado”; e os outros dois “sem títulos” disputariam a outra vaga nas semifinais).


Os Bengals terminaram na 3ª posição da Conferência Americana (ou seja: foram o “pior campeão” de 1990); e por isso jogariam em casa contra o “pior classificadoHouston Oilers no dia 06 de Janeiro de 1991...


Mais de 60 mil fanáticos torcedores lotaram o Riverfront Stadium para acompanhar o clássico da AFC Central! Na sexta rodada, perdemos feio (48 x 17) no Astrodome; mas demos o troco na penúltima rodada da temporada regular, vencendo por 40 x 20 em casa. E a festa não poderia ter sido maior! Cincinnati abriu vantagem de 34 x 00 no 3º Quarto; e mesmo com os dois TD’s anotados por Ernest Givins; os texanos não tiveram qualquer chance na partida – que terminou com o placar de 41 x 14 para os Bengals!


Infelizmente, esta foi a nossa última vitória na pós-temporada...

Confesso que desconheço qual tipo de “magia negra” foi lançada pelos torcedores do Houston Oilers; mas o fato é que até hoje, Cincinnati simplesmente não consegue vencer um jogo de pós-temporada! Triste realidade para os fanáticos do Bengals, que como eu, jamais comemoraram uma vitória nos playoffs...


No dia 13 de Janeiro de 1991, perante 92 mil torcedores dos Raiders no Los Angeles Coliseum; Cincinnati abriu o placar no 2º Quarto (Field Goal de 27 jardas chutado por Jim Breech); mas tomou a virada e acabou derrotado por 20 x 10...

Na final da Conferência Americana, a equipe de Los Angeles foi arrasada pelo Buffalo Bills (equipe de melhor campanha na temporada regular) por sonoros 51 x 03; mas no Super Bowl XXV, deu New York Giants (que na semifinal havia derrotado o “imbatível” San Francisco, fora de casa, por 15 x 13), pelo placar de 20 x 19!


Boomer Esiason foi bem, estabelecendo o recorde de jardas aéreas numa única partida (490 jardas na vitória por 31 x 34 sobre os Rams em Los Angeles); mas errou muito (224 passes completos em 402 tentativas; para 3.031 jardas; com 24 TD’s; 22 INT’s e Rating de 77.0). James Brooks também piorou seus números (195 corridas para 1.004 jardas e 05 TD’s) e Eddie Brown (nosso melhor recebedor: 44 recepções para 706 jardas e 09 TD’s) também mostravam que “o auge” da equipe já havia passado...

Mesmo assim, quatro jogadores foram ao Pro Bowl (RB James Brooks; S David Fulcher; TE Rodney Holman; e T Anthony Muñoz)...


Apesar do terceiro título mundial de Fórmula 1 do Ayrton Senna e da conquista do terceiro título brasileiro do São Paulo F.C. (dois eventos que me trouxeram imensa alegria); o ano de 1991 pode ser considerado “triste” pelo falecimento de Freddie Mercury (vocalista do Queen) e do velho mestre Paul Brown (no dia 05 de Agosto de 1991)...


Diferentemente do que ocorreu em 1945, quando Arthur “Mickey” McBride investiu na criação de uma equipe de futebol americano em Cleveland e trouxe Paul Brown para conduzir o projeto “na prática” (inclusive batizando o time com seu sobrenome); os Bengals foram fundados e administrados por Paul Brown desde o princípio – e seus vínculos com a equipe excediam (e muito) o esperado por times norte-americanos profissionais das grandes ligas! Paul era o legítimo “dono” da equipe; com poderes absolutos inclusive sobre o desempenho esportivo do time (o que, obviamente, desagradava aos demais investidores e membros das comissões técnicas que passaram por Cincinnati)...


Muito embora sua participação efetiva no comando do time tenha sido reduzida nos seus últimos anos de vida; sua figura imponente e sua história imortalizada no “Hall of Fame” mantinham as coisas em ordem – e sua morte, às vésperas de outra temporada, tumultuaram os bastidores da equipe (já que Mike Brown, seu filho e sucessor lógico, não dispunha do talento, competência ou carisma do velho mestre; e muitos conselheiros ambiciosos conspiraram por sua queda).


Esta “fogueira de vaidades” e “guerra de egos” se refletiu em campo; e o desempenho esportivo dos Bengals simplesmente desabou...

1ª Rodada – 01.09.1991 – Broncos 45 x 14 Bengals;
2ª Rodada – 08.09.1991 – Bengals 07 x 30 Oilers;
3ª Rodada – 15.09.1991 – Browns 14 x 13 Bengals;
4ª Rodada – 22.09.1991 – Bengals 34 x 27 Redskins;
5ª Rodada – 06.10.1991 – Bengals 07 x 13 Seahawks;
6ª Rodada – 13.10.1991 – Cowboys 35 x 23 Bengals;
7ª Rodada – 21.10.1991 – Bills 35 x 16 Bengals;
8ª Rodada – 27.10.1991 – Oilers 35 x 03 Bengals;
9ª Rodada – 03.11.1991 – Bengals 23 x 21 Browns;
10ª Rodada – 10.11.1991 – Bengals 27 x 33 Steelers (prorrogação);
11ª Rodada – 17.11.1991 – Eagles 17 x 10 Bengals;
12ª Rodada – 24.11.1991 – Bengals 14 x 38 Raiders;
13ª Rodada – 01.12.1991 – Bengals 27 x 24 Giants;
14ª Rodada – 09.12.1991 – Dolphins 37 x 13 Bengals;
15ª Rodada – 15.12.1991 – Steelers 17 x 10 Bengals;
16ª Rodada – 22.12.1991 – Bengals 29 x 07 Patriots.

Com apenas 03 vitórias e 13 derrotas (incluindo todas as partidas disputadas fora de Cincinnati); os Bengals terminaram na penúltima posição da Conferência Americana (só foram melhores que o Indianapolis Colts, que conquistaram 01 vitória e 15 derrotas).


Boomer Esiason nunca esteve tão mal (233 passes completos em 413 tentativas; para 2.883 jardas; com 13 TD’s; 16 INT’s e Rating de 72.5). Nosso melhor corredor foi Harold Green (158 corridas para 731 jardas e 02 TD’s); e até Eddie Brown piorou suas estatísticas (59 recepções para 827 jardas e 02 TD’s). O único jogador convocado para o Pro Bowl foi Anthony Muñoz...

Nos playoffs, os Bills confirmaram seu favoritismo (melhor campanha) e venceram os Chiefs (37 x 14) e os Broncos (10 x 07); chegando ao Super Bowl XXVI para enfrentar a melhor equipe da Conferência Nacional: os Redskins! Mas a equipe de Washington não deu chances para Buffalo e venceram com tranqüilidade por 37 x 24...


Sem o respaldo de Paul Brown (que admirava seu jeito contestador e anárquico) e com um resultado pífio em campo; Sam Wyche não resistiu à crise e foi demitido ao final desta temporada. Para o seu lugar, a Diretoria contratou Dave Shula...


David Donald Shula nasceu no dia 28 de Maio de 1959, em Lexington, Kentucky; e chegou a jogar pelo Baltimore Colts como Wide Receiver em 1981. Porém, em 1982, seu pai (Don Shula) assumiu o comando do Miami Dolphins; e o contratou como “Treinador de Wide Receiver’s” na equipe da Flórida (onde permaneceu até 1988). Em 1989, assumiu o cargo de Coordenador Ofensivo do Dallas Cowboys; antes de ser contratado como Treinador de WR pelos Bengals em 1991.


Aos 32 anos de idade, Dave tornou-se o Treinador Principal mais jovem da história da NFL; e protagonizou os primeiros confrontos entre “pai e filho” (os chamados “Shula Bowl’s”) em 1994 e 1995 (ambos vencidos por seu pai). Outro recorde: Dave tornou-se o Treinador que mais rápido perdeu 50 jogos na carreira (precisou de apenas 71 partidas para alcançar esta marca)!


Como diria um certo narrador brasileiro: “QUE BELEEEZA”!


O primeiro ano de Shula à frente dos Bengals até começou bem (duas vitórias nos primeiros dois jogos); mas duas seqüências de cinco derrotas consecutivas sepultaram nossas esperanças de reconstrução da equipe após a “Era Wyche”...

1ª Rodada – 06.09.1992 – Seahawks 03 x 21 Bengals;
2ª Rodada – 13.09.1992 – Bengals 24 x 21 Raiders (prorrogação);
3ª Rodada – 20.09.1992 – Packers 24 x 23 Bengals;
4ª Rodada – 27.09.1992 – Bengals 07 x 42 Vikings;
5ª Rodada – 11.10.1992 – Bengals 24 x 38 Oilers;
6ª Rodada – 19.10.1992 – Steelers 20 x 00 Bengals;
7ª Rodada – 25.10.1992 – Oilers 26 x 10 Bengals;
8ª Rodada – 01.11.1992 – Bengals 30 x 10 Browns;
9ª Rodada – 08.11.1992 – Bears 28 x 31 Bengals (prorrogação);
10ª Rodada – 15.11.1992 – Jets 17 x 14 Bengals;
11ª Rodada – 22.11.1992 – Bengals 13 x 19 Lions;
12ª Rodada – 29.11.1992 – Bengals 09 x 21 Steelers;
13ª Rodada – 06.12.1992 – Browns 37 x 21 Bengals;
14ª Rodada – 13.12.1992 – Chargers 27 x 10 Bengals;
15ª Rodada – 20.12.1992 – Bengals 20 x 10 Patriots;
16ª Rodada – 27.12.1992 – Bengals 17 x 21 Colts.


O ano de 1992 também marcou a despedida de Anthony Muñoz após 13 temporadas (e 11 convocações ao Pro Bowl). Em 1998, fora eleito para o Hall da Fama (tornando-se o primeiro jogador dos Bengals a ser imortalizado entre as lendas do esporte).

Boomer Esiason parecia ter alcançado o “fundo do poço” (144 passes completos em 278 tentativas; para 1.407 jardas; com 11 TD’s; 15 INT’s e Rating de 57.0). Nosso melhor corredor foi Harold Green – único atleta convocado para o Pro Bowl (265 corridas para 1.170 jardas e 02 TD’s – quebrando a marca de 100 jardas terrestres em cinco jogos); e Tim McGee foi o melhor recebedor da equipe, embora seus números estivessem longe de serem considerados “razoáveis” (35 recepções para 408 jardas e 03 TD’s)...


Na pós-temporada, os Bills (bi-campeões da Conferência Americana em 1990 e 1991, sempre com a melhor campanha na temporada regular) desta vez perderam o título da Divisão Leste para o Miami Dolphins; mas classificaram-se aos playoffs com a 4ª melhor campanha da AFC. E sem grandes sustos, venceram seus três oponentes (Houston Oilers por 41 x 38; Pittsburgh Steelers por 24 x 03; e Miami Dolphins por 29 x 10); conquistando seu terceiro título consecutivo e a chance finalmente vencer um Super Bowl!

Mas na disputa pelo Super Bowl XXVII havia um inspirado (e motivado) Dallas Cowboys; que na final da Conferência Nacional derrotou o favorito 49ers por 20 x 30 em San Francisco; e chegou à decisão em Pasadena, Califórnia, com fome de título!

Resultado? O American Team venceu por 52 x 17!


Antes da temporada de 1993, nosso Quarterback titular Boomer Esiason foi negociado com o New York Jets. Vejam que negócio de ouro: nós cedemos nosso principal jogador e, em troca, a equipe alvi-verde nos ofereceu a escolha de 3ª rodada no Draft! Tenho certeza que Paul Brown jamais aprovaria um negócio destes...


Sob o comando de David Klingler (190 passes completos em 343 tentativas; para 1.935 jardas; com 06 TD’s; 09 INT’s e Rating de 66.6); Cincinnati perdeu os primeiros 10 jogos da temporada...

1ª Rodada – 05.09.1993 – Browns 27 x 14 Bengals;
2ª Rodada – 12.09.1993 – Bengals 06 x 09 Colts;
3ª Rodada – 19.09.1993 – Steelers 34 x 07 Bengals;
4ª Rodada – 26.09.1993 – Bengals 10 x 19 Seahawks;
5ª Rodada – 10.10.1993 – Chiefs 17 x 15 Bengals;
6ª Rodada – 17.10.1993 – Bengals 17 x 28 Browns;
7ª Rodada – 24.10.1993 – Oilers 28 x 12 Bengals;
8ª Rodada – 07.11.1993 – Bengals 16 x 24 Steelers;
9ª Rodada – 14.11.1993 – Bengals 03 x 38 Oilers;
10ª Rodada – 21.11.1993 – Jets 17 x 12 Bengals;
11ª Rodada – 28.11.1993 – Bengals 16 x 10 Raiders;
12ª Rodada – 05.11.1993 – 49ers 21 x 08 Bengals;
13ª Rodada – 12.12.1993 – Patriots 07 x 02 Bengals;
14ª Rodada – 19.12.1993 – Bengals 15 x 03 Rams;
15ª Rodada – 26.12.1993 – Bengals 21 x 17 Falcons;
16ª Rodada – 02.01.1994 – Saints 20 x 13 Bengals.

Harold Green permaneceu sendo o melhor corredor, embora suas estatísticas tenham piorado muito (215 corridas para 589 jardas e nenhum TD’s); e Jeff Query foi o melhor recebedor da equipe (56 recepções para 654 jardas e 04 TD’s).

Obviamente, nenhum atleta fora convocado ao Pro Bowl...

E pelo quarto ano consecutivo, os Bills venceram a Conferência Americana (29 x 23 sobre o Los Angeles Raiders e 30 x 13 sobre o Kansas City Chiefs); de novo com a melhor campanha da AFC; mas novamente perderam o Super Bowl XXVIII (outra vez para o Dallas Cowboys – por 30 x 13)!


Se o torcedor de Buffalo estava sofrendo... imaginem o torcedor de Cincinnati!

Em 1994, os Bengals perderam seus sete primeiros jogos. E para piorar, tanto o QB titular David Klingler (que já não era “grande coisa”) quanto seu reserva Erik Wilhelm estavam lesionados. O jeito foi encarar o atual bi-campeão do Super Bowl com o terceiro Quarterback: Jeff Blake...


E “quase” aconteceu um milagre!

Cincinnati jogou bem; encarou os Cowboys sem medo; e Dallas só conseguiu a vitória por 20 x 23! Na semana seguinte, vencemos o Seahawks em Seattle (por 17 x 20, na prorrogação); e batemos em casa o Houston Oilers por 34 x 31!

Mas a reação parou por aí...

1ª Rodada – 04.09.1994 – Bengals 20 x 28 Browns;
2ª Rodada – 11.09.1994 – Chargers 27 x 10 Bengals;
3ª Rodada – 18.09.1994 – Bengals 28 x 31 Bengals;
4ª Rodada – 25.09.1994 – Oilers 20 x 13 Bengals;
5ª Rodada – 02.10.1994 – Bengals 07 x 23 Dolphins;
6ª Rodada – 16.10.1994 – Steelers 14 x 10 Bengals;
7ª Rodada – 23.10.1994 – Browns 37 x 13 Bengals;
8ª Rodada – 30.10.1994 – Bengals 20 x 23 Cowboys;
9ª Rodada – 06.11.1994 – Seahawks 17 x 20 Bengals (prorrogação);
10ª Rodada – 13.11.1994 – Bengals 34 x 31 Oilers;
11ª Rodada – 20.11.1994 – Bengals 13 x 17 Colts;
12ª Rodada – 27.11.1994 – Broncos 15 x 13 Bengals;
13ª Rodada – 04.12.1994 – Bengals 15 x 38 Steelers;
14ª Rodada – 11.12.1994 – Giants 27 x 20 Bengals;
15ª Rodada – 18.12.1994 – Cardinals 28 x 07 Bengals;
16ª Rodada – 24.12.1994 – Bengals 33 x 30 Eagles.

Novamente terminamos o ano com 03 vitórias e 13 derrotas...

E sem nenhum jogador convocado para o Pro Bowl...

Mas ao menos a renovação no elenco começou a produzir alguns frutos, tais como Jeff Blake (154 passes completos em 306 tentativas; para 2.154 jardas; com 14 TD’s; 09 INT’s e Rating de 76.9); Derrick Fenner (141 corridas para 468 jardas e 01 TD); e Carl Pickens (71 recepções para 1.127 jardas e 11 TD’s).


Na pós-temporada, os Chargers (equipe com a segunda melhor campanha da Conferência Americana) conquistaram o título após vencer os Dolphins (22 x 21) e os Steelers (17 x 13); mas não conseguiu quebrar a hegemonia da NFC – e o San Francisco 49ers conseguiu outro troféu Vince Lombardi no Super Bowl XXIX (vitória por 49 x 26).


Em 1995, duas equipes estrearam na NFLCarolina Panthers (alocados na NFC West) e Jacksonville Jaguars (AFC Central). Além disso, a cidade de Los Angeles perdeu suas duas equipes de uma só vez – os Raiders voltaram para Oakland e os Rams mudaram-se para St. Louis (onde permanecem até hoje).


Os Bengals conseguiram trocar com os Panthers o direito de 1ª Escolha Geral no Draft de 1995; pois acreditavam que a contratação do Running Back Ki-Jana Carter (Universidade de Penn State) resolveria seus problemas ofensivos!


Em seus três anos na Pennsylvania; Kenneth Leonard Carter (nascido em 12 de Setembro de 1973, em Westerville, Ohio); correu 438 vezes, conquistando 3.085 jardas (média de 7,04 jardas por corrida); e anotou 39 TD’s. Como se não bastasse, ele recebeu 21 passes (que renderam outras 174 jardas). Sem dúvida, “Ki-Jana” era uma aposta tentadora – e Cincinnati ofereceu um contrato de sete anos (e US$ 19,2 milhões garantidos); recorde para um jogador calouro...


Mas logo na terceira partida da pré-temporada, Carter sofreu uma grave lesão no joelho – que lhe custou toda a temporada...


Por sorte, nosso Kicker Doug Pelfrey; o WR Carl Pickens e o QB Jeff Blake (estes dois últimos foram convocados para o Pro Bowl) continuaram quebrando recordes; e esta temporada não terminou de modo tão vergonhoso quanto às últimas terminaram...

1ª Rodada – 03.09.1995 – Colts 21 x 24 Bengals (prorrogação);
2ª Rodada – 10.09.1995 – Bengals 24 x 17 Jaguars;
3ª Rodada – 17.09.1995 – Seahawks 24 x 21 Bengals;
4ª Rodada – 24.09.1995 – Bengals 28 x 38 Oilers;
5ª Rodada – 01.10.1995 – Bengals 23 x 26 Dolphins;
6ª Rodada – 08.10.1995 – Buccaneers 19 x 16 Bengals;
7ª Rodada – 19.10.1995 – Steelers 09 x 27 Bengals;
8ª Rodada – 29.10.1995 – Bengals 26 x 29 Browns (prorrogação);
9ª Rodada – 05.11.1995 – Bengals 17 x 20 Raiders;
10ª Rodada – 12.11.1995 – Oilers 25 x 32 Bengals;
11ª Rodada – 19.11.1995 – Bengals 31 x 49 Steelers;
12ª Rodada – 26.11.1995 – Jaguars 13 x 17 Bengals;
13ª Rodada – 03.12.1995 – Packers 24 x 10 Bengals;
14ª Rodada – 10.12.1995 – Bengals 16 x 10 Bears;
15ª Rodada – 17.12.1995 – Browns 26 x 10 Bengals;
16ª Rodada – 24.12.1995 – Bengals 27 x 24 Vikings.

As sete vitórias nos deram a segunda posição da AFC Central; mas não foram suficientes para nos levar à pós-temporada. Ao menos reacenderam as expectativas da torcida, pois o jogo aéreo entre Blake e Pickens estava funcionando; e com a volta de Carter em 1996; Cincinnati tinha tudo para deixar o fundo do poço...


Jeff Blake fez sua melhor temporada até então (326 passes completos em 567 tentativas; para 3.822 jardas; com 28 TD’s; 17 INT’s e Rating de 82.1); assim como Carl Pickens (99 recepções para 1.234 jardas e 17 TD’s). Harold Green voltou a liderar as estatísticas do jogo corrido (171 corridas para 661 jardas e 02 TD’s).

No caminho para o 30º Super Bowl, o Indianapolis Colts surpreendeu a todos! A equipe classificou-se na 5ª posição da Conferência Americana (e por isso jogou todas as partidas fora de seu estádio); e mesmo assim passou pelo San Diego Chargers (20 x 35); pelo Kansas City Chiefs (equipe de melhor campanha da temporada regular, por 07 x 10); e chegou à final da Conferência para enfrentar os Steelers...

Mas jogando em casa, Pittsburgh fez prevalecer o mando de campo e a sua melhor campanha; vencendo os Colts por 20 x 16. Apesar da festa do título da AFC; os metalúrgicos não foram capazes de interromper a seqüência de títulos das equipes da NFC – e no Super Bowl XXX, deu Dallas Cowboys por 27 x 17!


O ano de 1996 foi especial...

Foram tantas mudanças, ocorridas em Cincinnati (e fora de lá); que vamos dividi-lo em duas partes – neste Capítulo falaremos dos primeiros sete jogos dos Bengals!

Em 19 de Março de 1996, os governantes locais aprovaram a liberação de recursos públicos para custear a metade da construção de dois novos estádios – sendo que esta providência foi decisiva para a permanência tanto dos Bengals quanto dos Reds (tradicional equipe de baseball na MLB). Além disso, o Riverfront Stadium passou a ser chamado de Cinergy Field – companhia de fornecimento de energia elétrica sediada em Cincinnati (o que rendeu um patrocínio milionário para ajudar a arcar as despesas com o “Gigante da Beira-Rio”)!


Se os problemas extra-campo foram parcialmente solucionados (ou seja: a equipe permaneceria em Cincinnati e ainda receberia um novo estádio em breve); nos gramados, o time de Dave Shula continuou passando vergonha...

1ª Rodada – 01.09.1996 – Rams 26 x 16 Bengals;
2ª Rodada – 08.09.1996 – Chargers 27 x 14 Bengals;
3ª Rodada – 15.09.1996 – Bengals 30 x 15 Saints;
4ª Rodada – 29.09.1996 – Bengals 10 x 14 Broncos;
5ª Rodada – 06.10.1996 – Bengals 27 x 30 Oilers (prorrogação);
6ª Rodada – 13.10.1996 – Steelers 20 x 10 Bengals;
7ª Rodada – 20.10.1996 – 49ers 28 x 21 Bengals.


Uma vitória e seis derrotas em sete jogos...

Outra temporada arruinada...

Arquibancadas “vazias” (pelo menos para os padrões da NFL)...

Uma crise que não parecia ter mais fim!

Era evidente a necessidade de reformular o trabalho...

E esta reformulação começou pela demissão do Treinador Principal!


Na metade da temporada (algo bastante incomum na história da liga)...

Ao todo, Shula obteve 19 vitórias e 52 derrotas na carreira.

Após ser demitido na sétima rodada de 1996, ele assumiu os negócios da família (uma cadeia de restaurantes composta por dois empreendimentos: Shula’s Steak House e Shula Burguer); e é golfista, maratonista e tenista amador – mas nunca mais voltou ao futebol americano!



Graças ao bom Deus!


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