O ano de 1989 foi
marcado por inúmeras mudanças políticas, culturais, econômicas e esportivas...
O evento mais emblemático, sem dúvida alguma, foi a Queda do Muro de Berlim; mas a retirada
das tropas soviéticas do Afeganistão;
a invenção do código “WWW” (base da
internet moderna); as manifestações na Praça
da Paz Celestial em Pequim; o encontro entre George Bush (pai) e Mikhail
Gorbachev; a queda dos ditadores Nicolae
Ceausescu (Romênia) e Alfredo Stroessner (Paraguai); e as eleições de Carlos Saúl Menem (Argentina) e Fernando Collor
de Mello (Brasil); foram
igualmente relevantes para a história humana...
No esporte, Alain
Prost venceu seu terceiro título mundial na Fórmula 1; Emerson
Fittipaldi tornou-se o primeiro brasileiro a vencer as 500 Milhas de Indianápolis; o Grêmio
venceu a primeira edição da Copa do
Brasil; o Vasco da Gama foi
campeão brasileiro; e a Seleção
Brasileira de Futebol garantiu sua classificação para a Copa do Mundo de 1990 (na Itália), ao vencer o Chile, no Maracanã (por 1 x 0) –
na partida que ficou marcada pela farsa do goleiro Roberto Rojas (que fingiu ter sido atingido por um foguete da
torcida brasileira).
Mas nem sempre os “ventos da mudança” são positivos...
Em Cincinnati,
após a decepcionante derrota no Super
Bowl XXIII; os Bengals sofreram
inúmeras lesões na temporada regular – e mesmo com seu ataque poderoso (anotou
404 pontos e sofreu apenas 285); só conseguiu 08 vitórias em 16 jogos...
1ª Rodada –
10.09.1989 – Bears 17 x 14 Bengals;
2ª Rodada –
17.09.1989 – Bengals 41 x 10 Steelers;
3ª Rodada –
25.09.1989 – Bengals 21 x 14 Browns;
4ª Rodada – 01.10.1989
– Chiefs 17 x 21 Bengals;
5ª Rodada – 08.10.1989
– Steelers 16 x 26 Bengals;
6ª Rodada –
15.10.1989 – Bengals 13 x 20 Dolphins;
7ª Rodada – 22.10.1989
– Bengals 12 x 23 Colts;
8ª Rodada –
29.10.1989 – Bengals 56 x 23 Buccaneers;
9ª Rodada –
05.11.1989 – Raiders 28 x 07 Bengals;
10ª Rodada –
13.11.1989 – Oilers 26 x 24 Bengals;
11ª Rodada –
19.11.1989 – Bengals 42 x 07 Lions;
12ª Rodada –
26.11.1989 – Bills 24 x 07 Bengals;
13ª Rodada –
03.12.1989 – Browns 00 x 21 Bengals;
14ª Rodada –
10.12.1989 – Bengals 17 x 24 Seahawks;
15ª Rodada –
17.12.1989 – Bengals 61 x 07 Oilers;
16ª Rodada –
25.12.1989 – Vikings 29 x 21 Bengals.
Obviamente, a equipe não conseguiu a vaga na pós-temporada...
Ainda sim, seis atletas foram chamados para o Pro
Bowl (RB James Brooks; QB Boomer Esiason; S
David Fulcher; TE Rodney Holman; G Max Montoya; e T
Anthony Muñoz); o que mostrava o talento individual e o potencial desta
equipe para 1990...
Boomer Esiason continuou
muito bem (258 passes completos em 455 tentativas; para 3.525
jardas; com 28 TD’s; 11 INT’s e Rating de 92.1);
assim como James Brooks (nosso
melhor corredor: 221 corridas para 1.239 jardas e 07 TD’s) e Tim McGee (“alvo” favorito de Esiason: 65 recepções para 1.211
jardas e 08 TD’s).
Mesmo assim, os Bengals
foram a única equipe da AFC Central fora da pós-temporada de
1989...
Na rodada de Wild Card, Pittsburgh venceu os Oilers
em Houston na prorrogação (26 x
23); e deu muito trabalho para os Broncos
(equipe de melhor campanha na temporada regular), que só os venceu por 24 x
23. Na outra semi-final, os Browns
venceram os Bills por 34 x
30. Na grande final da Conferência Americana, vitória
tranqüila de Denver: 37 x
21; mas no Super Bowl XXIV,
a equipe do Colorado foi atropelada
pelo San Francisco 49ers (55 x
10)!
Apesar dos tropeços e algumas decepções, a década de 1980 continua sendo a melhor da
história dos Bengals – 81
vitórias e 71 derrotas; superando a década de 1970 (74 vitórias e 70 derrotas) e a atual (34 vitórias e 30 derrotas).
Mas nem na péssima década de 1960 (07
vitórias, 20 derrotas e 01 empate em duas temporadas) sofremos tanto
como sofremos na década de 1990! Foram
apenas 52 vitórias e terríveis 108 derrotas...
Curiosamente, a temporada de 1990 (ainda sob o comando de Sam
Wyche) acabou sendo a melhor desta década maldita: 09 vitórias e 07 derrotas;
nos rendendo o 5º (e último) título da AFC Central e a vantagem
de jogar em casa (no Riverfront Stadium
pela última vez) a primeira partida da pós-temporada!
1ª Rodada –
09.09.1990 – Bengals 25 x 20 Jets;
2ª Rodada –
16.09.1990 – Chargers 16 x 21 Bengals;
3ª Rodada –
23.09.1990 – Bengals 41 x 07 Patriots;
4ª Rodada – 01.10.1990
– Seahawks 31 x 16 Bengals;
5ª Rodada – 07.10.1990
– Rams 31 x 34 Bengals (prorrogação);
6ª Rodada – 14.10.1990
– Oilers 48 x 17 Bengals;
7ª Rodada – 22.10.1990
– Browns 13 x 34 Bengals;
8ª Rodada – 28.10.1990
– Falcons 38 x 17 Bengals;
9ª Rodada – 04.11.1990
– Bengals 07 x 21 Saints;
10ª Rodada –
18.11.1990 – Bengals 27 x 03 Steelers;
11ª Rodada –
25.11.1990 – Bengals 20 x 34 Colts;
12ª Rodada –
02.12.1990 – Steelers 12 x 16 Bengals;
13ª Rodada –
09.12.1990 – Bengals 17 x 20 49ers (prorrogação);
14ª Rodada –
16.12.1990 – Raiders 24 x 07 Bengals;
15ª Rodada – 23.12.1990
– Bengals 40 x 20 Oilers;
16ª Rodada – 30.12.1990
– Bengals 21 x 14 Browns.
A partir desta temporada, 12 equipes passaram a
disputar os playoffs (os três campeões de Divisão e as três
melhores equipes “sem título” em cada Conferência); sendo que a rodada de Wild
Card passaria a ter dois jogos (o “pior campeão” enfrentaria o “pior
classificado”; e os outros dois “sem títulos” disputariam a outra
vaga nas semifinais).
Os Bengals
terminaram na 3ª posição da Conferência Americana (ou seja:
foram o “pior campeão” de 1990);
e por isso jogariam em casa contra o “pior classificado” Houston Oilers no dia 06 de Janeiro de 1991...
Mais de 60 mil fanáticos torcedores lotaram o Riverfront Stadium para acompanhar o
clássico da AFC Central! Na sexta rodada, perdemos feio (48 x
17) no Astrodome; mas demos
o troco na penúltima rodada da temporada regular, vencendo por 40 x
20 em casa. E a festa não poderia ter sido maior! Cincinnati abriu vantagem de 34 x 00 no 3º Quarto; e mesmo com os
dois TD’s
anotados por Ernest Givins; os texanos
não tiveram qualquer chance na partida – que terminou com o placar de 41 x
14 para os Bengals!
Infelizmente, esta foi a nossa última vitória na
pós-temporada...
Confesso que desconheço qual tipo de “magia negra” foi lançada
pelos torcedores do Houston Oilers;
mas o fato é que até hoje, Cincinnati
simplesmente não consegue vencer um jogo de pós-temporada! Triste realidade
para os fanáticos do Bengals, que
como eu, jamais comemoraram uma vitória nos playoffs...
No dia 13 de Janeiro
de 1991, perante 92 mil torcedores dos Raiders
no Los Angeles Coliseum; Cincinnati abriu o placar no 2º
Quarto (Field Goal de 27 jardas chutado por Jim Breech); mas tomou a virada e
acabou derrotado por 20 x 10...
Na final da Conferência Americana, a equipe de Los Angeles foi arrasada pelo Buffalo Bills (equipe de melhor
campanha na temporada regular) por sonoros 51 x 03; mas no Super Bowl XXV, deu New York
Giants (que na semifinal havia derrotado o “imbatível” San Francisco, fora de casa, por 15 x 13), pelo placar de 20 x
19!
Boomer Esiason
foi bem, estabelecendo o recorde de jardas aéreas numa única partida (490
jardas na vitória por 31 x 34 sobre os Rams em Los Angeles); mas errou muito (224 passes completos em 402
tentativas; para 3.031 jardas; com 24
TD’s; 22 INT’s e Rating de 77.0). James Brooks também piorou seus números
(195
corridas para 1.004 jardas e 05 TD’s) e Eddie Brown (nosso melhor recebedor: 44
recepções para 706 jardas e 09 TD’s) também mostravam
que “o auge” da equipe já havia passado...
Mesmo assim, quatro jogadores foram ao Pro Bowl (RB
James Brooks; S David Fulcher; TE Rodney Holman; e T
Anthony Muñoz)...
Apesar do terceiro título mundial de Fórmula 1 do Ayrton Senna
e da conquista do terceiro título brasileiro do São Paulo F.C. (dois eventos que me trouxeram imensa alegria); o
ano de 1991 pode ser considerado
“triste” pelo falecimento de Freddie
Mercury (vocalista do Queen) e
do velho mestre Paul Brown (no dia 05 de Agosto de 1991)...
Diferentemente do que ocorreu em 1945, quando Arthur “Mickey” McBride investiu na criação
de uma equipe de futebol americano em Cleveland
e trouxe Paul Brown para conduzir o
projeto “na prática” (inclusive batizando o time com seu sobrenome); os Bengals foram fundados e administrados
por Paul Brown desde o princípio – e
seus vínculos com a equipe excediam (e muito) o esperado por times
norte-americanos profissionais das grandes ligas! Paul era o legítimo “dono” da equipe; com poderes absolutos
inclusive sobre o desempenho esportivo do time (o que, obviamente, desagradava
aos demais investidores e membros das comissões técnicas que passaram por Cincinnati)...
Muito embora sua participação efetiva no comando do time
tenha sido reduzida nos seus últimos anos de vida; sua figura imponente e sua
história imortalizada no “Hall of Fame” mantinham as coisas em
ordem – e sua morte, às vésperas de outra temporada, tumultuaram os bastidores
da equipe (já que Mike Brown, seu
filho e sucessor lógico, não dispunha do talento, competência ou carisma do
velho mestre; e muitos conselheiros ambiciosos conspiraram por sua queda).
Esta “fogueira de vaidades” e “guerra
de egos” se refletiu em campo; e o desempenho esportivo dos Bengals simplesmente desabou...
1ª Rodada –
01.09.1991 – Broncos 45 x 14 Bengals;
2ª Rodada –
08.09.1991 – Bengals 07 x 30 Oilers;
3ª Rodada –
15.09.1991 – Browns 14 x 13 Bengals;
4ª Rodada – 22.09.1991
– Bengals 34 x 27 Redskins;
5ª Rodada – 06.10.1991
– Bengals 07 x 13 Seahawks;
6ª Rodada –
13.10.1991 – Cowboys 35 x 23 Bengals;
7ª Rodada – 21.10.1991
– Bills 35 x 16 Bengals;
8ª Rodada –
27.10.1991 – Oilers 35 x 03 Bengals;
9ª Rodada –
03.11.1991 – Bengals 23 x 21 Browns;
10ª Rodada –
10.11.1991 – Bengals 27 x 33 Steelers (prorrogação);
11ª Rodada –
17.11.1991 – Eagles 17 x 10 Bengals;
12ª Rodada –
24.11.1991 – Bengals 14 x 38 Raiders;
13ª Rodada –
01.12.1991 – Bengals 27 x 24 Giants;
14ª Rodada –
09.12.1991 – Dolphins 37 x 13 Bengals;
15ª Rodada –
15.12.1991 – Steelers 17 x 10 Bengals;
16ª Rodada –
22.12.1991 – Bengals 29 x 07 Patriots.
Com apenas 03 vitórias e 13 derrotas (incluindo
todas as partidas disputadas fora de Cincinnati);
os Bengals terminaram na penúltima
posição da Conferência Americana (só foram melhores que o Indianapolis Colts, que conquistaram 01
vitória e 15 derrotas).
Boomer Esiason
nunca esteve tão mal (233 passes completos em 413
tentativas; para 2.883 jardas; com 13
TD’s; 16 INT’s e Rating de 72.5). Nosso melhor
corredor foi Harold Green (158
corridas para 731 jardas e 02 TD’s); e até Eddie Brown piorou suas estatísticas (59
recepções para 827 jardas e 02 TD’s). O único jogador
convocado para o Pro Bowl foi Anthony
Muñoz...
Nos playoffs, os Bills
confirmaram seu favoritismo (melhor campanha) e venceram os Chiefs (37 x 14) e os Broncos (10 x 07); chegando ao Super Bowl XXVI para enfrentar a melhor
equipe da Conferência Nacional: os Redskins!
Mas a equipe de Washington não deu
chances para Buffalo e venceram com
tranqüilidade por 37 x 24...
Sem o respaldo de Paul
Brown (que admirava seu jeito contestador e anárquico) e com um resultado
pífio em campo; Sam Wyche não
resistiu à crise e foi demitido ao final desta temporada. Para o seu lugar, a Diretoria
contratou Dave Shula...
David Donald Shula
nasceu no dia 28 de Maio de 1959, em
Lexington, Kentucky; e chegou a jogar pelo Baltimore Colts como Wide Receiver em 1981. Porém, em 1982, seu pai (Don Shula)
assumiu o comando do Miami Dolphins;
e o contratou como “Treinador de Wide Receiver’s” na equipe da Flórida (onde permaneceu até 1988).
Em 1989, assumiu o cargo de Coordenador
Ofensivo do Dallas Cowboys;
antes de ser contratado como Treinador de WR pelos Bengals em 1991.
Aos 32 anos de idade, Dave tornou-se o Treinador Principal mais
jovem da história da NFL; e
protagonizou os primeiros confrontos entre “pai e filho” (os chamados “Shula
Bowl’s”) em 1994 e 1995 (ambos vencidos por seu pai).
Outro recorde: Dave tornou-se o Treinador
que mais rápido perdeu 50 jogos na carreira (precisou de apenas 71
partidas para alcançar esta marca)!
Como diria um certo narrador brasileiro: “QUE
BELEEEZA”!
O primeiro ano de Shula
à frente dos Bengals até começou bem
(duas vitórias nos primeiros dois jogos); mas duas seqüências de cinco derrotas
consecutivas sepultaram nossas esperanças de reconstrução da equipe após a “Era
Wyche”...
1ª Rodada –
06.09.1992 – Seahawks 03 x 21 Bengals;
2ª Rodada –
13.09.1992 – Bengals 24 x 21 Raiders (prorrogação);
3ª Rodada –
20.09.1992 – Packers 24 x 23 Bengals;
4ª Rodada – 27.09.1992
– Bengals 07 x 42 Vikings;
5ª Rodada – 11.10.1992
– Bengals 24 x 38 Oilers;
6ª Rodada –
19.10.1992 – Steelers 20 x 00 Bengals;
7ª Rodada – 25.10.1992
– Oilers 26 x 10 Bengals;
8ª Rodada –
01.11.1992 – Bengals 30 x 10 Browns;
9ª Rodada –
08.11.1992 – Bears 28 x 31 Bengals (prorrogação);
10ª Rodada –
15.11.1992 – Jets 17 x 14 Bengals;
11ª Rodada –
22.11.1992 – Bengals 13 x 19 Lions;
12ª Rodada –
29.11.1992 – Bengals 09 x 21 Steelers;
13ª Rodada –
06.12.1992 – Browns 37 x 21 Bengals;
14ª Rodada –
13.12.1992 – Chargers 27 x 10 Bengals;
15ª Rodada –
20.12.1992 – Bengals 20 x 10 Patriots;
16ª Rodada –
27.12.1992 – Bengals 17 x 21 Colts.
O ano de 1992
também marcou a despedida de Anthony
Muñoz após 13 temporadas (e 11 convocações ao Pro
Bowl). Em 1998, fora eleito
para o Hall da Fama (tornando-se o primeiro jogador dos Bengals a ser imortalizado entre as
lendas do esporte).
Boomer Esiason parecia
ter alcançado o “fundo do poço” (144 passes completos em 278
tentativas; para 1.407 jardas; com 11
TD’s; 15 INT’s e Rating de 57.0). Nosso melhor
corredor foi Harold Green – único
atleta convocado para o Pro Bowl (265 corridas para 1.170
jardas e 02 TD’s – quebrando a marca de 100 jardas terrestres em
cinco jogos); e Tim McGee foi o
melhor recebedor da equipe, embora seus números estivessem longe de serem
considerados “razoáveis” (35 recepções para 408
jardas e 03 TD’s)...
Na pós-temporada, os Bills
(bi-campeões da Conferência Americana em 1990
e 1991, sempre com a melhor campanha
na temporada regular) desta vez perderam o título da Divisão Leste para o Miami Dolphins; mas classificaram-se aos
playoffs com a 4ª melhor campanha da AFC. E sem grandes sustos, venceram seus
três oponentes (Houston Oilers por 41 x
38; Pittsburgh Steelers por 24 x
03; e Miami Dolphins por 29 x
10); conquistando seu terceiro título consecutivo e a chance finalmente
vencer um Super Bowl!
Mas na disputa pelo Super
Bowl XXVII havia um inspirado (e motivado) Dallas Cowboys; que na final da Conferência Nacional
derrotou o favorito 49ers por 20 x
30 em San Francisco; e
chegou à decisão em Pasadena, Califórnia, com fome de título!
Resultado? O American Team venceu por 52 x 17!
Antes da temporada de 1993,
nosso Quarterback titular Boomer
Esiason foi negociado com o New York
Jets. Vejam que negócio de ouro: nós cedemos nosso principal jogador e, em
troca, a equipe alvi-verde nos ofereceu a escolha de 3ª rodada no Draft!
Tenho certeza que Paul Brown jamais
aprovaria um negócio destes...
Sob o comando de David
Klingler (190 passes completos em 343 tentativas; para 1.935
jardas; com 06 TD’s; 09 INT’s e Rating de 66.6);
Cincinnati perdeu os primeiros 10
jogos da temporada...
1ª Rodada – 05.09.1993
– Browns 27 x 14 Bengals;
2ª Rodada –
12.09.1993 – Bengals 06 x 09 Colts;
3ª Rodada –
19.09.1993 – Steelers 34 x 07 Bengals;
4ª Rodada – 26.09.1993
– Bengals 10 x 19 Seahawks;
5ª Rodada – 10.10.1993
– Chiefs 17 x 15 Bengals;
6ª Rodada –
17.10.1993 – Bengals 17 x 28 Browns;
7ª Rodada – 24.10.1993
– Oilers 28 x 12 Bengals;
8ª Rodada –
07.11.1993 – Bengals 16 x 24 Steelers;
9ª Rodada –
14.11.1993 – Bengals 03 x 38 Oilers;
10ª Rodada –
21.11.1993 – Jets 17 x 12 Bengals;
11ª Rodada –
28.11.1993 – Bengals 16 x 10 Raiders;
12ª Rodada –
05.11.1993 – 49ers 21 x 08 Bengals;
13ª Rodada –
12.12.1993 – Patriots 07 x 02 Bengals;
14ª Rodada –
19.12.1993 – Bengals 15 x 03 Rams;
15ª Rodada –
26.12.1993 – Bengals 21 x 17 Falcons;
16ª Rodada –
02.01.1994 – Saints 20 x 13 Bengals.
Harold Green
permaneceu sendo o melhor corredor, embora suas estatísticas tenham piorado
muito (215 corridas para 589 jardas e nenhum TD’s); e Jeff Query foi o melhor recebedor da
equipe (56 recepções para 654 jardas e 04 TD’s).
Obviamente, nenhum atleta fora convocado ao Pro
Bowl...
E pelo quarto ano consecutivo, os Bills venceram a Conferência Americana (29 x
23 sobre o Los Angeles Raiders
e 30
x 13 sobre o Kansas City Chiefs);
de novo com a melhor campanha da AFC; mas novamente perderam o Super Bowl XXVIII (outra vez para o Dallas Cowboys – por 30 x
13)!
Se o torcedor de Buffalo
estava sofrendo... imaginem o torcedor de Cincinnati!
Em 1994, os Bengals perderam seus sete primeiros
jogos. E para piorar, tanto o QB titular David Klingler (que já não era “grande coisa”) quanto seu reserva Erik Wilhelm estavam lesionados. O
jeito foi encarar o atual bi-campeão do Super
Bowl com o terceiro Quarterback: Jeff Blake...
E “quase” aconteceu um milagre!
Cincinnati jogou
bem; encarou os Cowboys sem medo; e Dallas só conseguiu a vitória por 20 x
23! Na semana seguinte, vencemos o Seahawks
em Seattle (por 17 x 20, na prorrogação);
e batemos em casa o Houston Oilers
por 34
x 31!
Mas a reação parou por aí...
1ª Rodada –
04.09.1994 – Bengals 20 x 28 Browns;
2ª Rodada –
11.09.1994 – Chargers 27 x 10 Bengals;
3ª Rodada –
18.09.1994 – Bengals 28 x 31 Bengals;
4ª Rodada – 25.09.1994
– Oilers 20 x 13 Bengals;
5ª Rodada – 02.10.1994
– Bengals 07 x 23 Dolphins;
6ª Rodada –
16.10.1994 – Steelers 14 x 10 Bengals;
7ª Rodada – 23.10.1994
– Browns 37 x 13 Bengals;
8ª Rodada –
30.10.1994 – Bengals 20 x 23 Cowboys;
9ª Rodada –
06.11.1994 – Seahawks 17 x 20 Bengals (prorrogação);
10ª Rodada – 13.11.1994
– Bengals 34 x 31 Oilers;
11ª Rodada –
20.11.1994 – Bengals 13 x 17 Colts;
12ª Rodada –
27.11.1994 – Broncos 15 x 13 Bengals;
13ª Rodada –
04.12.1994 – Bengals 15 x 38 Steelers;
14ª Rodada –
11.12.1994 – Giants 27 x 20 Bengals;
15ª Rodada –
18.12.1994 – Cardinals 28 x 07 Bengals;
16ª Rodada – 24.12.1994
– Bengals 33 x 30 Eagles.
Novamente terminamos o ano com 03 vitórias e 13 derrotas...
E sem nenhum jogador convocado para o Pro Bowl...
Mas ao menos a renovação no elenco começou a produzir alguns
frutos, tais como Jeff Blake (154
passes completos em 306 tentativas; para 2.154
jardas; com 14 TD’s; 09 INT’s e Rating de 76.9);
Derrick Fenner (141 corridas para 468
jardas e 01 TD); e Carl Pickens
(71
recepções para 1.127 jardas e 11 TD’s).
Na pós-temporada, os Chargers
(equipe com a segunda melhor campanha da Conferência Americana) conquistaram
o título após vencer os Dolphins (22 x
21) e os Steelers (17 x 13); mas não conseguiu quebrar a
hegemonia da NFC – e o San Francisco
49ers conseguiu outro troféu Vince Lombardi no Super Bowl XXIX (vitória por 49 x
26).
Em 1995, duas
equipes estrearam na NFL – Carolina Panthers (alocados na NFC
West) e Jacksonville Jaguars
(AFC
Central). Além disso, a cidade de Los
Angeles perdeu suas duas equipes de uma só vez – os Raiders voltaram para Oakland
e os Rams mudaram-se para St. Louis (onde permanecem até hoje).
Os Bengals
conseguiram trocar com os Panthers o
direito de 1ª Escolha Geral no Draft de 1995; pois acreditavam que
a contratação do Running Back Ki-Jana Carter (Universidade de Penn State) resolveria seus problemas
ofensivos!
Em seus três anos na Pennsylvania;
Kenneth Leonard Carter (nascido em 12 de Setembro de 1973, em Westerville, Ohio); correu 438 vezes, conquistando 3.085
jardas (média de 7,04 jardas por corrida); e anotou 39
TD’s. Como se não bastasse, ele recebeu 21 passes (que renderam
outras 174 jardas). Sem dúvida, “Ki-Jana” era uma aposta tentadora –
e Cincinnati ofereceu um contrato de
sete anos (e US$ 19,2 milhões garantidos); recorde para um jogador
calouro...
Mas logo na terceira partida da pré-temporada, Carter sofreu uma grave lesão no joelho
– que lhe custou toda a temporada...
Por sorte, nosso Kicker Doug Pelfrey; o WR
Carl Pickens e o QB Jeff Blake (estes dois últimos foram
convocados para o Pro Bowl) continuaram quebrando recordes; e esta temporada não
terminou de modo tão vergonhoso quanto às últimas terminaram...
1ª Rodada –
03.09.1995 – Colts 21 x 24 Bengals (prorrogação);
2ª Rodada –
10.09.1995 – Bengals 24 x 17 Jaguars;
3ª Rodada –
17.09.1995 – Seahawks 24 x 21 Bengals;
4ª Rodada – 24.09.1995
– Bengals 28 x 38 Oilers;
5ª Rodada – 01.10.1995
– Bengals 23 x 26 Dolphins;
6ª Rodada –
08.10.1995 – Buccaneers 19 x 16 Bengals;
7ª Rodada – 19.10.1995
– Steelers 09 x 27 Bengals;
8ª Rodada –
29.10.1995 – Bengals 26 x 29 Browns (prorrogação);
9ª Rodada –
05.11.1995 – Bengals 17 x 20 Raiders;
10ª Rodada – 12.11.1995
– Oilers 25 x 32 Bengals;
11ª Rodada –
19.11.1995 – Bengals 31 x 49 Steelers;
12ª Rodada –
26.11.1995 – Jaguars 13 x 17 Bengals;
13ª Rodada –
03.12.1995 – Packers 24 x 10 Bengals;
14ª Rodada –
10.12.1995 – Bengals 16 x 10 Bears;
15ª Rodada –
17.12.1995 – Browns 26 x 10 Bengals;
16ª Rodada – 24.12.1995
– Bengals 27 x 24 Vikings.
As sete vitórias nos deram a segunda posição da AFC
Central; mas não foram suficientes para nos levar à pós-temporada. Ao
menos reacenderam as expectativas da torcida, pois o jogo aéreo entre Blake e Pickens estava funcionando; e com a volta de Carter em 1996; Cincinnati tinha tudo para deixar o
fundo do poço...
Jeff Blake fez
sua melhor temporada até então (326 passes completos em 567
tentativas; para 3.822 jardas; com 28
TD’s; 17 INT’s e Rating de 82.1); assim como Carl Pickens (99 recepções para 1.234
jardas e 17 TD’s). Harold Green
voltou a liderar as estatísticas do jogo corrido (171 corridas para 661
jardas e 02 TD’s).
No caminho para o 30º
Super Bowl, o Indianapolis Colts
surpreendeu a todos! A equipe classificou-se na 5ª posição da Conferência
Americana (e por isso jogou todas as partidas fora de seu estádio); e
mesmo assim passou pelo San Diego
Chargers (20 x 35); pelo Kansas City Chiefs (equipe de melhor
campanha da temporada regular, por 07 x
10); e chegou à final da Conferência para enfrentar os Steelers...
Mas jogando em casa, Pittsburgh
fez prevalecer o mando de campo e a sua melhor campanha; vencendo os Colts por 20 x 16. Apesar da festa
do título da AFC; os metalúrgicos não foram capazes de interromper a seqüência
de títulos das equipes da NFC – e no Super Bowl XXX, deu Dallas
Cowboys por 27 x 17!
O ano de 1996 foi
especial...
Foram tantas mudanças, ocorridas em Cincinnati (e fora de lá); que vamos dividi-lo em duas partes –
neste Capítulo falaremos dos primeiros sete jogos dos Bengals!
Em 19 de Março de
1996, os governantes locais aprovaram a liberação de recursos públicos para
custear a metade da construção de dois novos estádios – sendo que esta
providência foi decisiva para a permanência tanto dos Bengals quanto dos Reds
(tradicional equipe de baseball na MLB).
Além disso, o Riverfront Stadium
passou a ser chamado de Cinergy Field
– companhia de fornecimento de energia elétrica sediada em Cincinnati (o que rendeu um patrocínio milionário para ajudar a arcar
as despesas com o “Gigante da Beira-Rio”)!
Se os problemas extra-campo foram parcialmente solucionados
(ou seja: a equipe permaneceria em Cincinnati
e ainda receberia um novo estádio em breve); nos gramados, o time de Dave Shula continuou passando
vergonha...
1ª Rodada –
01.09.1996 – Rams 26 x 16 Bengals;
2ª Rodada – 08.09.1996
– Chargers 27 x 14 Bengals;
3ª Rodada –
15.09.1996 – Bengals 30 x 15 Saints;
4ª Rodada – 29.09.1996
– Bengals 10 x 14 Broncos;
5ª Rodada – 06.10.1996
– Bengals 27 x 30 Oilers (prorrogação);
6ª Rodada –
13.10.1996 – Steelers 20 x 10 Bengals;
7ª Rodada – 20.10.1996
– 49ers 28 x 21 Bengals.
Uma vitória e seis derrotas em sete jogos...
Outra temporada arruinada...
Arquibancadas “vazias” (pelo menos para os padrões da NFL)...
Uma crise que não parecia ter mais fim!
Era evidente a necessidade de reformular o trabalho...
E esta reformulação começou pela demissão do Treinador
Principal!
Na metade da temporada (algo bastante incomum na história da
liga)...
Ao todo, Shula
obteve 19 vitórias e 52 derrotas na carreira.
Após ser demitido na sétima rodada de 1996, ele assumiu os negócios da família (uma cadeia de
restaurantes composta por dois empreendimentos: Shula’s Steak House e Shula
Burguer); e é golfista, maratonista e tenista amador – mas nunca mais
voltou ao futebol americano!
Graças ao bom Deus!