Ah,
os anos de 1970!
Poucas
vezes a humanidade viveu tamanha “efervescência”!
Na
política, tivemos a recessão mundial causada pela Crise do Petróleo; a Guerra
Fria entre EUA e URSS; o escândalo de “Watergate”
e a queda do Presidente Norte-Americano Richard
Nixon; a Revolução dos Cravos em
Portugal; a Guerra do Vietnã; o Apartheid na África do Sul e as guerras civis espalhadas pelo Continente Africano; a Operação
Condor na América do Sul e o
endurecimento da Ditadura Militar no Brasil...
Na
música, esta foi a “Década da
Discoteca” (com Donna Summer,
Bee Gees, ABBA, Village People e John Travolta nos “Embalos de Sábado a Noite”);
mas também havia Rock (Black Sabbath, Rolling Stones, Dire Straits,
Van Halen, Led Zeppelin, Kiss, Sex Pistols, The Clash, Ramones, Pink Floyd e The Doors); MPB (Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso,
Maria Bethânia, Jair Rodrigues etc.); Black
Music (Tony Tornado, Earth, Wind & Fire, Jorge Ben Jor, Ike & Tina Turner, Wilson
Simonal, Jackson Five, Tim Maia e Barry White); Rock
Nacional (Raul Seixas, Rita Lee, Secos e Molhados, Roberto
e Erasmo Carlos); sem falar nos
inesquecíveis “Reis do Brega”
(Sidney Magal, Gretchen, Odair José, As Frenéticas...).
Na
televisão e no cinema, sucessos absolutos foram forjados nesta época! Só para
citar alguns: Chaves & Chapolim,
Saturday Night Live; Os Trapalhões; As Panteras; O Poderoso
Chefão; O Exorcista; Laranja Mecânica; Tubarão; Alien – O Oitavo
Passageiro; Rocky – Um Lutador; Grease – Nos Tempos da Brilhantina; Contatos Imediatos do Terceiro Grau; Jornadas nas Estrelas; Superman – O Filme...
E
no futebol, o Brasil começou a
década sendo Tricampeão Mundial no México;
e um ano depois, assistiu ao início da disputa do Campeonato Brasileiro em 1971 (com o título do Atlético-MG); mas impossível esquecer a
dinastia gaúcha do Internacional
(dos craques Falcão e Figueroa); a “Academia” do Palmeiras (bi-campeão em 1972 e 1973); o São Paulo F.C.
conquistando seu primeiro grande título nacional em 1977; e para delírio do meu pai (bugrino fanático), o título do Guarani F.C. de Campinas em 1978!
Enquanto
isso, em Cincinnati, os Bengals viveram um período complicado
após a aposentadoria de Paul Brown...
E
boa parte destas tribulações podem ser creditadas à uma escolha de Brown!
William Levi Johnson nasceu em 14 de Setembro de 1926, na cidade de Tyler, Texas. Em 1948, após concluir seus estudos na Texas A&M University; recebeu uma proposta para jogar baseball
pelo Cincinnati Reds – mas preferiu
aceitar o convite do San Francisco 49ers
como Center.
E sua escolha não poderia ter sido mais acertada!
Durante
seus nove anos como jogador profissional (todos eles com a camisa dos Niners),
Johnson foi considerado peça
fundamental no chamado “Ataque de Um
Milhão de Dólares” (ao lado de atletas lendários como os Fullback’s
John Henry Johnson e Joe Perry; o Halfback Hugh McElhenny e o Quarterback Y.A. Tittle). Tanto que fora convocado
duas vezes para o Pro Bowl...
Logo
em seu primeiro ano na Califórnia,
seus colegas de time o “batizaram” de “Bill – The Tiger”. Isto porque
quando era sacado da equipe titular, Johnson permanecia o tempo todo se
aquecendo, gritando com seus companheiros e pressionando seus treinadores a
mandá-lo de volta a campo! E tornou-se famosa sua declaração à imprensa:
- Eu
fico nervoso porque mal vejo a hora de voltar para o gramado! E quando eu
voltar, podem ter certeza que vou lutar por cada bola com a voracidade de um
tigre!
Bill “Tiger”
Johnson jogou pelo San Francisco
49ers entre os anos de 1948 e 1956. Infelizmente, as lesões (e a
medicina esportiva rudimentar) fizeram com que sua carreira fosse breve – ainda
que intensa!
Em
1967, Paul Brown o convidou para o cargo de Coordenador Ofensivo de
sua nova equipe; e ao lado de Bill Walsh,
criaram a chamada “West Coast Offense” (esquema tático que privilegia as jogadas
aéreas sobre o jogo terrestre) – ainda hoje um dos mais utilizados na NFL. Em verdade, trata-se da evolução
do antigo playbook desenvolvido por Brown
(ainda nos tempos de Massillon Tigers);
adaptando-o ao estilo de jogo “moderno”...
Virgil Carter foi o primeiro QB
a implementar esta tática com sucesso; mas foi com Ken Anderson (principalmente após a temporada de 1975) que a NFL reconheceu a genialidade deste “trio” (Johnson-Walsh-Brown) – e outras equipes passaram a copiar o estilo
de jogo dos Bengals...
Em
1976, após a aposentadoria de Paul Brown, todos imaginavam que Bill Walsh seria a escolha “óbvia” para
sucedê-lo (até porque a “West Coast Offense” era creditada a
ele); mas o polêmico Brown (que
agora acumulava os cargos de General Manager e Vice-Presidente),
contrariando as expectativas, optou por seu homem de confiança - Bill “Tiger”
Johnson!
Walsh, claramente desapontado com Paul Brown, aceitou o convite para o
cargo de assistente do Treinador Tommy Prothro
e foi para o San Diego Chargers. Na
temporada seguinte, foi contratado como Técnico Principal da Universidade de Stanford; e em 1979, assumiu o cargo de Treinador do San Francisco 49ers (onde contou com a
ajuda de um tal de Joe Montana para
retomar a “West Coast Offense” – e a dupla conquistou três Super Bowl’s; dois deles em cima dos Bengals)...
Olhando
para trás, podemos pensar que Brown
cometeu um grave erro – escolhendo Johnson
ao invés de Walsh; mas a verdade é Bill “Tiger” não decepcionou em seu
primeiro ano como Técnico Principal de Cincinnati!
Vejamos:
1ª
Rodada – 12.09.1976 – Bengals 17 x 07 Broncos;
2ª
Rodada – 19.09.1976 – Colts 28 x 27 Bengals;
3ª
Rodada – 26.09.1976 – Bengals 28 x 07 Packers;
4ª
Rodada – 03.10.1976 – Browns 24 x 45 Bengals;
5ª
Rodada – 10.10.1976 – Bengals 21 x 00 Buccaneers;
6ª
Rodada – 17.10.1976 – Steelers 23 x 06 Bengals;
7ª
Rodada – 24.10.1976 – Oilers 07 x 27 Bengals;
8ª
Rodada – 31.10.1976 – Bengals 21 x 06 Browns;
9ª
Rodada – 08.11.1976 – Bengals 20 x 12 Rams;
10ª
Rodada – 14.11.1976 – Bengals 31 x 27 Oilers;
11ª
Rodada – 21.11.1976 – Chiefs 24 x 27 Bengals;
12ª
Rodada – 28.11.1976 – Bengals 03 x 07 Steelers;
13ª
Rodada – 06.12.1976 – Raiders 35 x 20 Bengals;
14ª
Rodada – 12.12.1976 – Jets 03 x 42 Bengals.
Com
este retrospecto de 10 vitórias e 04 derrotas, Cincinnati terminou empatado com o Pittsburgh Steelers na primeira posição da AFC Central; mas desta
vez, os critérios de desempate foram favoráveis à equipe auri-negra – que
ficaram com o título da Divisão. E a vaga de “Wild
Card” ficou com o New England
Patriots (11 vitórias e 03 derrotas).
Este
ano de 1976 marcou a estréia de duas
novas equipes na NFL – Tampa Bay Buccaneers e Seattle Seahawks. Com isso, o acordo de
fusão entre a AFL e a NFL cumpriu sua última cláusula (que
previa um campeonato com 28 equipes).
Mas contrariando toda a lógica (econômica, esportiva, política, histórica e
principalmente geográfica), a equipe da Flórida
ingressou na Divisão OESTE
da Conferência
Americana!
Agora
a NFL era composta por duas Conferências
(AFC e NFC), cada uma subdividida em três Divisões (East, Central e West); sendo
que as Divisões “Leste” e “Oeste” contavam com cinco equipes (e as
“Centrais”
permaneciam com quatro times). Já os playoffs permaneciam iguais: os três
campeões de cada Divisão e a melhor
equipe “não-campeã” (“Wild Card”) se enfrentariam numa “semi-final”.
Os vencedores disputariam o título da Conferência; e os campeões de cada
lado se enfrentariam no Super Bowl...
Como
era de se esperar, as duas equipes novatas terminaram nas últimas posições de
suas Divisões
(Tampa Bay perdeu todos os quatorze
jogos que disputou e Seattle só
conseguiu duas vitórias na temporada). E na pós-temporada, as duas equipes que
terminaram com as melhores campanhas na temporada regular (Oakland Raiders na AFC e Minnesota Vikings na NFC) confirmaram seu favoritismo e
chegaram ao Super Bowl XI – que terminou com a vitória dos Raiders por 32 x 14!
Apesar
de ter ficado fora dos playoffs, Cincinnati levou um número recorde de atletas ao Pro
Bowl! O QB Ken Anderson, DE
Coy Bacon, S Tommy Casanova, WR Isaac Curtis, LB Jim LeClair e o CB Lemar Parrish foram convocados para o “jogo das estrelas”...
Além deles, destaque para o HB Archie Griffin (calouro da Ohio
State que conquistou duas vezes o Heisman Trophy) e para o CB
Ken Riley (que liderou a AFC
com nove interceptações)!
Se
1976 pode ser considerado um ano
promissor, 1977 pode ser definido
como “decepcionante” (mesmo com a equipe terminando com mais vitórias do que
derrotas)...
O
grande momento da temporada foi o passe de 94 jardas de Ken Anderson para o WR Billy Brooks anotar o TD (na derrota para os Vikings por 42 x 10)! E podemos
destacar a ida de Lemar Parrish, Tommy Casanova e Coy Bacon ao Pro Bowl! No mais, as oito vitórias
e seis derrotas nos deixaram na segunda colocação da AFC Central (e mais uma
vez fora da pós-temporada). Veja como foi:
1ª
Rodada – 18.09.1977 – Bengals 03 x 13 Browns;
2ª
Rodada – 25.09.1977 – Bengals 42 x 20 Seahawks;
3ª
Rodada – 02.10.1977 – Chargers 24 x 03 Bengals;
4ª
Rodada – 09.10.1977 – Packers 07 x 17 Bengals;
5ª
Rodada – 17.10.1977 – Steelers 20 x 14 Bengals;
6ª
Rodada – 23.10.1977 – Bengals 13 x 24 Broncos;
7ª
Rodada – 30.10.1977 – Bengals 13 x 10 Oilers (Prorrogação);
8ª
Rodada – 06.11.1977 – Browns 07 x 10 Bengals;
9ª
Rodada – 13.11.1977 – Vikings 42 x 10 Bengals;
10ª
Rodada – 20.11.1977 – Bengals 23 x 17 Dolphins;
11ª
Rodada – 27.11.1977 – Bengals 30 x 13 Giants;
12ª
Rodada – 04.12.1977 – Chiefs 07 x 27 Bengals;
13ª
Rodada – 10.12.1977 – Bengals 17 x 10 Steelers;
14ª
Rodada – 18.12.1977 – Oilers 21 x 16 Bengals.
Como
o Denver Broncos venceu a AFC
West (com 12 vitórias e 02 derrotas, terminando com a melhor campanha
entre os campeões da Conferência Americana) e o Oakland Raiders ficou com a vaga de Wild
Card; os Steelers viajaram
para o Colorado e perderam por 34 x
21. Na final da AFC, os Broncos também
venceram os Raiders por 20 x 17; mas
perderam o Super Bowl XII para o Dallas
Cowboys (27 x 10)...
Parêntesis
rápido: o Super Bowl XLVIII (nº 48),
disputado em Nova York no último dia
02 de Fevereiro de 2014, entre Denver Broncos e Seattle Seahawks; jamais poderia ter sido disputado em 1977!
Isto
porque o atual campeão da Conferência Nacional, em seu segundo
ano na NFL, fora realocado na AFC
West (mesma Divisão dos Broncos)
– visando corrigir parcialmente o absurdo de 1976 (quando o Tampa Bay
disputou a Divisão Oeste da AFC)!
Assim,
o Buccaneers se transferiu para a Conferência
Nacional (sendo realocado na Divisão Central – pois a Divisão
Leste já contava com cinco times). Mas é claro que isto não resolveu o
problema, já que a NFC East mantinha o St.
Louis Cardinals (equipe do Estado do Missouri);
e a Central
estava com um time da Flórida!
Absurdos
geográficos à parte, com a aposentadoria de Paul Brown, a polêmica saída de Bill Walsh e as sucessivas campanhas decepcionantes, o público de Cincinnati foi, aos poucos, se
afastando da equipe. A partida contra o N.Y.
Giants, por exemplo, contou com apenas 32.705 espectadores presentes ao Riverfront Stadium...
Mas
a “gota
d’água” foi a temporada de 1978!
É
bem verdade que Ken Anderson não
participou dos quatro primeiros jogos da temporada (graças à lesão na mão
direita); mas a torcida não engoliu cinco derrotas nos primeiros cinco jogos; e
Bill “Tiger” Johnson foi demitido antes da sexta rodada...
Para
o seu lugar, Paul Brown contratou Homer Rice (nascido em 1926, em Bellevue, Kentucky); que assim como Brown, fez boa parte de sua carreira como treinador de futebol
americano universitário (e cujo “estilo de jogo”, baseado nos passes longos,
lhe rendeu o título de “Mestre do Jogo Aéreo”). A relação
profissional dos dois começou em 1967,
quando Rice comandava a equipe da Universidade de Cincinnati; e concordou
em dividir o Nippert Stadium e o Centro de Treinamento dos Bearcats com
os Bengals!
Apesar
de seu estilo “motivador” e “carismático”, todos (torcedores, atletas,
jornalistas, analistas e dirigentes) perceberam que ele não tinha experiência
suficiente para assumir um desafio tão grande! E mesmo com a volta de nosso Quarterback
titular, Cincinnati perdeu sete dos
oito primeiros jogos do novo Treinador...
1ª
Rodada – 03.09.1978 – Bengals 23 x 24 Chiefs;
2ª
Rodada – 10.09.1978 – Browns 13 x 10 Bengals (Prorrogação);
3ª
Rodada – 17.09.1978 – Bengals 03 x 28 Steelers;
4ª
Rodada – 24.09.1978 – Bengals 18 x 20 Saints;
5ª
Rodada – 01.10.1978 – 49ers 28 x 12 Bengals;
6ª
Rodada – 09.10.1978 – Dolphins 21 x 00 Bengals;
7ª
Rodada – 15.10.1978 – Bengals 03 x 10 Patriots;
8ª
Rodada – 22.10.1978 – Bills 05 x 00 Bengals;
9ª
Rodada – 29.10.1978 – Bengals 28 x 13 Oilers;
10ª
Rodada – 05.11.1978 – Chargers 22 x 13 Bengals;
11ª
Rodada – 13.11.1978 – Bengals 21 x 34 Raiders;
12ª
Rodada – 19.11.1978 – Steelers 07 x 06 Bengals;
13ª
Rodada – 26.11.1978 – Oilers 17 x 10 Bengals;
14ª
Rodada – 03.12.1978 – Bengals 37 x 07 Falcons;
15ª
Rodada – 11.12.1978 – Rams 19 x 20 Bengals;
16ª
Rodada – 17.12.1978 – Bengals 48 x 16 Browns.
A
situação só não ficou pior porque a equipe reagiu no final da temporada, e
aplicou duas goleadas no Riverfront
Stadium (37 x 07 no Atlanta Falcons
e 48 x 16 no Cleveland Browns); o
que aplacou um pouco a fúria da torcida; e fez com que todos dessem “um
voto de confiança” ao Homer
(que renovou seu contrato para 1979)...
Mas
a tensão era evidente, pois pela primeira vez na história, nenhum jogador dos Bengals fora chamado para o Pro
Bowl; e mesmo Anderson,
ídolo da torcida, terminou a temporada com números ruins (173 passes
completados em 319 tentativas, conquistando 2.219 jardas, com 10 passes para TD’s
e 22 INT’s
– Rating
de 58.0).
Com
esta campanha de 04 vitórias e 12 derrotas, os Bengals terminaram na última colocação da AFC Central – muito
abaixo do Pittsburgh Steelers
(campeão da Divisão com 14 vitórias e 02 derrotas) e seus rivais. E mais
uma vez os torcedores de Cincinnati
acompanharam pela televisão (ou pelo rádio) a pós-temporada...
Falando
nos playoffs,
esta foi a primeira vez que cinco equipes foram classificadas para a
pós-temporada em cada Conferência (os três campeões de Divisão
e as duas melhores equipes – independentemente de qual Divisão pertencessem).
Segundo este novo sistema de disputa, as duas equipes “não-campeãs” jogariam
entre si e apenas a vencedora assumiria a vaga de “Wild Card” (mantendo-se a
mesma regra vigente nos anos anteriores para as fases seguintes).
Na
AFC,
Miami Dolphins (4ª melhor campanha)
enfrentou em casa o Houston Oilers
(5ª melhor campanha), mas acabou derrotado por 17 x 09. Na rodada seguinte, os Oilers venceram os Patriots (campeão da AFC East), em New England, por 31 x 14. Mas a zebra texana parou no Three Rivers Stadium, em Pittsburgh – sendo derrotados por 34 x
05. Os Steelers conquistariam o Super
Bowl XIII em cima dos Cowboys
por 35 x 31...
Em
1979, as coisas “pareciam” estar
voltando aos eixos...
Ken Anderson terminaria a temporada com
189 passes completados em 339 tentativas, conquistando 2.340 jardas, com 16
passes para TD’s e 10 INT’s (Rating de 80.7); e o Fullback
Pete Johnson melhorou
significativamente nosso jogo corrido (243 corridas para 865 jardas e 14 TD’s)
– equilibrando um pouco o nosso ataque...
Mas
as vitórias não vieram...
1ª
Rodada – 02.09.1979 – Broncos 10 x 00 Bengals;
2ª
Rodada – 09.09.1979 – Bills 51 x 24 Bengals;
3ª
Rodada – 16.09.1979 – Bengals 14 x 20 Patriots;
4ª
Rodada – 23.09.1979 – Bengals 27 x 30 Oilers (Prorrogação);
5ª
Rodada – 30.09.1979 – Cowboys 38 x 13 Bengals;
6ª
Rodada – 07.10.1979 – Bengals 07 x 10 Chiefs;
7ª
Rodada – 14.10.1979 – Bengals 34 x 10 Steelers;
8ª
Rodada – 21.10.1979 – Browns 28 x 27 Bengals;
9ª
Rodada – 28.10.1979 – Bengals 37 x 13 Eagles;
10ª
Rodada – 04.11.1979 – Colts 38 x 28 Bengals;
11ª
Rodada – 11.11.1979 – Bengals 24 x 26 Chargers;
12ª
Rodada – 18.11.1979 – Oilers 42 x 21 Bengals;
13ª
Rodada – 25.11.1979 – Bengals 34 x 28 Cardinals;
14ª
Rodada – 02.12.1979 – Steelers 37 x 17 Bengals;
15ª
Rodada – 09.12.1979 – Redskins 28 x 14 Bengals;
16ª
Rodada – 16.12.1979 – Bengals 16 x 12 Browns.
Com
um retrospecto de 08 vitórias e 19 derrotas, ninguém sobrevive muito tempo como
Treinador
Principal na NFL... e ao
final da temporada, Homer Rice foi
demitido!
Na
pós-temporada, pelo segundo ano consecutivo, os Steelers foram campeões da AFC Central e o Houston classificou-se para o duelo de Wild Card! E exatamente
como aconteceu no ano anterior, os Oilers
chegaram à final da AFC (vencendo o Denver
Broncos por 13 x 07 e o San Diego
Chargers por 17 x 14); mas novamente perderam para Pittsburgh (27 x 13), que na semi-final havia vencido os Dolphins por 34 x 14. No Super
Bowl XIV, nova vitória dos Steelers
(31 x 19 sobre o Los Angeles Rams).
Uma
última curiosidade sobre a temporada de 1979:
Em 23 de Setembro, na derrota em
casa (na prorrogação) para o Houston
Oilers, dois Kickers diferentes de Cincinnati
acertaram chutes de mais de 50 jardas! Doug
Pelfrey acertou um Field Goal de 52 jardas; e Chris Bahr
acertou outro de 55! Este chute de Bahr permanece como o mais longo da
história dos Bengals...
Com
isso encerramos a recapitulação histórica da década de 1970!
Desde
sua estréia (em 1968) até o último
jogo da temporada de 1979; os
uniformes de Cincinnati permaneceram
praticamente iguais: capacete laranja com grades cinzas e o nome da equipe “BENGALS” escrito em maiúsculo dos dois
lados da cabeça; camisa preta (com os números e o nome dos atletas na cor
branca; e nas mangas, duas faixas brancas envolvendo uma faixa laranja
horizontal) e calça branca (com duas faixas horizontais pretas ladeando uma
faixa laranja no centro). Já o uniforme nº 02 mantinha a mesma calça; mas a
camisa também era branca (com nomes, números e faixas horizontais nas mangas na
cor preta). As meias acompanhavam as cores da camisa (pretas no Uniforme nº 01
e brancas no Uniforme nº 02), com faixas horizontais semelhantes às das mangas
na parte superior (próximas ao joelho dos jogadores).
Sobre
as chuteiras, não havia regra acerca da padronização. Entre 1968 e 1973, a maioria dos atletas optou por chuteiras pretas. A partir de
1974, os jogadores preferiram usar
chuteiras brancas. Mas só em 1990 é
que a NFL passou a “padronizar” os
calçados como “parte do uniforme” (claro que visando atender acordos comerciais
com empresas fornecedoras de materiais esportivos). Por tradição, Cincinnati optou por continuar usando
chuteiras brancas na década de 1990;
mas a pedido dos jogadores, em 2004,
a equipe mudou para a cor preta outra vez...
Por
doze anos... nenhuma mudança significativa no “manto sagrado”!
Mas
neste período (anos de 1970), a
popularidade do futebol americano aumentou exponencialmente por todo o país –
graças às transmissões pela televisão! Anunciantes, jornalistas especializados
e donos de equipes vislumbraram uma verdadeira “mina de ouro”; e o esporte rapidamente
ultrapassou o baseball na preferência do público norte-americano. Mas para
torná-lo ainda mais atrativo, muitas mudanças nas regras foram promovidas –
principalmente coibindo a violência desmedida (aumentando-se os itens de
proteção dos atletas, por exemplo) e visando facilitar a identificação dos
jogadores em campo...
Por
isso, antes da temporada de 1980, os
Bengals anunciaram três mudanças
sutis em seus uniformes:
No
capacete, as grades de proteção mudaram de cinza para preto; e na parte de trás
da cabeça, foram adicionados os números dos atletas (com a finalidade de
identificar rapidamente quem seria o jogador envolvido nos tradicionais “montinhos”).
Nas camisas, os números dos atletas (que já estavam na frente e atrás) também
foram acrescido às mangas (um pouco acima das três listras); com o mesmo
objetivo dos números inseridos nos capacetes. E nas calças, a espessura da faixa
laranja dobrou (mantendo-se “fininhas” as duas faixas pretas que ladeavam a
laranja). Esta última mudança fora meramente estética...
Em
1981, os Bengals finalmente apresentaram um novo uniforme!
A
começar por seu capacete, que perdeu as sete letras e ganhou seis listras
pretas, estendendo-se de um lado a outro, lembrando o pêlo de um
tigre-de-bengala! Sem dúvida um visual agressivo e inovador, com excelente
potencial de marketing a ser explorado...
A
camisa preta do uniforme nº 01 continuou com números (no peito, nas costas e
nos ombros) e nomes na cor branca; mas perdeu sua faixa na manga – substituída por
uma faixa laranja com listras tigradas pretas, que circundavam os ombros e as
axilas dos atletas. A camisa nº 02 permaneceu branca (invertendo-se as cores
com relação à camisa nº 01). As calças permaneciam brancas (substituindo as
três faixas por uma única faixa “tigrada” vertical); e as meias eram brancas,
com a parte superior laranja; combinando com as chuteiras brancas. Apenas em 1991 é que a equipe passou a adotar os
distintivos da NFL em seus capacetes,
camisas, calças e chuteiras...
Paul Brown, em entrevista para a Sports
Illustrated, revelou que pretendia fortalecer a marca da equipe –
criando um símbolo que pudesse ser identificado instantaneamente por qualquer
fã do esporte (como a “ferradura” do Baltimore
Colts ou os “relâmpagos” dos Chargers):
-
Infelizmente, não é possível identificar a palavra “BENGALS” escrita em nosso
capacete a uma certa distância... E assim, nossos garotos podem ser confundidos
com atletas de Cleveland, o que é inadmissível! Toda equipe precisa ser única!
Concordo
totalmente com o mestre!
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