“All
right, sunday night, where are you? Just kicking back from the things that you
do! You want the big game? We want it too! (...) I’ve been waiting all day for sunday
night... The though get rough in a primetime fight! The last one standing gets
to turn out the light... cause I been waiting all day for sunday night!!!”
Que a bela e talentosa Carrie Underwood me perdoe; mas é impossível
ouvir a trilha sonora da NBC sem lembrar daquele “par de coxas” da Faith Hill!
E exatamente como diz a letra desta canção, eu também passei o domingo aguardando
ansiosamente pela noite...
Ah, mas se soubesse de antemão como seria o jogo...
Todos os apreciadores de histórias de terror conhecem o
personagem Freddy Krueger! Goste ou não, os seus filmes são verdadeiros “clássicos”
do cinema norte-americano! “A Nightmare on Elm Street” (no
Brasil: “A Hora do Pesadelo”) foi gravado em 1984; dirigido por Wes
Craven (nascido em Cleveland e também responsável pela série “Pânico”) e
interpretado originalmente por Robert Englund; e se passa na cidade fictícia de
Springwood, Ohio (Coincidência? Não... eu acho que não!).
Na história, Frederick Charles Krueger tem o poder de atacar
adolescentes em seus sonhos (o que lhe rendeu a alcunha de “Lorde
dos Pesadelos”), matando-os no mundo real de modo violento e cruel. O
monstro é conhecido por suas frases e diálogos carregados de ironia,
trocadilhos e sadismo, como “é melhor você não dormir enquanto dirige...”.
Também gosta de cantar uma “doce canção de ninar” para suas
vítimas:
“One,
two, Freddy is coming for you... Three, four, better lock your door... Five,
six, grab your crucifix... Seven, eight, gonna stay up late... Nine,
ten, never sleep again...”
A série “clássica” é composta por seis longas metragens
(todos gravados entre os anos de 1984 e 1991); mas Freddy Krueger apareceu em
muitos outros filmes e séries (inclusive participando de uma versão do jogo “Mortal
Kombat”, em 2011); e certamente sua figura causou noites de insônia para
todos aqueles que, como eu, têm bem mais do que vinte anos “nas costas”...
Na madrugada gelada deste domingo, Freddy Krueger vestiu uma
camisa amarela e preta e viajou para Pittsburgh – ajudando a equipe dos
Steelers a “ressurgir do inferno” e espalhar seu conhecido “terror dos anos de 1980” sobre os rivais de
Ohio!
E os Bengals, que começaram a rodada com dois jogos de
vantagem para o Baltimore Ravens; sendo ainda beneficiados com a derrota do New
England Patriots para o Miami Dolphins (ou seja: só precisavam vencer um rival
virtualmente eliminado da competição para alcançar o 2º lugar na AFC e garantir
sua vaga na pós-temporada); assistiram incrédulos a um velho filme de terror –
onde a equipe de Cincinnati foi massacrada em campo pelos Steelers; enquanto
sua vantagem virou pó!
Esse foi o tom da entrevista de A.J. Green após o jogo:
- É difícil... Uma derrota dolorida... Principalmente porque são raras
as oportunidades que surgiram nesta rodada... Nós poderíamos terminar a semana
em uma ótima posição na tabela de classificação... Só precisávamos desta vitória
fora de casa... Sabíamos que seria complicado, mas tínhamos boas chances... Felizmente,
ainda temos dois jogos em casa, e vamos lutar até o fim para reconquistar essa
vantagem!
“Apenas” 45.873 pessoas compareceram ao Heinz Field e
testemunharam a melhor partida de Pittsburgh nesta temporada 2013! Pode parecer
um bom público (quando comparado com os números do futebol brasileiro); mas este
foi o menor número de torcedores na história do “Grande Pote de Mostarda” –
desde a sua inauguração, ocorrida a cerca de treze anos atrás...
Como a peleja começou às 23:30 horas (horário de Brasília);
e na segunda-feira, quase todos os brasileiros precisam levantar cedo para
trabalhar; poucos puderam acompanharam a partida. Por isso, vamos tentar
transcrever como foi esse jogo nefasto...
A primeira posse de bola da partida pertenceu à equipe da
casa – que começou na linha de 20 jardas do campo de defesa (graças ao
Touchback chutado por Kevin Huber) e chegou à marca de 37 do campo de ataque –
mas foram obrigados a chutar a bola para os Bengals (que a recuperaram na linha
de 07 de sua defesa – devido ao “fair catch” pedido por Brandon Tate).
Em sua primeira tentativa, Dalton acertou um passe curto
para A.J. Green; e Cincinnati conseguiu um avanço de nove jardas – praticamente
“saindo do buraco” em que começou!
Eis que começa o pesadelo...
Precisando de apenas uma jarda para conquistar a primeira
descida; Dalton tentou um passe curto para Marvin Jones... sem sucesso...
Na terceira tentativa, nosso “tanque” BenJarvus Green-Ellis
tentou ganhar esta “jardinha” com as pernas... mas bateu na “cortina de aço” e
parou!
O jeito era entregar a bola para Kevin Huber e torcer para
que nosso Punter a chutasse o mais longe possível de nossa End Zone...
Nosso camisa nº 10, de 28 anos, nascido e criado em
Cincinnati (inclusive fez faculdade lá), e que está em sua quinta temporada
profissional (seu último time até hoje), com grande possibilidade de chegar ao
Pro-Bowl; recebeu a bola oval na linha de 01 jarda do campo de
defesa... e antes que pudesse agarrá-la, Huber sofreu um fumble bizarro –
recuperado por Will Allen praticamente na “porta” da nossa End Zone! E por
muito pouco (muito pouco mesmo) os árbitros não anotaram um “Safety” para os
Steelers!
Na verdade, o “Safety” (jogada que anota 02 pontos para o
adversário) teria sido um “ótimo negócio” para os Bengals – pois duas jogadas
depois, Le’Veon Bell invadiu nossa “grande área” e inaugurou o placar...
Cedric Peerman, atuando como retornador de kickoff,
conseguiu uma excelente corrida, quebrando vários tackles e chegando
praticamente à metade do campo!
Pena que os árbitros anularam este avanço, pois entenderam
que Peerman havia pedido “fair catch” na linha de nove jardas do campo de
defesa! Eu confesso que não vi nenhum “pedido” de Cedric... mas a palavra dos
árbitros é inquestionável; e mais uma vez, Andy Dalton começaria com as “costas
na parede”!
Como o ataque dos Bengals fora “engolido” pela defesa dos
Steelers; coube a Andy Dalton correr com a bola e tentar conquistar a primeira
descida... O Ruivo até que foi bem, ganhando nove jardas, mas coube a
Green-Ellis conquistar a última jarda que faltou – garantindo a primeira
descida de Cincinnati!
Mas como a bruxa estava “solta”; Andre Smith cometeu um
“False Start” – e os Bengals perderam mais cinco jardas (resultando em uma 1ª
para 15). E a “cereja do bolo” foi o Defensive End Ziggy Hood derrubando Dalton
oito jardas atrás da linha de scrimmage durante a 3ª tentativa; encerrando
melancolicamente nossa segunda campanha ofensiva...
Kevin Huber chutou um Punt de 48 jardas – nada mal; não
fosse o “endiabrado” Antonio Brown, que começou a aparecer na partida através
de um retorno de 11 jardas
(possibilitando o início da campanha ofensiva já em nosso campo de defesa)...
Faltando 03:32 para terminar o 1º Quarto; a defesa dos
Bengals conseguiu parar três vezes o ataque dos Steelers na marca de 31 da zona
ofensiva (faltando ainda 04
jardas para conquistarem a primeira descida).
Sob estas condições, 99,9% dos treinadores mandariam a campo
seus Kickers (visando, claro, a tentativa de anotar três pontos – mesmo sabendo
que seria um Field Goal longo e complicado; principalmente em noites geladas de
muito vento). Mas Mike Tomlin, avaliando os riscos, optou por tentar a quarta
descida...
Big Ben acertou um passe curto para Le’Veon Bell; que
conseguiu as quatro jardas e muito mais – só parando na linha de 15 jardas do campo de
ataque! Duas jogadas depois, Antonio Brown recebe outro passe curto e invade a
nossa End Zone...
Steelers 14 x 00 Bengals...
Outra posse de bola de Cincinnati...
Outra decepção: nenhuma primeira descida!
Kevin Huber chuta a bola até a marca de 33 jardas do campo de
defesa dos Steelers... mas Antonio Brown consegue agarrá-la e retornar para TD
– correndo praticamente “livre” por 67 jardas ...
Cabe aqui uma observação importante: ERRO GRAVÍSSIMO da
arbitragem, que selou o destino dos Bengals nesta partida; e quem sabe, possa
nos custar o trabalho da temporada inteira!
Segundo Ben Austro, do site norte-americano dedicado à
dissecar as regras do esporte: Football Zebras (http://www.footballzebras.com/2013/12/15/9594/);
Punters e Kickers recebem proteção especial durante o chute OU
RETORNO; pois presume-se que estes atletas estejam “indefesos” nestas
condições.
Existem ao todo 10 (dez) hipóteses em que um jogador possa
ser considerado “indefeso”. As mais comuns são: Wide Receiver antes da chegada
da bola; Quarterback após o lançamento ou durante a “deslizada”; o Running Back
que pediu “fair catch” etc. Em todos os casos, quando o adversário atinge um
jogador “indefeso” na cabeça ou pescoço (usando seu capacete, ombreiras ou
outras partes duras de seu uniforme); os árbitros têm por obrigação parar a
jogada e aplicar uma penalização de 15 jardas ...
Trazendo a discussão para o caso concreto, Antonio Brown
havia recuperado a bola chutada por Kevin Huber e estava cruzando a metade do
campo... quando o Linebacker Terence Garvin investiu com toda a violência
contra nosso Punter (visando, é claro, abrir espaço para a corrida de seu
retornador).
Garvin aproveitou-se do “ponto cego” de Kevin e usou seu
capacete para golpeá-lo covardemente – destruindo seu maxilar e (muito
provavelmente) encerrando sua participação na temporada 2013...
Mas ainda que o artigo 12.2.7, alínea “a”, item “6” (que trata da proteção aos
Punters e Kickers – dada sua vulnerabilidade em campo); não fosse aplicável ao
caso (o que se admite hipoteticamente é claro!); a NFL vem promovendo sua política
de coibir jogadas violentas, como forma de proteger a integridade física de
seus atletas. Evidentemente, o Futebol Americano é um jogo de extremo contato
físico – mas são comuns penalizações por “violência desnecessária”...
E convenhamos: o que Kevin Huber poderia fazer para deter o
avanço de um atleta como Antonio Brown?
Sob qualquer ângulo que se analise o lance, resta patente
que a jogada deveria ter acabado no exato ponto da agressão sofrida por nosso
Punter; e a bola ser posicionada 15 jardas atrás do local da falta (anulando-se
o TD de Antonio Brown)...
Mas a arbitragem não anotou nada... E enquanto Kevin Huber
seguia para o hospital; o Sr. Garvin comemorava a ampla vantagem no placar...
O 1º Quarto terminou com a bola nas mãos de Cincinnati – mas
a campanha só rendeu mais uma primeira descida; obrigando Mike Nugent (que
acumulou as funções de Kicker e Punter) devolver a bola aos Steelers...
Pittsburgh, contando com uma performance magistral de Ben
Roethlisberger, abusou dos passes curtos; e mesmo numa campanha inteiramente
baseada em “no-huddle” (ou seja: sem aquelas “reuniões” de atletas entre as
jogadas); conseguiu chegar à linha de 07 jardas do campo de ataque – mas por sorte,
optou por apenas um FG. Shaun Suisham não desperdiçou e converteu um chute
curto, de apenas 25 jardas ...
Steelers 24 x 00 Bengals...
O Center Kyle Cook não poderia ter explicitado melhor o que
aconteceu:
- É complicado quando você começa a partida sendo dominado ofensiva e
defensivamente... Isso nos leva a forçar ainda mais as jogadas e,
consequentemente, errar ainda mais, num efeito parecido com uma bola de neve! Começamos
o jogo com uma enorme desvantagem e, infelizmente, não conseguimos buscar essa
diferença...
Dizem que mesmo as trevas mais escuras só perduram até a
meia-noite – pois depois não escurece mais e lentamente começa a nascer um novo
dia...
Faltando 09:36 para o intervalo, Brandon Tate conseguiu
recuperar o chute de kickoff e correu por 52 jardas ! Pela primeira
vez, Dalton começaria uma campanha já no campo adversário...
Como nosso jogo terrestre não havia funcionado, nosso “Red
Rifle” focou nos passes para chegar à marca de 1ª descida para o Gol (na linha
de 01 jarda )!
Aí sim nosso “menino de ouro” Giovani Bernard pôde saltar por cima da montanha
humana e chegar literalmente voando à “terra prometida”!
Mas é claro que o pesadelo não havia acabado – e na próxima
posse de bola, Shaun Suisham acertou um FG de 45 jardas ; dando números
finais ao placar do primeiro tempo: Pittsburgh 27 x 07 Cincinnati...
Após o intervalo... bola com os Bengals!
Brandon Tate recebeu a bola na linha de 11 jardas e correu por
26; garantindo um excelente começo da campanha ofensiva na marca de 37 do campo
de defesa!
Na primeira tentativa, Ike Taylor impediu a recepção de A.J.
Green... Na segunda tentativa, BenJarvus Green-Ellis tentou correr com a bola e
conseguiu ganhar uma jarda... mas Andrew Whitworth (o polêmico gigante) cometeu
uma “segurada” – e os árbitros aplicaram a pena de 10 jardas (transformando
uma 3ª para 09 em uma 2ª para 20)!
Esta é a NFL, meus queridos! Onde um LB pode destruir o
maxilar de um Punter; mas nem ousem segurar seu oponente!
Enfim... na 3ª para 15 jardas ; Dalton fez um
passe curto para Jermaine Gresham – que conseguiu um ótimo avanço de 14 jardas , antes de ser
“atropelado” por Ike Taylor e Troy Polamalu! Os árbitros encerraram o lance e
os Bengals iriam para uma 4ª para 01; quando Pittsburgh desafiou a marcação de
campo (entendendo que Polamalu havia forçado um Fumble).
Infelizmente, desta vez os auri-negros estavam certos...
Os árbitros mudaram a marcação e reconheceram que Gresham
soltou a bola antes do final da jogada. Logo, a recuperação da bola na marca de
48 jardas
do campo de ataque, conquistada por Ziggy Hood, foi validada – e mais uma vez,
os Steelers começariam sua campanha em posição privilegiada...
Faltando 12:32 para acabar o 3º Quarto, Big Ben tentou um
passe longo para Emmanuel Sanders... mas no meio do caminho estava Adam
“Pacman” Jones! Nosso heróico camisa nº 24 conseguiu interceptar o passe e
evitar que a vantagem do time da casa fosse ampliada!
Era a hora da reação! Hora de mostrar quem é que manda na
AFC North! Hora do ataque “pegar fogo”!
Só que nada disso aconteceu... E seis jogadas depois, lá
estava Mike Nugent devolvendo a bola para os Steelers...
Após uma campanha curta, de apenas 04:19; Pittsburgh anotou
mais um FG curto – desta vez de 26 jardas ; ampliando sua vantagem para 30 x
07...
Sem tempo a perder, Andy Dalton começou a arriscar muitos
passes... e felizmente conseguiu bons avanços; partindo da linha de 37 do campo
de defesa até a marca de 01
jarda do campo de ataque, no final do 3º Quarto!
E o último Quarto começou com Gio Bernard tentando arrancar
no “peito” esta última jarda... sem sucesso!
Como estávamos em uma 4ª para o Gol; Marvin Lewis mandou
Domata Peko agir como Fullback e criar um buraco por onde o habilidoso Gio
Bernard pudesse invadir a End Zone...
A defesa dos Steelers acreditou nesta jogada “óbvia” e
“previsível” (ou seja: bem a cara do treinador Lewis) – e Andy Dalton conseguiu
surpreender a todos, passando a bola para o “desmarcado” Tyler Eifert!
Pittsburgh 30 x 14 Bengals!
“Temos um jogo, Paulo Antunes?” – Não, ainda não...
Finalmente nossa combalida defesa entrou no jogo e conseguiu
parar a campanha dos donos da casa, na marca de 27 do campo de defesa deles!
O Ruivo tratou de abusar dos passes, e como sua mão estava
mais “calibrada” neste segundo tempo (ou seria a “Cortina de Aço” que estava
desatenta?); os Bengals chegaram à End Zone dos Steelers pela terceira vez –
graças à recepção de 13
jardas de Marvin Jones!
Agora sim TERÍAMOS UM JOGO!!!
Afinal, com uma “conversão de dois pontos” aqui (faltando
05:51 para o fim do jogo) e mais um TD (seguido de outra conversão); os Bengals
empatariam a partida; ganhando nova chance de ultrapassar os Patriots, garantir
sua vaga na pós-temporada e, de quebra, protagonizar uma virada história na
NFL!
Mas esta não era a noite dos Tigres de Bengala...
Andy Dalton tentou um passe para Tyler Eifert, mas o calouro
não conseguiu receber a bola... Assim, a vantagem de Pittsburgh permaneceu
sendo de 10 pontos; e os Bengals precisariam de 01 TD e 01 FG para empatar o
jogo...
Os Steelers, obviamente, tentariam gastar o relógio – usando
apenas seu “jogo corrido”... afinal, o cronômetro seria seu melhor aliado! Por
outro lado, Cincinnati apostava que sua defesa faria um excelente trabalho; e
decidiu arriscar, gastando logo seus três “tempos”...
A tática funcionou “parcialmente”; e os visitantes receberam
a posse de bola, faltando 03:17 (sem nenhum meio de travar o relógio – exceto
na parada do “two minute warning”).
Mas nada disso adiantou, pois em sua última campanha
ofensiva, Cincinnati só conseguiu uma primeira descida... Os Steelers,
aliviados, somente precisaram correr quatro vezes para sacramentar sua vitória...
Antonio Brown, que recebeu cinco passes e agora tem 95
recepções na temporada (igualando o recorde histórico da equipe da Pensilvânia)
resumiu bem o que foi a partida:
- É sempre muito bom quando sua equipe consegue dominar a partida e
estabelecer o ritmo do jogo, sem permitir que seu oponente consiga bons lances!
Ryan Clark, Safety dos Steelers, deixou escapar que a equipe
de Pittsburgh estava furiosa com as críticas recebidas nas últimas semanas:
- Estamos tentando mostrar aos críticos que esses jogadores e a comissão
técnica ainda têm muito a oferecer a esta equipe; e principalmente que não
faltará entrega ou luta nesta reta final da competição!
Na batalha dos Quarterback’s; impossível não elogiar a incrível
precisão de Ben Roethlisberger (completou 20 de 25 passes; conquistando 191 jardas ; com 01 TD e
01 INT) – principalmente se compararmos com o nível de aproveitamento de Andy
Dalton (acertou 25 de 44 passes; garantindo 230 jardas ; com 02
passes para TD).
Marvin Lewis, visivelmente abatido durante a entrevista
coletiva, desabafou:
- Nós não conseguimos jogar bem... Não conseguimos criar oportunidades
ou estabelecer nosso padrão de jogo... E o nosso adversário foi superior
durante quase toda a partida...
Também no domingo, exatamente como esperávamos, o Cleveland
Browns se despediu oficialmente da temporada 2013 – perdendo em casa para o Chicago
Bears, pelo placar de 31 x 38...
Mas duro mesmo foi assistir nesta segunda-feira o Baltimore Ravens
vencer o Detroit Lions, no Ford Field, por 16 x 18 – graças a 06 (seis) FG’s!
Com a vitória, os Ravens mantiveram a 6ª posição na AFC –
mas agora estão apenas um jogo atrás de Cincinnati (lembrando que teremos um
confronto direto na última rodada)!
Na penúltima semana da temporada regular, todas as equipes
da divisão norte da Conferência Americana jogarão no domingo (22.12.2013).
Às 16:00 horas (horário de Brasília), os Browns viajam a
Nova York para encarar os Jets, num jogo para cumprir tabela (já que ambas não
têm chances de chegar à pós-temporada).
Às 19:30, Green Bay recebe os Steelers e, mesmo sem Aaron
Rodgers, devem sepultar as remotas chances de Pittsburgh. No mesmo horário, os
Ravens encaram o New England Patriots, em Baltimore...
E não poderia haver jogo melhor para Cincinnati!
Se os Patriots vencerem, os Ravens ficarão com 08 vitórias e
07 derrotas; faltando apenas mais um jogo! Neste cenário, mesmo na pior das
hipóteses, chegaríamos à última rodada AINDA com a vantagem de pelo menos um
jogo – ou seja: só dependendo de nossas próprias forças... E em caso de vitória
sobre Minnesota, Cincinnati apenas “cumpriria tabela” contra os “Corvos
Púrpuras”...
E se os Ravens vencerem, os Patriots permanecerão com 10
vitórias e 05 derrotas – mesma campanha de Cincinnati (caso os Bengals vençam
os Vikings, obviamente); mas como derrotamos a equipe de Tom Brady (e também
vencemos o Indianapolis Colts – outra equipe que pode chegar a 10-5, mas que provavelmente
terão uma semana complicada, enfrentando o Kansas City Chiefs, fora de casa);
os Bengals assumiriam a 2ª posição na AFC – e estaríamos muito próximos de
garantir a sonhada “folga” na rodada de Wild Card!
Evidentemente... tudo dependerá de como os Bengals jogarão
contra os Vikings – no domingo, às 16:00 horas, no Paul Brown Stadium!
Cincinnati está invicto em casa (seis jogos e seis
vitórias). Lidera sua divisão com 08 vitórias e 06 derrotas (aproveitamento de
57,1%); enquanto os Vikings já foram eliminados e estão em último lugar na NFC
North, com 04 vitórias, 09 derrotas e 01 empate (aproveitamento de 32,1%).
Os números das linhas ofensivas são parecidos (pequena
vantagem no jogo aéreo para os Bengals, enquanto o jogo terrestre de Minnesota
é um pouco melhor); mas quando comparamos as defesas, os Tigres vencem de
“goleada”!
Na série histórica, foram poucos confrontos entre as duas
equipes: 06 vitórias de Minnesota (nas temporadas regulares de 1977, 1983,
1989, 1992, 1998 e 2009); contra 05 vitórias de Cincinnati (nas temporadas regulares
de 1973, 1980, 1986, 1995 e 2005).
Porém, os Bengals já derrotaram os Vikings, em casa, sem
permitir que os rivais anotassem um único ponto, em duas oportunidades (27 x 00
em 1973 e 14 x 00 em 1980)! A recíproca não é verdadeira...
Curiosamente, apenas três confrontos (temporadas de 1983,
1986 e 1995) foram decididos por uma diferença de apenas uma posse de bola – em
todos os demais jogos, foram “lavadas”!
No último domingo, jogando em casa, os Vikings golearam o
Philadelphia Eagles (líderes da NFC East) por 48 x 30; mesmo sem Adrian
Peterson e Toby Gerhart (as duas principais peças de seu sistema ofensivo) –
mas contando com atuações impecáveis de Matt Asiata (51 jardas e 03 TD’s) e
Greg Jennings (11 recepções, 163
jardas e 01 TD). Matt Cassel também se destacou,
completando 26 de 35 passes, conquistando 382 jardas e 02 TD’s
(com 01 INT). Estes números mostram que a equipe de Minnesota precisa ser
respeitada – até porque jogarão conosco sem qualquer responsabilidade...
É muito importante que Cincinnati entre em campo neste
domingo com a garra de quem disputa um Super Bowl! Sem dúvida alguma, nosso
destino na pós-temporada passa por uma vitória contra os Vikings! Mas se a
equipe mostrar a mesma apatia que vimos no primeiro tempo do jogo contra os
Steelers... não quero nem assistir ao jogo contra os Ravens na próxima semana!
Certamente seremos massacrados de novo...
A fraca atuação deste domingo pode ser explicada por
diversos fatores: erros de arbitragem; fatores climáticos adversos (muito frio
e vento); lesões de atletas importantes; mas também devemos destacar um certo “salto
alto” de Cincinnati – já que a equipe estava muito próxima de garantir a 2ª
posição da AFC (carimbando nossa vaga na pós-temporada).
Uma série de erros ofensivos, defensivos e dos times
especiais – principalmente no começo da partida; mostraram que a equipe precisa
“entrar ligada” o tempo todo (mesmo contra oponentes claramente inferiores
tecnicamente – como foi o caso!).
Mas sou otimista, e acredito que “perdemos na hora certa”,
contra um adversário virtualmente eliminado, que precisou jogar sujo (machucando
um pobre Punter) e contar com a ajuda da arbitragem...
Coisas de time pequeno...
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