Nesta última
quinta-feira, dia 23 de Agosto de 2012, Bengals e Packers se enfrentaram em
Cincinnati pela terceira rodada da Pré-Temporada. E suas equipes titulares
mantiveram-se no gramado durante todo o primeiro tempo, possibilitando aos
torcedores um panorama próximo do que encontraremos a partir do dia 05 de
Setembro – quando finalmente começa a temporada regular.
Para os
torcedores de Green Bay, foi um alívio ver Aaron Rodgers brilhando, com passes
perfeitos, e para surpresa geral, correndo 52 jardas e anotando (ele próprio)
dois touchdowns! Não por acaso, as estatísticas mostram que o QB foi o melhor
Running Back da partida, liderando sua equipe na tranqüila vitória por 27x13.
Na temporada
2011, A-ROD anotou três touchdowns, mas entrou para a história da equipe ao
estabelecer o recorde de 45 passes para touchdowns. Quem sabe, em 2012, veremos
um QB mais agressivo, correndo com a bola, no melhor estilo Michael Vick (QB
dos Eagles)?
Cedric
Benson, RB de Green Bay, declarou em entrevista:
“Eu sempre
brinco com ele (Rodgers), provocando-o para jogar de Running Back comigo. O
cara tem força, habilidade e velocidade de sobra para atuar como titular nessa
posição!”
Como vimos
no último jogo, Benson tem razão.
Mas a
verdade é que A-ROD evita correr com a bola, pois diferentemente de Ben Roethlisberger
(“Big Ben” de Pittsburgh) ou de Michael Vick (principal “QB-RB” da NFL), o QB
de Green Bay não tem o perfil necessário para agüentar tackles violentos. Por
isso, seu jogo corrido geralmente aflora quando os “alvos” estão neutralizados
pela defesa adversária (ótimo sinal para a promissora defesa Bengali!).
Ademais, seu
forte realmente são os passes. No jogo, A-ROD acertou 12 dos 22 passes
tentados, conquistando 154 jardas aéreas; além de outras 91 jardas terrestres
(já somadas as suas 52) – totalizando 245 jardas antes do intervalo! Quando
deixou a partida, o placar já estava 17 x 06 para os visitantes.
Rodgers só
cometeu um único erro grosseiro: uma interceptação, recuperada pelo CB Terence
Newman. Mas seu balanço final foi amplamente favorável...
Outro destaque
da partida foi o RB Cedric Benson. O veterano atleta de 38 anos, que nas
últimas quatro temporadas, liderou o ataque dos Bengals, estreou pela equipe
verde-amarela justamente em Cincinnati, com seis corridas e ótima movimentação
em campo.
Benson ainda
é respeitado no Paul Brown Stadium. Sua camisa é uma das mais vendidas na loja
oficial; e antes do jogo, foi cumprimentado por ex-colegas, treinadores e funcionários
da equipe, desejando-lhe sorte nesta nova etapa de sua carreira.
Em
entrevista à televisão após o jogo, A-ROD elogiou-o:
“Ced foi
excelente. Ele está voando em campo. Fez algumas corridas e um ótimo trabalho
de posicionamento. Foi uma ótima estréia, e estamos entusiasmados em tê-lo no
grupo”.
Benson
assinou com os “cabeças-de-queijo” em 14 de Agosto, e vem estudando com afinco
o Playbook, além de muitas reuniões com os Quarterbacks, para acertar os
detalhes de posicionamento e jogadas preparadas durante o Training Camp.
Cedric
garante que não ficou chateado por ter sido negociado, mas que está feliz na
nova equipe:
“Em campo,
senti-me bem. Eu brinquei que estava aqui a pouco mais de duas semanas e agora,
estou sentado no banco de reservas do outro lado. Apesar disso, sinceramente,
parecia que estava jogando em casa”.
Particularmente,
sou grato ao trabalho de Benson nas últimas quatro temporadas, mas acredito que
estava mesmo na hora da equipe buscar um novo corredor, já que as relações
entre atleta e time estavam desgastadas. Desejo boa sorte a Cedric, mas agora é
torcer para BenJarvus Green-Ellis se firmar na equipe, repetindo suas ótimas
atuações com o uniforme do New England Patriots.
Mas chega de
falar dos rivais, não?
O Bengals
disputou o primeiro tempo da partida com seus jogadores titulares. Andy Dalton
não foi tão bem: acertou 05 dos 17 passes tentados, conseguindo apenas 40
jardas, e sofreu dois sacks. A equipe não anotou nenhum touchdown – os únicos
pontos foram anotados por Mike Nugent, chutando dois Fieldgoals (de 42 e de 30
jardas, respectivamente).
Em seu
melhor ataque, a equipe laranja chegou a uma “primeira para o gol”, na linha de
01 jarda; e nem assim conseguiu chegar à Endzone – contentando-se com um
Fieldgoal de Nugent.
No terceiro
quarto, já com as equipes reservas em campo, a sorte parecia estar mudando de
lado. O QB Graham Harrell, reserva de A-ROD, sofreu com a marcação sob pressão
da defesa dos Bengals, e lançou duas interceptações (uma delas em seu campo
defensivo, na linha das 15 jardas). Bruce Gradkowski, reserva de Dalton, lançou
um passe perfeito para touchdown na jogada seguinte.
Mas nem tudo
são flores, quando se trata de equipes reservas. E no quarto período, o LB
Jamari Lattimore conseguiu interceptar um passe dos Bengals e retornou 27
jardas para touchdown, dando números finais ao placar.
Com a
derrota anunciada, Cincinnati passou a poupar seus Cornerbacks, evitando novas
lesões – como a de Dre Kirkpatrick, draftado na primeira rodada deste ano, mas
que perdeu todos os três jogos da pré-temporada, enquanto recupera-se de uma
lesão no joelho esquerdo.
Os Bengals
também pouparam seus dois melhores Running Backs (Green-Ellis e Bernard Scott).
Brian Leonard ganhou a chance de titular, mas conseguiu apenas quatro corridas
e 19 jardas.
E só para
não perder o hábito dos últimos dois jogos, o LB Manny Lawson também deixou o
campo, após uma lesão em sua virilha, ainda no primeiro quarto. Tomara que o
hospital de Cincinnati tenha muitos leitos, porque se for mantida a média de
lesões...
Apesar do
péssimo resultado em casa, mesmo com a equipe titular em campo durante todo o
primeiro tempo, confesso que não estou preocupado com o time. Pelo contrário,
agora sim estou mais confiante do que nunca! Pela primeira vez nesta
pré-temporada, enfrentamos um adversário de peso, favorito ao Superbowl, e com
seus jogadores titulares durante os dois primeiros quartos.
Tudo bem que
A-ROD desequilibrou, mas só o fez, porque a marcação de nossa defesa anulou por
completo os seus “alvos”, exigindo lances de genialidade por parte de um dos
melhores QB da liga. E apesar de Andy Dalton não ter jogado bem, demonstrando
nervosismo e cometendo erros de principiante, é bom lembrar que do outro lado
havia Clay Matthews e companhia – uma defesa que não foi bem no último ano, mas
composta por jogadores talentosos e que vêm treinando duro para melhorar suas
estatísticas em 2012.
Com todo
respeito, uma derrota em casa para os Packers, na pré-temporada, é melhor do
que um retrospecto de 4-0-0 (se seus adversários forem RAMS, BROWNS, DOLPHINS e
BILLS, por exemplo). Afinal, os grandes times são forjados nas adversidades...
Mas se a
equipe de fato sonha em chegar à pós-temporada pelo segundo ano consecutivo,
precisa urgentemente melhorar seu ataque (que conseguiu apenas 195 jardas neste
jogo) e, principalmente, sua eficiência em terceiras descidas (pois só
conseguiu converter 01 de 12 tentativas, com pífios 08% de aproveitamento).
Afinal, a tabela deste ano está bem complicada!
Na próxima
semana, encerrando a pré-temporada, os Packers recebem o Kansas City Chiefs
(equipe que lhes tirou a invencibilidade na última temporada) na quinta-feira,
dia 30, às 20:00 (horário de Brasília). Nesta mesma data e horário, os Bengals
viajam para Indianápolis, onde enfrentam os Colts no palco do último Superbowl –
mas provavelmente não veremos no duelo entre Dalton e Luck, já que dificilmente
os jogadores titulares entrarão em campo...
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