segunda-feira, 12 de maio de 2014

DRAFT 2014 - Balanço Final & Perspectivas Futuras:


Neste último final de semana (08 a 10 de Maio de 2014); a NFL promoveu seu Draft – sistema de escolha de jogadores universitários que passam a integrar os elencos das 32 equipes profissionais de futebol americano.

Traçando um paralelo com o futebol da bola redonda, este evento seria equivalente ao último dia de transferências para o mercado europeu – mas nos EUA, participam apenas atletas universitários (na verdade qualquer um pode se candidatar, desde que tenha concluído o ensino médio a pelo menos dois anos; e que tenha preenchido o formulário de inscrição até janeiro); os representantes de todos os times estão reunidos em Nova York (com direito a participação de platéia); a escolha leva três dias (sete rodadas); e é televisionado para todo o país (e até alguns países estrangeiros acompanham – como foi o caso do Brasil, onde a ESPN transmitiu o primeiro dia de escolhas)...

Existe apenas três “meios” de uma equipe reforçar seu elenco:

a) Através da “troca” de atletas;

b) Contratando jogadores “sem vínculos” com outras equipes (Free Agents); e

c) Através do Draft.

Ou seja: a importância do Draft é inquestionável para a composição final das listas de 53 atletas que defenderão cada uma das equipes profissionais norte-americanas...


Em tese, cada time tem direito a sete escolhas (uma por rodada). A regra para se definir a “ordem” de escolhas é a seguinte: a pior equipe da temporada anterior escolhe primeiro; e a campeã do Super Bowl por último. Ou seja: a ordem é inversa à classificação.

Mas como é apurada esta “classificação”?

a) Fase alcançada na pós-temporada;

b) Percentual de Vitórias (16 vitórias equivalem a um aproveitamento de 100%);

c) Número de Vitórias;

d) Número de Derrotas;

e) “Força da Tabela” (soma do percentual de vitórias de todos os adversários enfrentados); e

f) Sorteio.

Esta classificação também é importante para os atletas – pois os jogadores escolhidos “primeiro” começam suas carreiras recebendo contratos milionários; ao passo que os últimos eleitos costumam receber baixos salários (embora teoricamente sejam recrutados por equipes melhores); mantendo-se o aclamado “equilíbrio” financeiro-esportivo da NFL!

Este ano, teoricamente o Houston Texans (equipe de pior campanha em 2013) começaria cada rodada; e o Seattle Seahawks (o atual campeão) encerraria...


Mas é neste ponto que as coisas começam a se complicar!

Isto porque o “direito de escolha” de cada equipe pode ser negociado...

Por exemplo: o Washington Redskins terminou a temporada de 2013 com apenas 03 vitórias e 13 derrotas (aproveitamento de 18,8%). Esta foi a segunda pior campanha (só foram melhores que o Houston Texans). Mas a equipe da Capital Federal optou por negociar sua posição privilegiada com o St. Louis Rams (equipe com a 13ª pior campanha); e o time do Estado de Missouri pode selecionar Greg Robinson (Ofensive TackleAuburn) na segunda posição “geral” do Draft 2014; enquanto os “Peles Vermelhas” só poderiam começar a escolher seus atletas na 3ª Rodada (66ª Escolha Geral). Mas o time de Washington realizou outra troca de posições e recebeu o direito de fazer a 15ª escolha da 2ª Rodada (originalmente pertencente ao Dallas Cowboys); e puderam draftar Trent Murphy (Linebacker de Stanford) na 47ª Escolha Geral...


Soou confuso? Pois é mesmo!

E para complicar ainda mais, a própria NFL pode conceder “escolhas extras” para algumas equipes – em razão da “perda” de “Restricted Free Agents” (atletas sem vínculos com suas ex-equipes; mas que por força contratual, concedem a elas o “direito de preferência” – ou seja: caso recebam uma proposta de contrato de outra equipe, devem primeiramente levar esta proposta à diretoria de sua ex-equipe e, caso haja interesse, o time pode “igualar” a proposta e permanecer com o jogador em seu elenco).

Em suma: se a ex-equipe opte por “não igualar” a proposta recebida por um atleta RFA (como os Bengals, que não igualaram a proposta feita pelo Cleveland Browns por Andrew Hawkins); a Liga concede uma “escolha compensatória” pela perda do jogador...


Este ano, Cincinnati (equipe com a 8ª melhor campanha; ou seja: teoricamente apenas a 25ª escolha em cada rodada) escolheu oito jogadores (um atleta por rodada até a sexta; e dois jogadores na sétima rodada); e realizou uma única troca para “subir de posição” (com o Detroit Lions; valendo a 11ª escolha da 4ª rodada)...

Nas últimas temporadas, os Bengals adotaram a política de “economizar ao máximo” com Free Agents – o que aumenta a importância do Draft para repor as peças perdidas nesta offseason (como Michael Johnson e Anthony Collins). Além disso, seria essencial investir em reforços para o ataque – a fim de melhorar o desempenho da equipe em momentos decisivos da temporada (como nos playoffs).

Neste sentido, podemos dizer que o Draft deste ano foi muito bom!


Nossa 1ª Escolha (24ª Escolha Geral na Primeira Rodada) foi DARQUEZE DENNARD (Cornerback de Michigan State).

O garoto foi essencial para a linha defensiva de Michigan St. nos últimos três anos. Assumiu a titularidade da equipe já em seu segundo ano (2011) – com três Interceptações, 42 Tackles e 03 Passes “quebrados”. Em 2012, melhorou estas marcas (03 INT’s, 52 TKL’s e 07 Passes “quebrados”) e foi eleito para o First-Team All-Big Ten. Mas foi em 2013 que Darqueze alcançou o “estrelato” (04 INT’s, 62 TKL’s e 10 Passes “quebrados”) – sendo decisivo em inúmeras vitórias dos Spartans (em especial na partida contra os rivais Wolverines – quando “guardou no bolso” o rápido WR Jeremy Gallon)!

Os Bengals precisavam reforçar esta posição (que já contava com Leon Hall, Adam Jones, Terence Newman e Dre Kirkpatrick); melhorando ainda mais sua linha secundária; e aumentando as opções de jogo (pois as lesões destes atletas vêm sendo um verdadeiro tormento para a torcida e para a comissão técnica)!

Sem dúvida, foi uma “grata surpresa” a disponibilidade de Dennard na 24ª posição geral (já que o atleta estava cotado para ser um dos 15 primeiros eleitos); e dificilmente não será titular logo na estréia da equipe em setembro!


Na Segunda Rodada (23ª Escolha – 55ª Escolha Geral); a escolha mais polêmica do ano: JEREMY HILL (Running BackLSU). Não que o atleta seja ruim (muito pelo contrário)! Seus números o credenciavam para uma escolha “mais cedo”; mas Cincinnati já contava com dois ótimos corredores (Gio Bernard e BenJarvus Green-Ellis); e apresentava carências maiores em outras posições (como Linebackers, por exemplo). Além disso, Jeremy foi preso duas vezes nos últimos anos (o que indica seus problemas de comportamento).

Confesso que fiquei perplexo pela escolha de Hill – mas discutindo com os membros do grupo “Bengals Brasil” (especialistas em análise tática); ficaram claros os indícios de que o “jogo terrestre” será a prioridade do ataque em 2014 – e neste contexto, a eleição de um bom RB seria, de fato, imprescindível...


Na Terceira Rodada (24ª Escolha – 88ª Escolha Geral); uma boa alternativa para substituir M. Johnson: WILL CLARKE (Defensive EndWest Virginia). Claro que o calouro não será um “clone” do experiente e talentoso jogador perdido para Tampa Bay; mas é grandalhão e muito ágil; e mostrou na Universidade que pode assumir grandes responsabilidades num sistema de jogo parecido com o adotado pelos Bengals.


Outra escolha “pacífica” ocorreu na Quarta Rodada11ª Escolha (111ª Escolha Geral): RUSSELL BODINE (CenterNorth Carolina). Não é segredo para ninguém que precisamos de bons jogadores para “fechar” o buraco no meio e melhorar a proteção ao QB Ruivo; e neste contexto, valeu a pena investir nesta troca com os Lions para draftar o gigante Bodine (antes que outros times o fizessem)!


Na Quinta Rodada (24ª Escolha – 164ª Escolha Geral); outra escolha polêmica: A.J. McCARRON (QuarterbackAlabama). A relutância da diretoria em oferecer uma extensão de contrato para Andy Dalton e a contratação do experiente Jason Campbell já sinalizavam que este poderia ser o último ano do “Ruivo” no comando de ataque (caso seu desempenho não melhore). E a chegada de A.J. McCarron irá “apimentar” ainda mais esta disputa! O novato era cotado para ser escolhido já na Segunda Rodada (e provavelmente teria chances de ser titular em muitas equipes); mas os questionamentos sobre sua real capacidade (que teria sido “mascarada” pelo ótimo desempenho de seus companheiros) derrubaram sua posição no Draft. Sorte nossa (que agora contamos com três excelentes e promissores QB’s)!


Somente na Sexta Rodada36ª Escolha (212ª Escolha Geral); a diretoria escolheu um Linebacker: MARQUIS FLOWERS (Arizona). Jogador rápido e explosivo, com boa média de Tackles e excelente posicionamento em campo, além da facilidade em recuperar bolas lançadas em sua direção. Pode ser uma “grata surpresa”...


Finalmente chegamos à Sétima Rodada e nossos “Mr. Irrelevant’s” (*) são: JAMES WRIGHT (Wide ReceiverLSU24ª Escolha239ª Escolha Geral) e LAVELLE WESTBROOKS (CornerbackGeorgia Southern37ª Escolha252ª Escolha Geral). Dificilmente veremos um dos dois (ou ambos) como titulares; mas seus números no futebol universitário os credenciam como bons reservas (ou na melhor das hipóteses: titulares dos Special Team’s).


(*) Mr. Irrelevant (“Senhor Irrelevante”) é o título dado ao último atleta escolhido no Draft – este ano a “honra” coube a Lonnie Ballentine (Safety de Memphis escolhido pelos Texans na 256ª Posição Geral). Mas não é tão ruim ganhar o Lowsman Trophy (oposto do Heisman Trophy); pois o jogador e sua família são convidados para uma semana num resort da Califórnia – onde participam de um torneio de golfe, uma regata e um churrasco com ex-atletas e treinadores que o aconselham sobre a carreira...


Agora começa o agitado período de contratação de “Free Agentsnão-draftados; nas mais variadas posições e por valores relativamente baixos; que atendem às necessidades das equipes durante esta fase de preparação final para a próxima temporada (mas que dificilmente são efetivados entre os 53 nomes).

Até o presente momento (16:00 do dia 12.05.2014); nenhum nome fora confirmado pela diretoria dos Bengals – embora surjam muitos nomes na imprensa local e nas redes sociais.

Vamos aguardar por mais informações oficiais...

terça-feira, 6 de maio de 2014

Aula de História – Capítulo 08 (1997 a 2002): Idade das Trevas – Parte II


Baltimore, fundada em 30 de Julho de 1.729; é a maior “cidade independente” dos Estados Unidos (ou seja: não pertence a nenhum condado em particular) – com aproximadamente 2,7 milhões de habitantes. É o principal centro urbano, financeiro e cultural do Estado de Maryland; e tornou-se um importante porto marítimo da Costa Leste (graças à sua relativa proximidade com os mercados do Meio-Oeste Americano).


Em 1.953, um grupo de investidores (liderados por Carroll Rosenbloom) ganhou os direitos para a criação de uma nova franquia da NFL. Nascia assim o Baltimore Colts (primeira equipe profissional a ter cheerleaders e uma banda marcial)!


Apesar de sua torcida apaixonada, a equipe azul e branca não conseguiu grande sucesso em seus primeiros anos de atividade – mas tudo mudou em 1.956, com a chegada do Quarterback Johnny Unitas (um dos maiores atletas de todos os tempos; coroado com a conquista do Super Bowl V, em Miami, por 16 x 13, contra o Dallas Cowboys).


Em 1.972, os Colts perderam Unitas e seu nível de desempenho desabou...


Isto sem falar nas péssimas decisões administrativas (como a escolha do QB John Elway na primeira rodada do Draft de 1.983; e sua posterior troca com o Denver Broncos – onde teve uma carreira de enorme sucesso).

Mas nada se comparou a 1.984...


Após anos pressionando os políticos locais a investirem na construção de um novo estádio (sem sucesso); o dono dos Colts Robert Irsay abriu negociações com outras cidades interessadas em receber a franquia – dentre elas Phoenix, Jacksonville, Memphis e Indianapolis. Houve muita comoção por parte dos torcedores e da imprensa (contrários à mudança), mas na madrugada do dia 29 de Março de 1984; uma frota de caminhões da empresa Mayflower Transit (empresa sediada em Indiana e patrocinadora da equipe) promoveu a “mudança física” da infra-estrutura da equipe...



Baltimore “dormiu” com uma equipe da NFL e “acordou” sem nenhum time...

Em 1.993, a Liga começou a selecionar propostas para uma futura expansão (que ocorreria dois anos depois). Baltimore era a cidade favorita para receber uma nova equipe (seria o Baltimore Bombers); mas na votação final, os vencedores foram dois mercados “novos”: Charlotte (Panthers) e Jacksonville (Jaguars).

Apesar de rejeitada na NFL, o projeto de equipe e a captação de recursos foram suficientes para ingressarem na CFL (Canadian Football League). Ressurgia o Baltimore Colts – mas Robert Irsay os processa e o time muda seu nome para Stallions. Em apenas dois anos de existência, a equipe conquistou o título da competição (em 1995).


Em outubro de 1.995, Baltimore provou que aprendeu a lição de 1.984!



Arthur Bertram Modell (ou simplesmente Art Modell), proprietário do Cleveland Browns desde 1.961 (e que em 1.963 demitiu Paul Brown da equipe que levava seu nome); repetiu os passos de Robert Irsay e negociou a mudança de sua tradicional franquia para Baltimore – causando revolta e indignação dos torcedores do norte de Ohio!


As autoridades de Cleveland recorreram à Justiça para preservar sua equipe; mas Art Modell propôs um acordo: diferentemente do que ocorreu com os Colts (que levaram seus símbolos, seus títulos e seus recordes para Indianapolis); Modell só levaria seus atletas – deixando para trás todo o legado e a história dos Browns...


Nascia o Baltimore Ravens (homenagem ao escritor Edgar Allan Poe; que viveu seus últimos anos nesta cidade e escreveu um poema chamado “The Raven”).


Com isso, a AFC Central passou a ser disputada por Cincinnati Bengals, Pittsburgh Steelers, Jacksonville Jaguars, Houston Oilers e Baltimore Ravens.

Esta mudança marcou o fim da rivalidade entre Bengals e Browns...

E Cincinnati tornou-se a única equipe de futebol americano profissional do Estado de Ohio!


Como vimos no Capítulo anterior; os Bengals começaram mal o ano de 1.996 (seis derrotas nos primeiros sete jogos).  E pela primeira vez na história da equipe, a diretoria demitiu um treinador na metade da temporada...


Quem assumiu o comando do time foi Bruce Coslet (nascido em 05 de Agosto de 1.946, em Oakdale, California); que jogou como Tight End dos Bengals entre os anos de 1.969 e 1.976 (Camisa nº 88); e que desde 1.981 trabalhava como Auxiliar Técnico da equipe de Cincinnati (com exceção do período entre 1.990 e 1.993, quando foi Treinador Principal do New York Jets – levando a equipe alviverde aos playoffs em 1.991).

E seu começo não poderia ter sido melhor!

8ª Rodada – 27.10.1996 – Bengals 28 x 21 Jaguars;
9ª Rodada – 03.11.1996 – Ravens 21 x 24 Bengals;
10ª Rodada – 10.11.1996 – Bengals 34 x 24 Steelers;
11ª Rodada – 17.11.1996 – Bills 31 x 17 Bengals;
12ª Rodada – 24.11.1996 – Bengals 41 x 31 Falcons;
13ª Rodada – 01.12.1996 – Jaguars 30 x 27 Bengals;
14ª Rodada – 08.12.1996 – Bengals 21 x 14 Ravens;
15ª Rodada – 15.12.1996 – Oilers 13 x 21 Bengals;
16ª Rodada – 22.12.1996 – Bengals 31 x 24 Colts.

Sete vitórias e duas derrotas nos últimos nove jogos da temporada!

Não fosse aquela derrota em Jacksonville (em 01.12.1996); terminaríamos na segunda posição da Divisão Central – e classificados para a pós-temporada...

Mas não deu...

Nos playoffs, os Jaguars surpreenderam a todos vencendo o Buffalo Bills (pelo placar de 30 x 27) e o Denver Broncos (time de melhor campanha na temporada regular) por 30 x 27; mas na final da Conferência Americana; foram batidos pelo New England Patriots (equipe com a segunda melhor campanha da AFC) por 20 x 06. Na Conferência Nacional, outra equipe nascida em 1995 (Carolina Panthers) também chegou à decisão – e também fora derrotada! Vitória dos Packers por 30 x 13...

No Super Bowl XXXI, disputado em New Orleans (em 26.01.1997); vitória tranqüila de Green Bay: 35 x 21!



Jeff Blake fez outra boa temporada (308 passes completos em 549 tentativas; garantindo 3.624 jardas; com 24 TD’s e 14 INT’s; Rating de 80,3); e o WR Carl Pickens chegou ao Pro Bowl com 100 Recepções para 1.180 Jardas e 12 TD’s. Outro convocado para o “Jogo das Estrelas” foi o CB Ashley Ambrose. Nas estatísticas do “jogo corrido”, o RB Garrison Hearst estabeleceu recorde de 847 Jardas (em 225 tentativas); mas não anotou nenhum Touchdown...


Como estes números promissores; a escolha de Corey Dillon no Draft; e a volta do lendário Boomer Esiason (após três anos nos Jets e uma temporada pelos Cardinals); o ano de 1.997 parecia ser o início de uma nova era de vitórias e conquistas em Cincinnati!

Mas sete derrotas nos primeiros oito jogos foram mais do que suficientes para arruinar nossas expectativas...

1ª Rodada – 31.08.1997 – Bengals 24 x 21 Cardinals;
2ª Rodada – 07.09.1997 – Ravens 23 x 10 Bengals;
3ª Rodada – 21.09.1997 – Broncos 38 x 20 Bengals;
4ª Rodada – 28.09.1997 – Bengals 14 x 31 Jets;
5ª Rodada – 05.10.1997 – Jaguars 21 x 13 Bengals;
6ª Rodada – 12.10.1997 – Oilers 30 x 07 Bengals;
7ª Rodada – 19.10.1997 – Bengals 10 x 26 Steelers;
8ª Rodada – 26.10.1997 – Giants 29 x 27 Bengals;
9ª Rodada – 02.11.1997 – Bengals 38 x 31 Chargers;
10ª Rodada – 09.11.1997 – Colts 13 x 28 Bengals;
11ª Rodada – 16.11.1997 – Steelers 20 x 03 Bengals;
12ª Rodada – 23.11.1997 – Bengals 31 x 26 Jaguars;
13ª Rodada – 30.11.1997 – Eagles 44 x 42 Bengals;
14ª Rodada – 04.12.1997 – Bengals 41 x 14 Oilers;
15ª Rodada – 14.12.1997 – Bengals 31 x 24 Cowboys;
16ª Rodada – 21.12.1997 – Bengals 16 x 14 Ravens.

Jeff Blake certamente sentiu a pressão de ser titular (deixando no banco o ídolo da torcida); e seus números foram muito piores que nas últimas temporadas (184 passes completos em 317 tentativas; garantindo 2.125 jardas; com 08 TD’s e 07 INT’s; Rating de 77,6). Boomer Esiason, mesmo veterano e disputando os últimos jogos da carreira; assumiu a titularidade da equipe nos últimos cinco jogos; e estabeleceu ótimas marcas (118 passes completos em 186 tentativas; garantindo 1.478 jardas; com 13 TD’s e 02 INT’s; Rating de 106,9); reafirmando seu talento e sua competência!


Já o novato RB Corey Dillon mostrou que seria um dos destaques da equipe (233 Corridas para 1.129 Jardas e 10 TD’s); enquanto o WR Darnay Scott liderou as estatísticas do “jogo aéreo” (54 Recepções para 797 Jardas e 05 TD’s); superando Carl Pickens.

Apesar do ótimo final de temporada, nenhum jogador dos Bengals fora chamado ao Pro Bowl desde ano.

Observação: em 1.997, o Houston Oilers deixou o Estado do Texas e mudou-se para o Tennessee (inicialmente para Memphis e em seguida para Nashville). A equipe manteve o nome “Oilers” (e seu símbolo: uma torre de petróleo) por duas temporadas; mas a partir de 1.999, assumiu seu nome atual: Tennessee Titans...


Na pós-temporada, o Denver Broncos (liderados por John Elway); que terminou a temporada regular com apenas a 4ª melhor campanha da Conferência Americana; atropelou o Jacksonville Jaguars (42 x 17); o Kansas City Chiefs (14 x 10); e o Pittsburgh Steelers (24 x 21); garantindo o título da AFC e a vaga no Super Bowl XXXII – onde enfrentaria o atual campeão Green Bay. Os Packers eram favoritos ao bi-campeonato; mas os Broncos conseguiram equilibrar o duelo e, ao final, levantaram o Troféu Vince Lombardi pela primeira vez na história (vencendo a partida por 31 x 24).


Existem períodos em que tudo dá errado, não é mesmo?

Bem... 1.998 foi (sem dúvida alguma) o pior ano da minha vida!

Eu estava na Oitava Série (época que definitivamente encerra a fase de transição entre a infância e a adolescência – e é naturalmente conturbada); minha família se mudou de Poços de Caldas (cidade mineira, montanhosa, de clima frio, que amo até hoje) para Uberlândia (cidade mineira situada no cerrado, com clima desértico, que detesto até hoje); tive minhas primeiras desilusões amorosas; dividimos o mesmo teto com a minha avó (que convenhamos: não é uma pessoa fácil de se lidar); sofri bullying por estar chorando quando as luzes do cinema se acenderam no final de Titanic (ok... isso eu mereci!); fui a um show de Sandy & Júnior, na esperança de encontrar a garota mais linda da minha sala... e não a encontrei; o Vasco da Gama foi campeão da Libertadores (e vocês não imaginam a quantidade de torcedores vascaínos que existem em Uberlândia); o Palmeiras conquistou a Copa do Brasil e a Mercosul; o Corinthians venceu o Campeonato Brasileiro; e a França bateu a Seleção Brasileira por 3 x 0 na final da Copa do Mundo!


Ufa... desgraça pouca é bobagem!

E olha que nesta época eu ainda não conhecia Futebol Americano...

Os Bengals terminaram o ano com apenas 03 (três) vitórias – só uma delas em casa; e obviamente na última posição da AFC Central...

1ª Rodada – 06.09.1998 – Bengals 14 x 23 Oilers;
2ª Rodada – 13.09.1998 – Lions 28 x 34 Bengals (prorrogação);
3ª Rodada – 20.09.1998 – Bengals 06 x 13 Packers;
4ª Rodada – 27.09.1998 – Ravens 31 x 24 Bengals;
5ª Rodada – 11.10.1998 – Bengals 25 x 20 Steelers;
6ª Rodada – 18.10.1998 – Oilers 44 x 14 Bengals;
7ª Rodada – 25.10.1998 – Raiders 27 x 10 Bengals;
8ª Rodada – 01.11.1998 – Bengals 26 x 33 Broncos;
9ª Rodada – 08.11.1998 – Jaguars 24 x 11 Bengals;
10ª Rodada – 15.11.1998 – Vikings 24 x 03 Bengals;
11ª Rodada – 22.11.1998 – Bengals 13 x 20 Ravens;
12ª Rodada – 29.11.1998 – Bengals 17 x 34 Jaguars;
13ª Rodada – 06.12.1998 – Bengals 20 x 33 Bills;
14ª Rodada – 13.12.1998 – Colts 39 x 26 Bengals;
15ª Rodada – 20.12.1998 – Steelers 24 x 25 Bengals;
16ª Rodada – 27.12.1998 – Bengals 00 x 35 Buccaneers.


A única boa notícia foi o desempenho de Corey Dillon (primeiro corredor da história dos Bengals a passar de 1.000 Jardas em duas temporadas consecutivas; lembrando que este foi apenas o seu segundo ano como jogador profissional). Ele atingiu 1.130 Jardas em 262 corridas; e anotou 04 TD’s. Mas nem ele (e nem ninguém de Cincinnati) fora convocado ao Pro Bowl...



Neil O’Donnell, experiente Quarterback draftado pelos Steelers em 1.990 (equipe que defendeu por cinco temporadas; antes de se transferir para os Jets em 1.996); convocado para o Pro Bowl em 1.992 e campeão da AFC em 1.995; fora contratado para o lugar do aposentado Boomer Esiason – e foi relativamente bem: 212 passes completos em 343 tentativas; garantindo 2.216 jardas; com 15 TD’s e 04 INT’s; Rating de 90,2. Mas ao final da temporada não teve seu contrato renovado; e o atleta se transferiu para o Tennessee Titans (onde encerrou sua carreira em 2.003).

Nos playoffs, o Denver Broncos (atual campeão e equipe de melhor campanha na temporada regular) confirmou seu favoritismo e garantiu o bi-campeonato da Conferência Americana; derrotando os Dolphins (38 x 03) e os Jets (23 x 10). E no Super Bowl XXXIII não deu chances ao surpreendente Atlanta Falcons – vencendo-os por 34 x 19...



1.999 foi nossa última temporada no Riverfront Stadium/Cinergy Field...


Estádio que recebeu Paul McCartney (1.993); Rolling Stones (1.989 e 1.994); New Kids on the Block e N’Sync (o quê? vocês não conhecem estas duas ‘boys band’s’? Acho que estou ficando velho...); onde vencemos o épico Freezer Bowl (1.982); garantimos nosso segundo título da Conferência Americana (1.989); e Corey Dillon quebrou o recorde de jardas corridas por um novato num único jogo (246 Jardas em 04.12.1997).

Muitas alegrias e algumas decepções ocorreram em seu mítico gramado...

Isto sem falar em sua importância para o baseball com os Reds...


Felizmente, a equipe dos Bengals conseguiu honrar a história do estádio – e suas últimas partidas terminaram com vitória sobre dois rivais emblemáticos: 44 x 30 sobre o San Francisco 49ers (equipe que nos tirou dois Super Bowl’s); e 44 x 28 sobre o Cleveland Browns (nosso maior rival, “renascido” sob o comando da família Lerner), perante quase 60.000 fanáticos torcedores (que vieram se despedir da “velha casa”) – que vibraram com uma atuação impecável de nossa defesa (que cedeu apenas 11 Jardas Terrestres aos visitantes)! Domínio absoluto e incontestável!


Mas isto não significa que a campanha fora digna...

Muito pelo contrário...

1ª Rodada – 12.09.1999 – Titans 36 x 35 Bengals;
2ª Rodada – 19.09.1999 – Bengals 07 x 34 Chargers;
3ª Rodada – 26.09.1999 – Panthers 27 x 03 Bengals;
4ª Rodada – 03.10.1999 – Bengals 10 x 38 Rams;
5ª Rodada – 10.10.1999 – Browns 17 x 18 Bengals;
6ª Rodada – 17.10.1999 – Bengals 03 x 17 Steelers;
7ª Rodada – 24.10.1999 – Colts 31 x 10 Bengals;
8ª Rodada – 31.10.1999 – Bengals 10 x 41 Jaguars;
9ª Rodada – 07.11.1999 – Seahawks 37 x 20 Bengals;
10ª Rodada – 14.11.1999 – Bengals 14 x 24 Titans;
11ª Rodada – 21.11.1999 – Bengals 31 x 34 Ravens;
12ª Rodada – 28.11.1999 – Steelers 20 x 27 Bengals;
13ª Rodada – 05.12.1999 – Bengals 44 x 30 49ers;
14ª Rodada – 12.12.1999 – Bengals 44 x 28 Browns;
15ª Rodada – 26.12.1999 – Ravens 22 x 00 Bengals;
16ª Rodada – 02.01.2000 – Jaguars 24 x 07 Bengals.

Com 04 vitórias e 12 derrotas e a última posição da AFC Central; a torcida de Cincinnati só comemorou a despedida do Estádio e a merecida convocação de Corey Dillon ao Pro Bowl (com 1.200 Jardas em 263 corridas; e 05 TD’s); sendo acompanhado no “Jogo das Estrelas” pelo Kickoff Returner Tremain Mack (que obteve uma impressionante média de 27,3 Jardas por Retorno).



Jeff Blake voltou a ser o QB titular (em seu último ano em Cincinnati), com 215 passes completos em 389 tentativas; garantindo 2.670 jardas; com 16 TD’s e 12 INT’s; Rating de 77,6; assim como Darnay Scott (novamente líder das estatísticas do “jogo aéreo”; com 68 recepções para 1.022 Jardas e 07 TD’s).

Pelo visto, a troca de sede e de nome deu sorte ao Tennessee Titans!

A equipe de Nashville (capital da música country) terminou a temporada com a 4ª melhor campanha da Conferência Americana; mas chegou ao título da AFC, após derrotar os Bills (22 x 16); os Colts (19 x 16) e os Jaguars (33 x 14). Mas a zebra azul e branca parou no Georgia Dome, em 30.01.2000; quando perdeu o Super Bowl XXXIV para o St. Louis Rams (equipe de melhor campanha na Conferência Nacional), por 23 x 16...


Ah, o ano 2000!


O mundo não acabou; o Brasil comemora os 500 anos de seu Descobrimento; os paulistanos lamentam a eleição de Celso Pitta (após as denúncias de sua ex-mulher); os americanos comemoram e o mundo lamenta a eleição de George W. Bush como presidente dos EUA; os nerds comemoram o lançamento do Playstation 2 e do Windows ME; os russos lamentam o naufrágio do submarino Kursk; os australianos comemoram o sucesso dos Jogos Olímpicos de Sydney; os cariocas lamentam o seqüestro do ônibus 174; os corinthianos (e apenas eles) comemoram o título mundial interclubes (deixe aqui sua risada); os brasileiros lamentam a ausência do Campeonato Brasileiro (e a sua substituição pela Copa João Havelange) e comemoram o bi-campeonato de Gustavo Kuerten em Roland Garros...


Sem dúvida... um ano de muitas emoções conflitantes!

Esta constatação também se aplica à torcida dos Bengals...


A primeira partida disputada no Paul Brown Stadium (nosso querido PBS) ocorreu em 19.08.2000; durante a pré-temporada; e terminou com vitória de Cincinnati por 24 x 20 sobre o Chicago Bears. O WR Peter Warrick anotou os primeiros pontos dos Bengals em sua nova casa, ao receber um passe de 14 Jardas para Touchdown (ainda no 1º Quarto)! Mas a estréia oficial da equipe terminou com uma humilhante derrota para o Cleveland Browns (por 07 x 24); na primeira rodada da temporada regular...

1ª Rodada – 10.09.2000 – Bengals 07 x 24 Browns;
2ª Rodada – 17.09.2000 – Jaguars 13 x 00 Bengals;
3ª Rodada – 24.09.2000 – Ravens 37 x 00 Bengals;
4ª Rodada – 01.10.2000 – Bengals 16 x 31 Dolphins;
5ª Rodada – 08.10.2000 – Bengals 14 x 23 Titans;
6ª Rodada – 15.10.2000 – Steelers 15 x 00 Bengals;
7ª Rodada – 22.10.2000 – Bengals 31 x 21 Broncos;
8ª Rodada – 29.10.2000 – Browns 03 x 12 Bengals;
9ª Rodada – 05.11.2000 – Bengals 07 x 27 Ravens;
10ª Rodada – 12.11.2000 – Cowboys 23 x 06 Bengals;
11ª Rodada – 19.11.2000 – Patriots 16 x 13 Bengals;
12ª Rodada – 26.11.2000 – Bengals 28 x 48 Steelers;
13ª Rodada – 03.12.2000 – Bengals 24 x 13 Cardinals;
14ª Rodada – 10.12.2000 – Titans 35 x 03 Bengals;
15ª Rodada – 17.12.2000 – Bengals 17 x 14 Jaguars;
16ª Rodada – 24.12.2000 – Eagles 16 x 07 Bengals.

Em 25.09.2000, após um início de três derrotas em três jogos, Bruce Coslet tornou-se o segundo Treinador Principal dos Bengals a cair no meio de uma temporada regular! Como vimos, o primeiro foi justamente seu antecessor (Dave Shula)! Logo, Coslet fez história em Cincinnati – encerrando seu ciclo exatamente como começou...


Quem assumiu o cargo foi o então Coordenador Defensivo Dick LeBeau.



Charles Richard LeBeau nasceu em 09.09.1937, em London, Ohio. Formou-se pela Ohio State e fora draftado na 5ª rodada de 1959 pelo Cleveland Browns (ainda comandado por Paul Brown); mas nem sequer chegou a estrear, pois foi cortado ainda no Training Camp. Alguns meses depois, assinou contrato com o Detroit Lions – equipe que defendeu por 14 temporadas (de 1959 a 1972).

Jogando como Cornerback ou como Safety, disputou 171 partidas consecutivas (com 62 Interceptações retornadas para 762 Jardas e 03 TD’s); integrando a lendária linha secundária dos Lions da década de 1960 (que também possuía os futuros membros do Hall da Fama: Lem Barney, Yale Lary e Dick “Night Train” Lane). Johnny Unitas sempre mostrou respeito por ele:

- Dick é um bom CB... E fico feliz que o “Night Train” Lane tenha ido embora...


Tão logo se aposentou , LeBeau começou a trabalhar como Treinador de Special Team’s no Philadelphia Eagles – permanecendo na Pennsylvania por três anos; antes de aceitar o convite para treinar a linha secundária dos Packers (cargo que exerceu até 1979). De 1980 a 1991, trabalhou como Coordenador Defensivo dos Bengals (sendo creditado a ele a invenção da chamada “blitz zone”; bem como o sucesso de atletas como Tim Krumrie, David Fulcher e Anthony Muñoz).


Seu profundo conhecimento técnico e tático chamou a atenção dos nossos rivais de Pittsburgh; e Dick assumiu o comando defensivo dos Steelers entre 1992 e 1996; antes de retornar para Cincinnati (em 1997); alternando-se nos cargos de Coordenador Defensivo e Assistente do Treinador Principal.

Mas faltava-lhe o cargo de Treinador Principal no currículo...

Como vimos, seu começo não foi nada promissor (04 vitórias e 09 derrotas); mas as vitórias sobre os Cardinals e Jaguars; aliado a sua larga experiência profissional; foram suficientes para que a diretoria apostasse no seu trabalho (por pelo menos mais um ano)...



Peter Warrick não foi apenas o primeiro jogador a anotar pontos no PBS; mas também foi o melhor recebedor da equipe nesta temporada (51 passes recebidos para 592 Jardas e 04 TD’s). E sem Jeff Blake (negociado com o New Orleans Saints); Akili Smith e Scott Mitchell duelaram pela titularidade na posição de QB. Melhor para Smith – com 118 passes completos em 267 tentativas; garantindo 1.253 jardas; com 03 TD’s e 06 INT’s; Rating de 52,8. Mas nenhum atleta superou o desempenho de Corey Dillon (315 corridas para 1.435 Jardas e 07 TD’s); que o levou a ser o único jogador dos Bengals no Pro Bowl.


Enquanto amargávamos outra temporada ruim... tivemos de assistir à rápida ascensão do Baltimore Ravens (equipe fundada a apenas cinco anos); que terminou a temporada regular com a 4ª melhor campanha da Conferência Americana; e chegou ao título da AFC após derrotar os Broncos (21 x 03); os Titans (24 x 10) e os Raiders (16 x 03).

Na verdade, a história dos Ravens de 2000 é muito semelhante à do Tennessee Titans de 1999 (classificação aos playoffs com a 4ª campanha da AFC; três vitórias surpreendentes – duas delas fora de casa; e no Super Bowl enfrentariam equipes campeãs da Conferência Nacional que fizeram a melhor campanha da temporada regular).

Seria ótimo se o N.Y. Giants (campeão da NFC em 2000) também tivesse repetido os passos do St. Louis Rams (campeão da NFC em 1999) e conquistasse o título no Super Bowl XXXV... Mas a incrível defesa de Baltimore, capitaneada por Ray Lewis (eleito MVP da partida) não deu qualquer chance ao ataque nova-iorquino; e os “Corvos Púrpuras” conquistaram seu primeiro troféu Vince Lombardi após uma vitória tranqüila por 34 x 07...


Em 2001, o desempenho dos Bengals melhorou...

Um pouco...

Bem pouco na verdade...

Mas melhorou...

O RB Corey Dillon continuou dando show (340 corridas para 1.315 Jardas e 10 TD’s; além de anotar outros três recebendo passes) e indo sozinho ao Pro Bowl...



Jon Kitna ultrapassou Akili Smith e Scott Mitchell; e assumiu a titularidade na posição de QB de Cincinnati (com 313 passes completos em 581 tentativas; garantindo 3.216 jardas; com 12 TD’s e 22 INT’s; Rating de 61,1)...

Peter Warrick continuou dominando o “jogo aéreo” no PBS (70 passes recebidos para 667 Jardas e 01 TD)...

E Cincinnati fez sua melhor campanha desde 1997!

1ª Rodada – 09.09.2001 – Bengals 23 x 17 Patriots;
(*) 3ª Rodada – 23.09.2001 – Bengals 21 x 10 Ravens;
4ª Rodada – 30.09.2001 – Chargers 28 x 14 Bengals;
5ª Rodada – 07.10.2001 – Steelers 16 x 07 Bengals;
6ª Rodada – 14.10.2001 – Bengals 24 x 14 Browns;
7ª Rodada – 21.10.2001 – Bengals 00 x 24 Bears;
8ª Rodada – 28.10.2001 – Lions 27 x 31 Bengals;
9ª Rodada – 11.11.2001 – Jaguars 30 x 13 Bengals;
10ª Rodada – 18.11.2001 – Bengals 07 x 20 Titans;
11ª Rodada – 25.11.2001 – Browns 18 x 00 Bengals;
12ª Rodada – 02.12.2001 – Bengals 13 x 16 Buccaneers (prorrogação);
13ª Rodada – 09.12.2001 – Bengals 10 x 14 Jaguars;
14ª Rodada – 16.12.2001 – Jets 15 x 14 Bengals;
15ª Rodada – 23.12.2001 – Ravens 16 x 00 Bengals;
16ª Rodada – 30.12.2001 – Bengals 26 x 23 Steelers (prorrogação);
(*) 2ª Rodada – 06.01.2002 – Titans 21 x 23 Bengals.

(*) Este último jogo, no Adelphia Coliseum, deveria ter ocorrido no dia 16.09.2001; mas graças ao ataque terrorista de 11 de Setembro (que derrubou as Torres Gêmeas em N.Y. e destruiu parcialmente o edifício do Pentágono em Washington D.C.); a “segunda rodada” foi re-designada para a primeira semana de janeiro de 2002. Isto desencadeou um aumento significativo nos procedimentos de segurança em todas as partidas da NFL – embora todos os oito jogos disputados no Paul Brown Stadium tenham ocorrido sem incidentes...


Evidentemente, estas 06 vitórias conquistadas não foram suficientes para nos levar à pós-temporada; e mais uma vez terminamos na última posição da AFC Central...

Nos playoffs, um garoto de San Mateo (Califórnia), draftado apenas na sexta rodada de 2000 (199ª escolha geral); usando uma camisa nº 12; começou a escrever seu nome na história do New England Patriots...


A equipe de Massachusetts, fundada em 1959 e bi-campeã da Conferência Americana (títulos conquistados em 1985 e 1996); conquistou seu terceiro título da AFC após bater o Oakland Raiders por 16 x 13 (na prorrogação); e o Pittsburgh Steelers (time com a melhor campanha de 2001) por 24 x 17...

Em 03 de Fevereiro de 2002, no Louisiana Superdome; os Patriots enfrentariam o St. Louis Rams (equipe campeã e com a melhor campanha da Conferência Nacional). Curiosamente, este seria o terceiro Super Bowl da história de New England; e todos os três jogos foram disputados neste mesmo estádio (em New Orleans).

Apesar do favoritismo dos Rams (as bolsas de apostas pagavam 14 por 01); Thomas Edward Patrick Brady Jr. tratou de tornar o “grande jogo” ainda mais emocionante – e no final, sua equipe sagrou-se campeã por 20 x 17...


A 83ª Temporada Regular da NFL marcou o início de uma nova era!

Houston (a maior cidade do Estado do Texas e a quarta maior dos EUA) venceu a disputa com Los Angeles e recebeu a 32ª franquia de futebol americano profissional – estimada inicialmente em US$ 700 milhões. Nasciam os Texans!


Com isso, o antigo modelo de três Divisões (West, Central e East) tornou-se inviável; e a Liga propôs um re-alinhamento das equipes em quatro “grupos” (adotando um critério geográfico mais “lógico”; sem desconsiderar as rivalidades históricas).

Vejamos as principais mudanças:

·         Seattle Seahawks foi a única equipe que mudou de Conferência – deixando a AFC West para ingressar a NFC West;

·         Arizona Cardinals deixou a NFC East e ingressou na NFC West;

·         Indianapolis Colts, Jacksonville Jaguars, Tennessee Titans e Houston Texans formariam a nova AFC South;

·         Atlanta Falcons, Carolina Panthers, New Orleans Saints e Tampa Bay Buccaneers formariam a nova NFC South;

·         As duas Divisões Centrais (tanto da AFC quanto da NFC) passariam a ser chamadas de North Division – mantendo as mesmas equipes (exceto os Titans, Jaguars e Buccaneers);

·         Poucas alterações ocorreram nas Divisões do Leste (East) – apenas a saída dos Colts e Cardinals.


As mudanças também afetaram os playoffs: os quatro campeões de Divisão e as duas melhores equipes “sem título” se classificariam em cada Conferência. A rodada de “Wild Card” passaria a ser disputada entre as duas equipes “sem título” e os dois piores “campeões”. O melhor classificado nesta fase encara o “campeão” com a segunda melhor campanha da Conferência; e o pior classificado na rodada de “Wild Card” enfrenta o “campeão” com a melhor campanha na temporada regular. Como sempre, o “mando de campo” pertence ao “campeão” melhor classificado – sendo que a única possibilidade de uma equipe não-campeã jogar em seus domínios é enfrentar na final a outra não-campeã!

Em suma: esta é a NFL que conhecemos hoje!

Apesar de todas estas mudanças, em Cincinnati pouca coisa mudou...

1ª Rodada – 08.09.2002 – Bengals 06 x 34 Chargers;
2ª Rodada – 15.09.2002 – Browns 20 x 07 Bengals;
3ª Rodada – 22.09.2002 – Falcons 30 x 03 Bengals;
4ª Rodada – 29.09.2002 – Bengals 35 x 07 Buccaneers;
5ª Rodada – 06.10.2002 – Colts 28 x 21 Bengals;
6ª Rodada – 13.10.2002 – Bengals 07 x 34 Steelers;
7ª Rodada – 27.10.2002 – Bengals 24 x 30 Titans;
8ª Rodada – 03.11.2002 – Texans 03 x 38 Bengals;
9ª Rodada – 10.11.2002 – Ravens 38 x 27 Bengals;
10ª Rodada – 17.11.2002 – Bengals 27 x 20 Browns;
11ª Rodada – 24.11.2002 – Steelers 29 x 21 Bengals;
12ª Rodada – 01.12.2002 – Bengals 23 x 27 Ravens;
13ª Rodada – 08.12.2002 – Panthers 52 x 31 Bengals;
14ª Rodada – 15.12.2002 – Jaguars 29 x 15 Bengals;
15ª Rodada – 22.12.2002 – Bengals 20 x 13 Saints;
16ª Rodada – 29.12.2002 – Bills 27 x 09 Bengals.

Duas vitórias e quatorze derrotas...

Sete derrotas nos primeiros sete jogos...

Uma mísera vitória em casa...


Justiça seja feita: a diretoria bem que tentou! Contratou o QB Gus Frerotte (Free Agent) para comandar o ataque dos Bengals; mas seu desempenho foi tão ruim (mas tão ruim), que Jon Kitna voltou a ser titular. Ele terminou o ano com 294 passes completos em 473 tentativas; garantindo 3.178 jardas; com 16 TD’s e 16 INT’s; Rating de 79,1...

Corey Dillon foi (novamente) a principal estrela do ataque (314 corridas para 1.311 Jardas e 07 TD’s); mas desta vez dividiu os holofotes com o segundo-anista Chad Javon Johnson (guarde este nome, pois falaremos muito sobre ele no próximo Capítulo); que terminou a temporada com 69 passes recebidos para 1.166 Jardas e 05 TD’s...


Desde 1989, esta foi a primeira vez que a linha ofensiva contou com um QB capaz de lançar mais de 3.000 Jardas; um RB capaz de correr mais de 1.000 Jardas; e um WR capaz de receber passes por mais de 1.000 Jardas... Também foi elogiável a atuação do Fullback Lorenzo Neal (único atleta convocado para o Pro Bowl)!

Mas como manter um Técnico Principal com resultados tão ruins?

Em 30 de Dezembro de 2002, Dick LeBeau deixou o cargo...

Mas diferentemente de Dave Shula (que abandonou o esporte); Dick foi convidado para assumir o cargo de Assistente do Treinador Gregg Williams no Buffalo Bills; e desde 2004, trabalha como Coordenador Defensivo do Pittsburgh Steelers (sendo um dos principais responsáveis pela chamada “Cortina de Aço”). E mesmo aos 76 anos de idade (sendo os últimos 55 dedicados ao futebol americano); LeBeau não demonstra a menor vontade de parar...


Embora dificilmente volte a ser Treinador Principal de alguma equipe!

Nos playoffs da Conferência Americana, nenhuma "zebra": as duas equipes com as melhores campanhas da temporada regular (respectivamente Oakland Raiders e Tennessee Titans) chegaram à final; e os californianos (com a melhor campanha) venceram com facilidade: 41 x 24. Porém, no Super Bowl XXXVII, disputado em San Diego (estádio de seus rivais); os Raiders foram massacrados pelo surpreendente Tampa Bay Buccaneers (48 x 21)!

Já em Cincinnati... a crise não parecia ter fim!

Era consenso que estávamos no fundo do poço...

E a escolha para suceder Dick LeBeau não poderia ter sido mais arriscada: um Coordenador Defensivo vindo do Washington Redskins; com passagens pelo Baltimore Ravens e Pittsburgh Steelers; sem qualquer experiência como Treinador Principal (nem mesmo no futebol universitário)...

Seu nome?

Marvin Ronald Lewis