terça-feira, 29 de outubro de 2013

Temporada 2013 – Jogo 08 – Bengals 49 x 09 Jets


Ah, os anos 80!

A chamada “década perdida” (em grande parte graças à estagnação econômica e inflação descontrolada) foi marcada por inúmeros acontecimentos políticos, econômicos, sociais e culturais! Pode não ter tido o charme dos anos de 1960 (com o requinte da MPB e da Bossa Nova, que fizeram a cabeça do chamado “Primeiro Mundo”) ou a intensidade dos anos de 1970 (com a revolução política, cultural e sexual que derrubou velhos tabus); mas sua importância histórica é incontestável!


Foi o fim da “Era Industrial” e o início da “Era da Informação” (com o embrião da internet e a popularização da televisão); marcou o final da “Guerra Fria” e o início da “Nova Ordem Mundial”; o Brasil deixou para trás décadas de atraso sob o rígido controle dos militares e rapidamente se integrou à nova Globalização; e a Seleção Brasileira de futebol apresentou seus últimos lampejos de encanto e genialidade (antes que os treinadores táticos arruinassem nosso talento nato em prol dos “resultados”!).


Musicalmente, foi a década da consolidação do Rock nacional (com grupos como Kid Abelha, Barão Vermelho, Paralamas dos Sucesso, Legião Urbana, Blitz e Titãs). Foi também a década de Madonna, Michael Jackson, Cindy Lauper e outros ícones do Pop. Na televisão, nascia a “rainha dos baixinhos” Xuxa; rivalizando com o seriado Chaves, o humorístico TV Pirata e o programa infantil Balão Mágico. As crianças (como eu, que nasci em 1983) e os adolescentes brincavam com Atari, Pogobol e Genius...


E como era bom acordar domingo de manhã para acompanhar as corridas de Fórmula 1, com os inesquecíveis embates entre Alain Prost, Nigel Mansel, Nelson Piquet e Ayrton Senna, né?


Isto sem falar na NFL, né?

Os anos de 1980 foram marcados pelas melhores campanhas da história dos Bengals... Ao longo da década, foram 81 vitórias e 71 derrotas; com dois títulos da Conferência Americana (pós-temporadas de 1981 e 1988); e verdadeiras lendas trajando nosso uniforme laranja (como Ken Anderson, Boomer Esiason, Ickey Woods e Dan Ross)!


Ok... nem tudo era tão bom na década de 1980... como vemos por essas Ben-Gal's da época...


Mas qual a razão de tanto saudosismo?

Oras... no último domingo, 27 de Outubro de 2013, assistimos ao 4º título consecutivo de Sebastian Vettel na Fórmula 1 (igualando o feito de Juan Manuel Fangio e de Michael Schumacher) e a incrível vitória dos Bengals, pelo placar de 49 x 09, em casa, sobre o New York Jets! Para os fãs destes esportes, sempre que vemos recordes sendo quebrados e a história sendo escrita, torna-se impossível não lembrar com carinho de áureos tempos de outrora! Especialmente da “década perdida”, onde comemoramos o auge de nossas equipes!


E assim como Vettel (piloto mais jovem a conquistar seu 4º título na principal categoria do automobilismo mundial, entrando para o seleto grupo de pilotos com quatro ou mais títulos mundiais – Michael Schumacher, com sete títulos; Juan Manuel Fangio, com cinco; e Alain Prost, com quatro); dois jovens: Andy Dalton (Quarterback em seu terceiro ano na NFL) e Marvin Jones (Wide Receiver com duas temporadas como profissional) estabeleceram novo recorde histórico da equipe: anotaram quatro touchdown’s (de 09, 06, 17 e 06 jardas) em um único jogo!


Marvin Jones, que terminou a partida com 08 recepções e um total de 122 jardas conquistadas, foi o primeiro jogador da NFL a conseguir quatro recepções para TD em um único jogo desde a temporada de 2007 (quando Randy Moss e Terrell Owens alcançaram esta marca). Sem dúvida, números impressionantes para um segundo-anista, que em sua temporada de estréia, anotou apenas 01 TD (e que sequer fora relacionado como titular em nenhum dos oito jogos da equipe em 2013)!

Desde a sua primeira partida no Paul Brown Stadium, Jones tem por tradição arremessar suas luvas para a torcida, no caminho para os vestiários... Segundo o atleta, é um modo de retribuir o apoio dos torcedores...

Mas desta vez, a multidão eufórica não ganhou o par de luvas:

- Decidi guardá-las... Vou colocá-las num quadro ou algo assim... Os fãs sabem que costumo jogá-las como lembrança, mas não as desse jogo! Foi a minha melhor atuação e quero guardá-las para sempre como recordação deste momento especial na minha vida...


Se Marvin Jones estava “nas nuvens”, o que dizer de Andy Dalton?

O Ruivo completou 19 de 30 passes, conquistando 325 jardas, com 05 passes para TD (recorde pessoal em sua carreira) e 01 interceptação. Dalton conseguiu romper a marca de 300 jardas pelo terceiro jogo consecutivo; e apresentou seu segundo melhor “passer rating” da temporada (125,7 – só atrás de sua impecável atuação contra o Detroit Lions: 135,9). O último QB que anotou 04 TD’s contra os Jets em um único jogo foi o lendário Dan Marino, em 1988, jogando pelo Miami Dolphins!

Aos 26 anos (completados hoje, dia 29 de Outubro), nosso QB vive o melhor momento de sua carreira – sendo elogiado pela imprensa e por seus colegas de equipe! E sem falsa modéstia, nosso ambicioso atleta deixou claro suas expectativas:

- Este é o padrão de jogo que quero manter! É assim que pretendo continuar jogando! Sei que é difícil alcançá-lo e depende de outros fatores externos... mas vou trabalhar duro para manter esses números elevados!


Os Bengals conquistaram sua quarta vitória consecutiva e se consolidaram na liderança da AFC North (com 2,5 jogos de vantagem para o segundo colocado – Baltimore Ravens); aproveitando-se da frágil e lenta defesa de NY, bem como da inexperiência de seu QB novato Geno Smith – em sua pior performance até agora: acertou 20 de 30 passes, conquistando apenas 159 jardas, sem nenhum TD e com 02 INT retornadas para TD!


Esta foi a maior goleada dos Bengals desde que Marvin Lewis assumiu o comando da equipe (o treinador está em sua 11ª temporada à frente de Cincinnati). Carlos Dunlap, Defensive End que novamente se destacou, resumiu bem a partida:

- Foi um jogo excelente! Esta foi a primeira partida em que os Bengals conseguiram se impor sobre o adversário, dominando-os do início ao fim, e não possibilitando chances de reação! Este jogo foi importante para a auto-afirmação de nosso talento!


Os Jets continuam seu calvário de vitórias e derrotas alternadas; mas esta foi a pior derrota sofrida pela equipe alvi-verde de Nova Iorque desde a goleada pelo placar de 45 x 03 para o New England Patriots, na temporada de 2010!

Geno Smith reconheceu a inconstância da equipe, mas acredita que “dias melhores virão” para sua torcida:

- Esta temporada vem sendo marcada por muitos altos e baixos... Às vezes jogamos bem... outras vezes não... Isso é parte do desenvolvimento da equipe...


Para se ter uma idéia do domínio dos Bengals nesta partida, a equipe de Cincinnati anotou seus dois primeiros TD’s nas duas primeiras campanhas ofensivas; enquanto o time nova-iorquino conseguiu apenas 01 jarda de avanço “líquido” (descontando as jardas perdidas em sack’s e tackle’s) no 1º Quarto – pior desempenho do ataque dos Jets, em um único período, desde a temporada de 2009!

O único jogador a pontuar pelos Jets foi o Kicker Nick Folk, que converteu três Field Goal’s (de 45, 47 e 50 jardas). Falando em Kicker, nosso herói Mike Nugent desta vez só entrou em campo para chutar Extra Point’s – e não decepcionou, convertendo todos os sete (ou seja: ele, sozinho, anotou mais pontos do que toda a linha ofensiva de NY, sem precisar chutar um único FG)!

E a defesa deles não foi melhor: tentaram a marcação “homem a homem”, focada nos deslocamentos de nossos Running Back’s e Tigh End’s, prejudicando nossos passes curtos e o nosso jogo corrido... acreditando na “lenda” de que o Ruivo não seria capaz de acertar passes longos!

Ledo engano!

Protegido pela linha ofensiva e com tempo de sobra para passes profundos, Dalton criou inúmeras jogadas aéreas para Marvin Jones (08 recepções e 122 jardas), A.J. Green (03 recepções e 115 jardas), Mohamed Sanu (01 recepção e 24 jardas), Tyler Eifert (02 recepções e 23 jardas), Jermaine Gresham (02 recepções, 14 jardas e 01 TD), Giovani Bernard (01 recepção e 09 jardas) e Dane Sanzenbacher (02 recepções e 18 jards).


Estes números mostram o equívoco do Treinador Rex Ryan, que ordenou uma marcação dupla (por vezes tripla) sobre nossos maiores talentos (como A.J. Green, BenJarvus Green-Ellis e Jermaine Gresham); mas que deixou espaço suficiente para os outros “alvos” de Andy Dalton “fazerem a festa”! Sobre o colapso de sua defesa, o treinador desabafou:

- Confesso que estou absolutamente surpreso com o que vi em campo! Nossa cobertura simplesmente não funcionou... e sofremos cinco TD’s “aéreos”! Não sei quantas vezes isso aconteceu na minha carreira... mas tenho certeza que foram poucas vezes!


Além destes cinco TD’s “aéreos”, Geno Smith mostrou que ainda tem muito a aprender com os profissionais! No segundo tempo, o QB novato cometeu pelo menos dois erros graves, que resultaram em outros dois TD’s dos Bengals!

Logo na primeira jogada após o intervalo, Geno tentou um passe curto para Jeremy Kerley... mas Chris Crocker interceptou a bola e retornou para TD, correndo por 32 jardas! E na primeira campanha do último período, Smith tentou novo passe curto, desta vez para David Nelson... mas lá estava Adam “Pac Man” Jones, que recuperou a bola e correu por 60 jardas, para anotar nosso último TD da partida!


Foi a primeira vez que os Bengals retornaram duas INT’s para TD, numa mesma partida, desde 16 de Dezembro de 1984 (contra o Buffalo Bills)!

“Prá não dizer que não falei das flores”, nossa preocupação para o resto da temporada fica por conta de nosso Departamento Médico, que este final de semana, ganhou mais um nome de peso: Rey Maualuga! O gigante deixou o gramado ainda no primeiro tempo da partida, sentindo dores no joelho esquerdo e (aparentemente) tendo sofrido uma concussão, ao tentar fazer um Tackle...


Maualuga se une a Andrew Whitworth (joelho); Devon Still (cotovelo); Mohamed Sanu (ombro); Taylor Mays (ombro); Leon Hall (tendão de Aquiles); Wallace Gilberry (virilha); Rex Burkhead (tendão) e Michael Boley (tendão); atletas que não treinaram nesta segunda-feira e são dúvidas para a próxima partida (com exceção de Still, Mays e Hall – cujas ausências estão confirmadas e nem viajam com o resto da equipe).

Confesso que nos anos de 1980 não conhecia futebol americano... Mas desde o final da década de 1990, acompanho os resultados dos Bengals; e posso dizer que nunca vi uma equipe tão talentosa e promissora quanto esta! São jogadores jovens, mas forjados pelas batalhas travadas nas últimas duas temporadas, com grande potencial de se tornarem uma das principais forças da NFL nos próximos anos!

E que ninguém se espante se, ao final desta temporada, os Bengals conquistem não apenas o título da Conferência Norte da AFC... mas busquem vôos mais altos! Afinal, a cada vitória, o sonho do primeiro Troféu Vince Lombardi parece se tornar mais concreto!

Claro que ainda é um sonho distante...

Claro que existem outras equipes bem à nossa frente...

Claro que existem muitos problemas que devem ser corrigidos...

Mas... sonhar não custa nada, não é mesmo?

Esta semana, o Kansas City Chiefs derrotou o Cleveland Browns por 23 x 17; e o Pittsburgh Steelers perdeu para o fraco Oakland Raiders por 21 x 18! Como o Baltimore Ravens descansou... a vantagem dos Bengals cresceu para 2,5 jogos!


No próximo domingo, dia 03 de Novembro, às 19:30 (horário de Brasília), mais um “clássico” entre Cleveland Browns e Baltimore Ravens (com provável vitória dos Ravens, mesmo fora de casa). Neste mesmo dia e horário, os Steelers viajam para enfrentar o New England Patriots (e devem voltar para casa com sua sexta derrota).

Já os Bengals não terão muito tempo para comemorar esta vitória histórica sobre os Jets; pois entram em campo nesta quinta-feira, 31 de Outubro de 2013, às 22:30 (horário de Brasília) no Sun Life Stadium, para enfrentar o Miami Dolphins!


Com o potencial (e provável) enfraquecimento dos Patriots em 2013; os Dolphins foram apontados como favoritos para a conquista do título da AFC East (ao lado do NY Jets) – e nas três primeiras semanas, conquistaram três excelentes vitórias (23 x 10 contra os Browns, em Cleveland; 24 x 20 nos Colts, em Indianapolis; e 27 x 23 nos Falcons, em casa); o que parecia confirmar o favoritismo...

Mas o rendimento da equipe caiu vertiginosamente e a equipe da Flórida perdeu quatro partidas consecutivas (38 x 17 para os Saints, em New Orleans; 26 x 23 para os Ravens, em casa; 23 x 21 para os Bills, em Miami; e 27 x 17 para os Patriots, fora). E mesmo o descanso na sexta semana não resolveu os problemas do time...


Analisando os números desta temporada, os Bengals levam vantagem em quase todos os índices analisados (total de jardas por jogo, jardas aéreas por jogo, jardas terrestres por jogo, pontos por jogo, conversões em terceira descida, tempo de posse de bola, total de jardas sofridas por jogo, jardas aéreas sofridas por jogo, jardas corridas sofridas por jogo, e pontos sofridos por jogo); e mesmo o fato de jogar fora de Cincinnati não nos parece preocupante – já que a torcida do Miami é famosa justamente por pressionar pouco os adversários... e jogando em casa, os Dolphins conseguiram apenas 01 vitória em 03 jogos!

Mas que ninguém se engane, pensando que será outra “goleada”!


Ryan Tannehill é um bom QB, em sua segunda temporada na NFL, completando 155 de 261 passes, conquistando 1.769 jardas e 11 passes para TD. O problema é a falta de proteção de sua linha ofensiva (pois foi sackado 32 vezes nesta temporada) e o alto número de interceptações (09 até agora); o que pode ser bem explorado por nossa defesa!

O jogo terrestre de Miami é forte, com Lamar Miller (77 corridas, 343 jardas e 02 TD’s) e Daniel Thomas (48 corridas para 178 jardas e 02 TD’s); mas é no jogo aéreo que a equipe se destaca, com Brian Hartline (35 recepções, 438 jardas e 02 TD’s); Mike Wallace (30 recepções, 398 jardas e 01 TD); Charles Clay (29 recepções, 341 jardas e 03 TD’s) e Brandon Gibson (30 recepções, 326 jardas e 03 TD’s). Podem não ser números expressivos individualmente, mas demonstram a grande variedade de jogadas do ataque dos Dolphins...

Além disso, as equipes jogarão numa quinta-feira... com pouco tempo para treinarem e se recuperarem das partidas disputadas no último domingo! Por sorte, os Bengals puderam jogar com os reservas praticamente todo o último Quarto – diferentemente dos Dolphins, que lutaram até o fim na derrota para os Patriots...

Lembremo-nos também que, na série histórica, somos tradicionais fregueses da equipe “laranja, verde e branca”!

São 14 vitórias dos Dolphins e apenas 05 vitórias dos Bengals. E no único encontro na pós-temporada, nova derrota de Cincinnati, por 34 x 16, em Miami...

Por último... o jogo será disputado na noite do Halloween!


Uma das muitas lendas celtas garante que os espíritos de todos aqueles que morreram ao longo do último ano voltariam a vagar nesta noite, à procura de corpos vivos que pudessem ocupar e utilizar pelo próximo ano... Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite de 31 de Outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casas, para que elas se tornassem frias e desagradáveis; e usavam fantasias assustadoras, afim de assustar as almas que procuravam corpos...

Tomara que os “espíritos” guerreiros do “Undefeated Team”, responsáveis pela temporada perfeita de 1972 (Os Dolphins foram a única equipe campeã invicta da NFL), não estejam passeando pelos arredores do Sun Life Stadium... e muito menos decidam ocupar os corpos dos atletas da equipe da Flórida!


O jeito é torcer para o Boston Red Sox vencer o sexto jogo da World Series 2013 (nesta quarta-feira), encerrando a disputa do “emocionante” baseball em 04 x 02 sobre o St. Louis Cardinals (ou a ESPN irá transmitir o jogo nº 07 no lugar do Thursday Night Football); colocar fantasias de monstros; decorar a casa com algumas abóboras; e assistir ao grande jogo entre Cincinnati Bengals e Miami Dolphins!


WHO DEY???


"Doce ou Travessura?"


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Temporada 2013 – Jogo 07 – Lions 24 x 27 Bengals



Eu te amo, Bengals, eu te amo tanto

Que o meu peito me dói como em doença
E quanto mais me seja a dor intensa
Mais cresce na minha alma teu encanto.
Como a criança que vagueia o canto
Ante o mistério da amplidão suspensa
Meu coração é um vago de acalanto
Berçando versos de saudade imensa
Não é maior o coração alma
Nem melhor a presença que a saudade
Só te amar é divino, e sentir calma...
E é uma calma tão feita de humildade
Que tão mais te soubesse pertencida
Menos seria eterno em tua vida”.


Peço licença aos leitores habituais deste blog para escrever uma resenha um pouco diferente esta semana... mas creio que todos nós, torcedores dos Bengals, merecemos celebrar esta incrível vitória (conquistada fora de casa, literalmente no último segundo da partida), de modo especial!

E como me falta o talento (e a genialidade) do “poetinha” Vinicius de Moraes (um dos meus maiores ídolos, e que no último sábado, dia 19 de Outubro de 2013, estaria completando 100 anos de idade); cometi o “sacrilégio” de macular a obra-prima “Soneto de Contrição” - substituindo a sua amada Maria pelo nome da equipe de Cincinnati que, nesta última década, arrebatou meu coração!

A primeira posse de bola da partida pertenceu à equipe da casa, mas o Detroit Lions conseguiu apenas uma primeira descida, e foi obrigada a devolver a bola aos Bengals, numa campanha que começou na linha de 10 jardas de nosso campo defensivo...

E logo nesta primeira campanha, Andy Dalton acertou um passe longo (na verdade muito longo!) para A.J. Green; que cortou o Cornerback Chris Houston e avançou livre para a End Zone – anotando o primeiro Touchdown do jogo! Nosso “Orfeu Negro” correu por exatamente 82 jardas, diante de uma incrédula torcida azul no Ford Field...

Pensem nas crianças

Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas...



A.J. Green terminou a partida com seis recepções, 01 TD e 155 jardas...

No 1º Quarto, os Bengals conseguiram manter a posse de bola por apenas 01:42; mas apesar do volume de jogo infinitamente superior, os Lions só conseguiram anotar 01 TD também: através de um passe curto (03 jardas) de Matthew Stafford para o Tight End Brandon Pettigrew, empatando a partida em 07 x 07...


E a virada aconteceu no começo do 2º Quarto, com um Field Goal de 36 jardas convertido por David Akers...

Na campanha seguinte, Andy Dalton acertou outro passe longo, também recepcionado por A.J. Green (desta vez de 27 jardas); e os Bengals conseguiram chegar à linha de 29 jardas do campo de ataque – mas numa 4ª para 12, o jeito foi deixar Mike Nugent chutar um FG de 47 jardas...


E ele errou...

Se você está pensando

Que eu estou me importando
Claro que eu estou!
Eu não sou feito essa gente
Que ama e de repente
Tchau, e se acabou
Não, eu sofri muito, demais
Porque a minha grande paz
Vinha de você
É, pus você alto demais
Com cuidados tão legais
Que nem vi você descer
Mas a vida continua
Sai e anda na rua
Entre a multidão
Os amigos dão mão forte
E há nada que conforte
Mais que o violão
É, vou cuidar melhor de mim
Vou fazer meu samba assim
Bem alegre e natural
É, você vai saber de mim
Muita nota no Ibrahim
Muito nome no jornal
Ri melhor quem ri no fim!


Na campanha seguinte, os Lions chegaram à linha de 16 jardas do campo de ataque, numa 4ª para 08 jardas, faltando 02:30 para o intervalo... Teoricamente, um FG fácil, de apenas 34 jardas (ainda mais num estádio coberto como o Ford Field), que deixaria o placar em 13 x 07 para a equipe de Detroit...

David Akers foi para a bola...

Chutou...

E Carlos Dunlap bloqueou a bola!


Reggie Nelson recuperou a bola “viva” e correu por 16 jardas, quando sofreu um fumble! Mas Dre Kirkpatrick estava atento, salvou a jogada e ainda levou os Bengals até a linha de 40 jardas do campo de ataque! Inacreditável!

É comum a gente sonhar, eu sei

Quando vem o entardecer
Pois eu também hei de sonhar
Um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenino
Dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho
De tanto amor que ele tem
De repente o vejo se transformar
Num menino igual a mim
Que vem correndo me beijar
Quando eu chegar lá de onde vim
Um menino sempre a me perguntar
Um porquê que não tem fim
Um filho a quem só queira bem
E a quem só diga que sim
Dorme, menino levado
Dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado
De tanta dor que ele tem


O arrogante e prepotente Treinador Jim Schwartz foi obrigado a engolir seu orgulho, e reconheceu que este foi o “lance chave” da partida:


- O momento decisivo deste jogo foi o bloqueio do Field Goal, pois acabou sendo um lance de 10 pontos...



Não entendeu? Eu explico!

Sete jogadas depois, Andy Dalton acertou um passe curto para Marvin Jones, que correu por 12 jardas e anotou nosso segundo TD! Logo, os Lions perderam não apenas os 03 pontos do FG bloqueado, como também sofreram a virada – indo para os vestiários perdendo por 14 x 10!

Amo-te tanto, meu amor... não cante

O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude”.



O 3º Quarto não poderia ter começado melhor! Logo na primeira campanha, nosso TE novato Tyler Eifer recebeu um passe de 32 jardas e anotou nosso terceiro TD (o primeiro de sua carreira profissional)! O garoto de Notre Dame terminou a partida com três recepções e 45 jardas...


Com o placar em 21 x 10, a vantagem conquistada parecia sólida o suficiente para garantir nossa quinta vitória na temporada... mas a partida contra os Bills, na última semana, não nos deixava esquecer que...

São demais os perigos desta vida

Pra quem tem paixão principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao lugar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Ai então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher
Deve andar perto uma mulher que é feita
De música, luar e sentimento
E que a vida não quer de tão perfeita
Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento
Tão cheia de pudor que vive nua”.


E a resposta de Detroit veio rápida – com Matthew Stafford acertando passe longo (27 jardas) para Calvin Johnson invadir nossa End Zone...


Faltando 03:42 para terminar esta terceira etapa, Mike Nugent ampliou nossa vantagem, acertando um FG de 48 jardas – deixando o placar em 24 x 17...

Mas logo na primeira campanha dos Lions no último Quarto...

De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente”.


Calvin Johnson, justificando seu apelido de “Megatron”, parecia mesmo um super-herói, correndo por 50 jardas e recebendo o passe, dentro da End Zone dos Bengals, mesmo com a cobertura tripla de nossos defensores...


Matthew Stafford não poupou elogios ao colega:


- Foi uma das recepções mais incríveis que já vi!


O QB dos Lions fez sua melhor partida na temporada, completando 28 de 51 passes, conquistando 357 jardas, com três passes para TD e nenhuma interceptação. E mesmo enfrentando a excelente defesa dos Bengals, não foi sackado nenhuma vez... gerando um Passer Rating de 96,6. Curiosamente, foi a primeira partida da temporada 2013 que Stafford não correu nenhuma vez com a bola...


Já o “Megatron” mostrou-se totalmente recuperado (após a lesão que prejudicou suas atuações contra Chicago, Green Bay e Cleveland), com 09 recepções, 155 jardas e 02 TD's... sendo esta a sua melhor partida do ano...

Com a partida empatada em 24 x 24, o último Quarto foi dramático!

Muitas faltas e erros dos QB's, com jogadas violentas de todos os lados...

E a parada do “Two Minute Warning” chegou, com a bola nas mãos dos Bengals, na linha de 38 jardas do campo de ataque, numa 3ª para 01 jarda...

Venha se perder nesse turbilhão

Não se esqueça de fazer
Tudo o que pedir esse seu coração
Tem muita gente que só vive prá pensar;
Existe aquele que não pensa prá viver
Eu, por exemplo, na paixão,
mesmo que tenha que sofrer,
Eu abro o jogo e o coração
E deixo o meu barco correr.
Tem muita gente que não quer se complicar
Existe aquele que não perde a sua fé
Eu, por exemplo, meu amigo,
Pelo amor de uma mulher
Eu viro a cara pro perigo
E seja lá o que Deus quiser”.


Aqui cabe um parênteses importante: JERMAINE GRESHAM!


Nosso principal Tight End, camisa nº 84, draftado pelos Bengals em 2010 e, desde então, um de nossos maiores talentos, foi nosso segundo melhor recebedor da partida – com 04 recepções e 64 jardas... só atrás de A.J. Green!

E mesmo assim... saiu de campo como o nosso maior vilão!

No 2º Quarto, faltando 08:28 para acabar o primeiro tempo, Andy Dalton fez um passe curto para Giovani Bernard, que recebeu a bola e se infiltrou no meio da defesa dos Lions, garantindo um avanço de 07 jardas que posicionaria os Bengals na linha de 20 jardas do campo de ataque – numa 2ª para 03 jardas!

Porém, após o lance, Jermaine Gresham agrediu o árbitro que tentava “acalmar os ânimos”; e foi punido por “conduta anti-desportiva” - resultando numa perda de 15 jardas... e uma 2ª descida para 18 jardas – que se transformou no FG perdido por Mike Nugent...

Marvin Lewis, visivelmente furioso com o atleta, mandou-o para os vestiários mais cedo, para esfriar a cabeça... mas no segundo tempo, Gresham voltou a campo! E fez uma boa partida, com destaques para a recepção de 30 jardas na metade do 3º Quarto; e para o passe de 22 jardas na metade da última etapa...


Fechando o parênteses: os Bengals estavam com a bola, após o “Two Minute Warning”, numa 3ª para 01 jarda, na linha de 38 jardas do campo de ataque...

Uma corrida simples... um “first down”... e os Bengals poderiam administrar o relógio e tentar, no mínimo, um FG para garantir a vitória...

Mas Jermaine Gresham cometeu outra falta... “False Start”... e a perda de 05 jardas!

Para piorar, Andy Dalton foi derrubado pela primeira (e única) vez na partida, resultando numa perda de 08 jardas...

Faltando 01:52 para acabar o jogo... os Bengals foram obrigados a chutar a bola de volta para as mãos dos Lions...

Tristeza

Por favor vai embora
A minha alma que chora
Está vendo o meu fim
Fez do meu coração
A sua morada
Já é demais o meu penar
Quero voltar aquela
Vida de alegria
Quero de novo cantar
Ia ra rara, Ia ra rara
Ia ra rara, rara
Quero de novo cantar!


Kevin Huber, nosso Punter (por vezes apagado), foi brilhante! Chutou a bola por 45 jardas, sem deixá-la entrar na End Zone, obrigando a equipe da casa a começar sua campanha na linha de 06 jardas de seu campo de defesa...


Em entrevista após a partida, Matthew Stafford reconheceu a importância deste chute:


- Nós estávamos em uma situação dificil... Se fôssemos interceptados ou se sofressemos um fumble, a derrota seria inevitável... E ainda corríamos o risco de um Safety (jogada em que um atleta é derrubado dentro de sua própria End Zone e que vale 02 pontos ao adversário)... Por isso, não forçamos muito em nossa última campanha, à espera da prorrogação...


Faltando 34 segundos para acabar a partida, os Lions convocaram o Punter novato Sam Martin para “isolar a bola” e afastar o perigo...


Mas seu chute foi horrível! Apenas 28 jardas e a bola saiu pela linha lateral praticamente no meio do campo... O garoto reconheceu que estava nervoso:


- Eu pensei que eles iriam bloquear o meu chute, e por isso, tive que chutar rápido... Tentei jogar a bola pela lateral, a fim de evitar o retorno, e foi o que fiz...


Sim, Sr. Martin... mas não foi o suficiente!

Dalton acertou um passe para a “lenda” Sanzenbacher e outro para Gio Bernard, conquistando 15 jardas e posicionando a equipe dos Bengals na marca de 36 jardas do campo de ataque...
Cincinnati gastou seu último “tempo” quando faltava apenas 04 segundos...

E Mike Nugent foi para a bola...

Chutou...


E anotou o Field Goal da vitória!

Essa mulher que se arremessa, fria

E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios
Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria
Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela
Essa mulher é um mundo! Uma cadela
Talvez... mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!”


Andy Dalton foi direto:


- Dois lindos e decisivos chutes em duas semanas consecutivas!



Mike Nugent foi nosso herói pela segunda semana (pois garantiu a vitória na prorrogação contra o Buffalo Bills), e seu pé direito merece ser imortalizado com uma estátua na porta do Paul Brown Stadium! Mas nosso Kicker foi modesto:


- Eu adoro a confiança que esta equipe está mostrando em campo, mesmo nos momentos mais complicados... Acho que nosso treinador merece todo o crédito, pois ele e seus colaboradores estão conseguindo trabalhar o lado emocional da equipe, controlando para que esta confiança não fique alta ou baixa demais...


Marvin Lewis, também aliviado pela vitória, declarou:


- Hoje escrevemos um roteiro digno de Hollywood, com direito a final feliz!


Por outro lado, o Jim “José Mourinho” Schwartz desabafou:


- Eu disse a ele (Stafford) e para o resto da equipe: esta foi uma derrota amarga, e precisamos aprender com esses erros, para não repeti-los no futuro...



Apesar da vitória, há que se lamentar as lesões de cinco atletas: três da equipe da casa e dois visitantes...

Pelo lado dos Lions, os jogadores Riley Reiff (tendão) Corey Hilliard (joelho) e Rashean Mathis (virilha) deixaram o campo lesionados – sendo que apenas Reiff voltou a campo no final da partida. Já os Bengals estão preocupados com Devon Still (cotovelo) e, principalmente, com Leon Hall – cuja lesão no Tendão de Aquiles parece ser mais grave e o atleta é dúvida para a sequencia da temporada...


Com a vitória, os Bengals ampliaram a vantagem e se isolaram ainda mais na liderança da AFC North – graças à vitória do Green Bay Packers sobre o Cleveland Browns, no Lambeau Field, por 31 x 13; e (nunca pensei que diria isto) a excelente vitória do Pittsburgh Steelers, no Heinz Field, pelo placar de 19 x 16 sobre o Baltimore Ravens!


Na próxima semana, oito equipes estarão de “folga” (dentre elas os Ravens); e os Browns encaram a única equipe invicta na NFL (Kansas City Chiefs), fora de casa, no domingo, dia 27 de Outubro de 2013, às 15:00 horas (horário de Brasília)! Por isso, mesmo que os Steelers vençam o fraco Oakland Raiders na California, às 18:00 horas (horário de Brasília) e cheguem à três vitórias consecutivas; nossa liderança não será sequer ameaçada... qualquer que seja o nosso resultado!


No mesmo dia e horário do jogo dos Steelers, os Bengals voltam a jogar em casa, e recebem o surpreendente NY Jets (04 vitórias e 03 derrotas, na segunda posição da AFC East). A equipe alvi-verde de Nova York tem mostrado um desempenho irregular, alternando vitórias e derrotas desde a primeira semana...

No primeiro jogo, venceram apertado o fraco Tampa Bay Buccaneers, em casa, por 18 x 17. Em seguida, perderam para os Patriots, fora, por 13 x 10. Na terceira semana, derrotaram os Bills em casa por 27 x 20; mas na quarta semana, foram atropelados pelo fraco Tennessee Titans por 38 x 13!

Na quinta semana, venceram o Atlanta Falcons, na Georgia, por 30 x 28; mas na semana seguinte, possibilitaram a primeira vitória dos Steelers, em NY, por 19 x 06... e nesta semana nº 07, venceram os Patriots, em casa, por 30 x 27!

Vai entender essa “lógica”, né?


Geno Smith, QB novato, substituiu a “lenda” Mark Sanchez (lesionado ainda na pré-temporada) e vem resgatando o orgulho da torcida nova-iorquina; alternando atuações brilhantes com alguns erros típicos da inexperiência... mas o calouro está conseguindo conduzir um ataque equilibrado, alternando boas corridas (com Bilal Powell e Chris Ivory) e excelentes passes (com destaques para Jeremy Kerley, Stephen Hill e o “eterno” Santonio Holmes). A defesa também é forte, com Antonio Cormartie, David Harris e Muhammad Wilkerson se destacando por seus números...


Na série histórica, ampla vantagem dos Jets (15 vitórias e 07 derrotas); e nos dois encontros na pós-temporada, ambos realizados em Cincinnati (temporadas de 1982 e 2009), duas vitórias dos alvi-verdes. Aliás, nos últimos dez jogos, vencemos apenas 01 (temporada regular de 2007, em casa, por 38 x 31). É bem verdade que apenas três destes jogos foram disputados em Cincinnati... e jogando em casa, nos últimos cinco encontros, os Bengals venceram três deles!

Acredito que outra vitória virá domingo! Mas não será uma vitória tranquila...

Os Bengals, assim como os Jets, estão sempre “no fio da navalha”, ganhando e perdendo jogos por poucos pontos, e mostrando rendimento extremamente variado dentro da mesma partida! Reitero a preocupação com a nossa defesa, que vem cedendo muitos pontos nos últimos dois Quartos (dinamitando as vantagens conquistadas pelo ataque); e não podemos confiar nesta evolução repentina de Andy Dalton... mas se o Ruivo continuar com esta média (neste último jogo, acertou 24 de 34 passes, conquistando 372 jardas e 03 passes para TD, sem INT), certamente figurará entre os maiores QB's da história da NFL!

Para terminar, não poderia faltar a mais bela obra do “Poetinha”:



Soneto de Fidelidade


De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure”.



Na vitória ou na derrota, na alegria ou na tristeza, juro ser fiel aos Bengals!


WHO DEY???


Bela “Garota de Cincinnati”, né?