sexta-feira, 14 de junho de 2013

Offseason 2013 - Final dos Minicamp's


Nesta quinta-feira, dia 13 de Junho de 2013, os Bengals terminaram sua preparação oficial com o último Minicamp obrigatório. Foi o fim dos trabalhos da Offseason, que começaram em 15 de Abril no Paul Brown Stadium.

Perguntado sobre o principal ponto positivo desta etapa de preparação para a Temporada 2013, o Treinador Marvin Lewis estava com a resposta na ponta da língua:

Não há ossos quebrados! (disse com um sorriso). No geral, nós temos a sorte de não ter nenhuma lesão de qualquer tipo...”

Agora é pensar nos Training Camp em Julho; onde provavelmente todo o elenco estará à disposição do Treinador Lewis. Mas todos estão empolgados, pois nesta etapa preliminar da preparação, os esquemas de jogo parecem ter funcionado bem...

Eu acho que nós temos muito a evoluir... São muitas caras novas no elenco, e leva um tempo para que haja entrosamento pessoal, além da correta compreensão sobre os esquemas de jogo e a nossa filosofia de trabalho. Espero que os novatos continuem demonstrando a mesma empolgação que vimos nesses dias, também durante o Training Camp; e que provem ser capazes de jogar futebol em alto nível. Eles estão mostrando que merecem uma oportunidade na NFL e que podem contribuir bastante para a equipe”.

O experiente treinador tratou de orientar seus jogadores novatos (sejam os recém-draftados ou aqueles que vieram de fora), conversando bastante e dando-lhes conselhos (tanto relacionados com o esporte quanto sobre suas vidas pessoais):

Os jogadores têm de continuar seguindo essa espécie de regime. Nós fornecemos orientações sobre como prosseguir os treinamentos, em especial sobre a parte física, neste período entre o fim do Minicamp e o início do Training Camp. Eles estão em um ótimo nível de condicionamento agora. Mas temos que lembrá-los que o nível de exigência na pré-temporada será maior, e por isso, devem trabalhar duro, para suportar as condições que enfrentaremos nos próximos meses”.

Com relação ao comportamento pessoal, Lewis disse:

Eu conversei com cada um dos rapazes. Principalmente com os novatos. Eu disse a eles para ficar longe de idiotas. Conheça bem seus amigos e familiares e evite contato com aproveitadores – pois isso fatalmente os desviará de suas metas profissionais. Eles agora são jogadores da NFL, e com isso vêm a fama e o sucesso. Essas duas coisas podem ser excelentes... ou te destruirem por completo! Por isso é preciso tomar cuidado...

Um exemplo claro foi a prisão do CB Adam “Pacman” Jones, na última segunda-feira, durante um jogo de beisebol do Cincinnati Reds. Segundo o atleta, duas garotas visivelmente alteradas se aproximaram e pediram para tirar uma foto com ele. O grandalhão atendeu gentilmente às moças; mas, depois de conseguirem a foto, uma delas arremessou uma garrafa de cerveja no jogador, que reagiu “para se proteger”.

Essa não foi a primeira vez que nosso Cornerback freqüentou as delegacias. Em julho de 2011, foi preso por desacato e resistência à prisão, após ter causado confusão em um bar local. Ele se declarou “culpado” e foi condenado a pagar uma multa de US$ 250 dólares, além de 50 horas de serviços comunitários.

Mas o “badboy” continua jogando bem – em 2012, conseguiu 32 tackles...

Outra dor de cabeça para a Diretoria vem sendo o RT Andre Smith. Um dos destaques da campanha de 2012, a equipe de Cincinnati optou por renovar seu contrato. Mas o atleta simplesmente não compareceu ao Minicamp, pois estaria “resolvendo problemas pessoais”.

A diretoria não quis polemizar sobre o assunto (até para não tumultuar o ambiente), mas nos bastidores, fontes revelaram muita insatisfação com a sua conduta anti-profissional – e estudam puni-lo além da protocolar multa salarial...

Uma última informação: os Bengals já assinaram contrato com todos os garotos draftados em 2013 – exceto com o TE Tyler Eifert (escolha da primeira rodada). Mas o Treinador não está preocupado:

Tenho certeza que isso será feito...

Por fim, recomendo a leitura da crônica GREG COOK: O MELHOR QUE NUNCA FOI (disponível em: <http://www.theconcussion.com/2013/06/acronica-greg-cook-o-melhor-que-nunca.html>, acessada em 14.06.2013). O site brasileiro “The Concussion” é um dos melhores em língua portuguesa quando o assunto é a bola oval; e nesta crônica, apresentam a história da jovem promessa Greg Cook – além de retratar um pouco dos primeiros anos da equipe de Cincinnati...


Realmente imperdível! Se você ainda não leu, clique logo no link acima!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Bengals International?




Não é segredo que a NFL sonha tornar-se uma liga mundial...

O maior exemplo foi a NFL Europe League, fundada em 1991 (sob o nome de World League of American Football) e que durou até 2007, com equipes da Alemanha, Holanda, Espanha e Reino Unido. Porém, os prejuízos (US$ 30 milhões só na última temporada) deixaram claro que a estratégia não era a mais adequada... Ao invés disso, a liga vem mandando alguns jogos oficiais de sua temporada regular fora dos Estados Unidos (nesta próxima temporada serão dois: Vikings x Steelers, no dia 29 de setembro; e Chargers x 49ers, em 27 de outubro de 2013); e o resultado (de público e renda) mostrou-se espetacular!

Tanto que surgiram boatos sobre uma equipe mudar-se para Londres!

Sim, meus caros: nosso Cincinnati Bengals pode se tornar a primeira equipe da NFL a mandar seus jogos do outro lado do Atlântico...

Também não é segredo que Mike Brown é ambicioso o suficiente para abandonar a cidade que recebeu seu pai (Paul Brown), após ter sido escorraçado de Cleveland (e do time que levava o seu nome de sua família). Tanto que correm boatos, desde meados de 2006, sobre uma possível transferência dos Bengals para Los Angeles...


Por sorte, três fatores prejudicam esta transferência para a Califórnia:

01) A existência de três franquias no “Golden State” (Chargers, Raiders e 49ers);

02) A grande identificação da torcida laranja (que se espalha pela tríplice fronteira entre Ohio, Indiana e Kentucky) com a equipe; e

03) Os altos impostos cobrados pela cidade californiana (que no passado foram a verdadeira razão pela qual outras equipes como - Rams e Raiders – se afugentaram).

Porém, tanto a NFL quanto a capital da Inglaterra oferecem grandes incentivos aos donos das equipes; pois conhecem o potencial de lucros desta operação de transferência...

E os “olhinhos” de Mike Brown estão brilhando com esta possibilidade!

Geograficamente, a distância não seria um grande empecilho (pois um vôo entre Londres e Nova York leva em média sete horas; sendo que entre NY e Los Angeles leva-se em torno de seis horas). E a enorme procura por bilhetes para os jogos disputados nos últimos anos (sendo capazes de lotar o Estádio de Wembley – com 80.000 lugares) só confirma o interesse dos ingleses em participar desta “festa”!

Joe Reedy, jornalista do Cincinnati Enquirer, questionou o polêmico Andrew Whitworth sobre a possibilidade da equipe se mudar para a Grã-Bretanha... Para nossa sorte, o gigante careca está do lado do torcedor local:

- Se esta mudança vier a acontecer, eu espero já ter conseguido acumular dinheiro suficiente para a minha aposentadoria... Pois se a equipe se transferir para Londres, no mesmo dia encaminho minha carta de demissão à diretoria! E sei que muitos jogadores farão o mesmo... Ok, alguns podem pensar: “oh, jogar fora dos EUA pode ser legal”; mas a maioria de nós não pensa assim! Na verdade, eu odeio pensar nesta possibilidade... mas sei que ela existe! Se acontecer, nós teremos que aceitar... mas não podem exigir que eu goste disso!


Claro que não há nada de oficial sobre esta mudança...

Aliás, os Bengals sequer são a equipe “mais cotada” para isso; já que o Jacksonville Jaguars parece ser a franquia mais propensa a se mudar (seja para Los Angeles ou para Londres). Correm por fora nesta “luta de gigantes” por uma franquia, o Miami Dolphins e o San Diego Chargers (historicamente preteridos em suas terras natais).

Situação distinta de Cincinnati e região, que sempre apoiaram a equipe dos Bengals (mesmo nas péssimas campanhas de outrora)!

Mas existe o “fator ambição”, que pode ser decisivo na escolha do Sr. Brown...



domingo, 9 de junho de 2013

Curiosidade: NBA em Cincinnati?



Hoje é domingo, dia 09 de Junho de 2013... E ainda faltam 88 (longos) dias para a volta da NFL...

Sim, eu também estou ansioso pelo retorno do “compromisso semanal” com a bola oval! Mas o jeito é buscar “passatempos” para amenizar a saudade!

Estou neste exato momento acompanhando o pré-jogo da segunda partida da final da NBA, entre San Antonio Spurs e Miami Heat... Confesso que nunca fui um entusiasta do basquete, mas uma “pulguinha” pousou atrás da minha orelha: por que diabos a cidade de Cincinnati não participa desta liga? E pior: por que Cleveland está lá?


Rivalidades no Baseball e no Futebol Americano a parte... acabei descobrindo que o lar dos Bengals já abrigou uma franquia da NBA sim! E esta franquia continua ativa até hoje...


Em 1945, ano em que os Aliados venceram a Segunda Guerra Mundial, nascia a equipe do ROCHESTER ROYALS, no interior do Estado de Nova York. E logo em sua temporada de estréia, tornou-se campeã da NBL (National Basketball League), com uma campanha de 24 vitórias e 10 derrotas – batendo na final a equipe de Sheboygan Redskins por três jogos a zero.

Na temporada seguinte, a equipe alcançou seu bi-campeonato, tanto da divisão (com 31 vitórias e 13 derrotas) quanto da NBL (ao derrotar o time de Chicago American Gears por três jogos a um)!

Na temporada 1947/1948, os Royals conquistaram seu terceiro título de divisão consecutivo (com uma campanha de 44 vitórias e 16 derrotas), mas na terceira decisão da NBL, acabou sendo derrotada pela equipe do Minneapolis Lakers (sim, o atual Los Angeles Lakers), por três jogos a um...

Ao final da temporada, os Royals, os Lakers, os Pistons (atual Detroit) e o Indianapolis Kautskys deixaram a NBL e foram admitidos na NBA. Mas o sucesso da equipe de Rochester continuou – com uma campanha de 45 vitórias e apenas 15 derrotas na temporada regular de 1948/1949; chegou aos playoffs e só parou nas finais de divisão – pois no meio do caminho havia os Lakers...

O título da NBA só chegou na temporada de 1950/1951; com uma campanha de 41 vitórias e 27 derrotas – que lhe credenciaram aos playoffs, e depois de duras batalhas contra os Pistons e Lakers; puderam enfrentar na final a equipe do New York Knickerbockers (que daria origem ao atual NY Knicks). E o título veio de modo incontestável – com três vitórias em três jogos!

Nos anos seguintes, a equipe “perdeu o fôlego”... e não conseguiu repetir as boas campanhas de seus primeiros anos na NBL e NBA!

Seus melhores atletas foram deixando a equipe... o público foi se afastando... e a franquia deixou de ser “sustentável” - pois Rochester era (e ainda é) uma cidade pequena, se comparada com as outras que abrigavam equipes da NBA...

A solução seria transferir a equipe para um “mercado potencial melhor”...

E foi assim que surgiu o CINCINNATI ROYALS!!!


Sim... o logo era bem tosco! E a equipe também não foi nenhum “exemplo de excelência”...

Mas entre os anos de 1957 e 1972, Cincinnati possuiu uma equipe na principal liga de basquete do mundo! E foi a primeira franquia de Ohio a figurar na NBA...

Só em 1970, com a fundação do Cleveland Cavaliers, que o Estado Buckeye passou a ter dois representantes na liga da bola laranja... mas a “rivalidade” entre Royals e Cavaliers nem sequer teve tempo de “fincar raízes”, pois em 1972, a franquia de Cincinnati mudou-se para Kansas City.

Em sua nova casa, a equipe assumiu seu nome atual: KINGS...

O Kansas City Kings permaneceu no meio-oeste até 1985, data em que se mudou para Sacramento, na Califórnia (onde está até hoje).


Hoje, o Sacramento Kings é uma das piores equipes da NBA... Seus últimos títulos de divisão foram nos anos de 2002 e 2003 – mas o time não é nem sombra do que foi o Rochester Royals!


Ainda sim, fica o registro da curiosa equipe de basquete de Cincinnati...