Para Ray Rice (Running Back campeão do Superbowl XLVII – já
que os Ravens merecidamente derrotaram os 49ers pelo placar de 34 x 31 em Nova
Orleans; num dos melhores e mais emocionantes jogos de toda a temporada):
“Na próxima temporada serão Ravens e Bengals lutando pelo
título da AFC North! Eles são jovens! E é bom ser jovem!”
Bem, o confete já fora varrido e o palco desmontado no
centro do gramado do Superdome; mas a verdade é que agora a temporada 2012 está
oficialmente encerrada – e todas as equipes (incluindo Bengals, Ravens e 49ers)
voltaram a ter um retrospecto de 00 vitória; 00 derrota e 00 empate!
Estamos vivendo a temporada 2013!
Uma última análise sobre a classificação da temporada 2012
mostra os Bengals com o mesmo retrospecto dos atuais campeões (10 vitórias e 06
derrotas) – mas muita coisa mudou desde aquela derrota dos Ravens, em Cincinnati,
na última rodada da temporada regular...
Baltimore certamente entrará firme pelo bi-campeonato,
certo?
Não... necessariamente!
O lendário LB Ray Lewis (considerado o corpo e a alma desta
equipe) estará aposentado... Os brilhantes, talentosos e veteranos Ed Reed e
Anquan Boldin (decisivos nesta última partida) provavelmente deixarão a equipe
– graças às limitações de despesas impostas pela NFL (cuja finalidade é
justamente manter o equilíbrio da liga!).
Mas por outro lado, Joe Flacco alcançou um patamar inédito
em seu padrão de jogo – por vezes lembrando seu xará: Joe Montana (QB histórico
dos Niners)! E também levantaram o Troféu Vince Lombardi os WR’s Torrey Smith e
Jacoby Jones; além dos TE’s Dennis Pitta e Ed Dickson – que finalmente
equilibraram as forças entre uma defesa excepcional... e um ataque
historicamente fraco!
Por falar na defesa, não custa lembrar que ela conseguiu
deter os avanços e a empolgação de um ataque explosivo como o dos Niners; nos
últimos dois minutos de jogo; dentro de sua Red Zone (faltando míseras 05
jardas para uma virada histórica – que acabou não acontecendo). E é importante
ressaltar que, neste esforço final, eles não contaram com Ray Lewis ou com Ed
Reed...
Na jogada decisiva (uma quarta descida para o gol), o LB
Dannell Ellerbe pressionou o QB Colin Kaepernick; enquanto o CB Jimmy Smith fez
uma cobertura excelente sobre o WR Michael Crabtree (embora eu concorde com o
treinador Jim Harbaugh, quando este gritou desesperado para os árbitros,
argumentando a plenos pulmões que esta “cobertura” só foi possível graças ao
puxão na camisa da “árvore de caranguejo” – que resultaria em “pass
interference”) – arruinando os sonhos da torcida auri-rubra da Califórnia...
E convenhamos: muito desta “quase virada” dos Niners pode
ser creditada à lesão no joelho do monstro Haloti Ngata; que possibilitou um
pouco de tranqüilidade (se é que podemos falar que um QB no Superbowl tem
“tranqüilidade”) ao Kaepernick, depois do apagão no início do 3º Quarto (e que
atrasou a partida em quase quarenta minutos!).
Mas para assombro de todos os fãs da bola oval, Joe Flacco
(cujas atuações sempre foram “questionáveis”) terminou a pós-temporada com 11
passes para Touchdown (sendo 03 no Grande Jogo); e Jacoby Jones (irmão do
lutador de MMA Jon Jones), considerado um jogador mediano (para não usar o
termo “medíocre”), e que qualquer equipe da NFL poderia tê-lo contratado como
Free Agency (após o fim de seu vínculo de cinco temporadas com o Houston
Texans); fez uma partida excelente – coroada com a jogada mais impressionante
da partida: um retorno de kickoff para TD de 108 jardas!
Todas essas feras voltarão ao Paul Brown Stadium na próxima
temporada – e não custa alertá-los que os Bengals venceram três dos últimos
quatro jogos contra os Ravens!
Em 2013, a equipe de Cincinnati espera entrar na briga pelo
título da Divisão (conquistado pelos Ravens nos últimos dois anos
consecutivos); o que certamente nos possibilitará um caminho menos “tortuoso” na
pós-temporada do que o encontrado em 2012 e 2011 (onde paramos na “muralha”
chamada Houston Texans).
Para Boomer Esiason (QB dos Bengals no Superbowl XXIII e que
hoje comenta jogos de futebol americano pela rede de televisão norte-americana
CBS), não falta muito para a equipe de Cincinnati tornar-se candidata ao título
da AFC North em 2013:
“Os Ravens passarão por mudanças profundas nesta próxima
temporada. Sem Ray Lewis e com a provável saída de Ed Reed; a linha defensiva perderá
experiência e qualidade de uma só vez – o que tornará a vida de Baltimore bem
complicada... Já os Steelers provavelmente estarão mais fortes em 2013 – mas
ainda dependem muito do estado de saúde de Ben Roethlisberger... A verdade é
que as três equipes tendem a se manter em alto nível, o que garantirá um
equilíbrio de forças por toda a temporada...”.
Mas não pense que a opinião de Boomer é tendenciosa como a
opinião do Neto e do Casagrande sobre o Corinthians! O ex-treinador dos Steelers
(e também comentarista da CBS) Bill Cowher também concorda com o colega:
“Eu gosto do atual elenco dos Bengals – principalmente
porque eles têm A.J. Green. A grande dúvida é saber se Andy Dalton conseguirá
evoluir para o próximo estágio na carreira... Sobre a defesa, vejo um
crescimento astronômico e um potencial de evolução muito interessante. Mas não
há grandes diferenças entre os elencos de Ravens e Bengals... Acho que
Baltimore está um passo à frente de Cincinnati porque sua linha ofensiva jogou
magistralmente nesta pós-temporada; mas defensivamente, os Bengals são melhores
sob alguns aspectos. Ambos os treinadores conhecem bem seus elencos e sabe o
que tirar de melhor deles em prol da equipe. No final, penso que os Ravens
estão comemorando hoje e os Bengals assistiram pela TV apenas porque seu QB não
chegou no nível do Joe Flacco...”
Falando em A.J. Green, é preciso registrar sua atuação
maravilhosa no Probowl 2012 – sendo considerado o principal WR da AFC; e de
quebra, tornando-se o primeiro jogador da história dos Bengals a anotar três
TD’s no “jogo das estrelas” – correndo por 119 jardas. Green foi um dos poucos
destaques na equipe da Conferência Americana, que foi humilhada pela NFC pelo
placar de 62 x 35 no Honolulu Aloha Stadium, no Hawaíi.
Além do A.J. Green, participaram do Probowl os seguintes
atletas dos Bengals: Geno Atkins, Jermaine Gresham e Andrew Whitworth (que além
de falastrão e provocador, também é nosso “sindicalista” – representando os
jogadores dos Bengals perante a Associação de Jogadores da NFL).
Depois da péssima partida do Probowl na temporada 2011; o
Comissário (leia-se: “chefão”) da NFL, Sr. Roger Goodell; declarou que este
poderia ser o último jogo de Probowl da história – já que os custos do evento
eram grandes e o retorno esportivo pífio... Esta declaração “mexeu com os
brios” dos atletas: e no primeiro tempo, as equipes jogaram “sério”, e
aconteceram alguns tackles violentos. Um deles, inclusive, ameaçou a
integridade física de nosso craque – que deixou o gramado mancando. Por sorte,
foi só um grande susto!
Mas o nosso querido Whitworth tratou de expor o lado dos
atletas:
“No começo, foi um jogo intenso. Os caras foram para cima
dos rivais. Era isso que a torcida presente e os espectadores pela TV e
internet queriam. Mas eu realmente não entendo o que os ‘miolos moles’ da NFL
pretendiam com isso! Afinal, era um jogo das estrelas; e todos os All-Stars são
jogos que devem ser divertidos... Se vamos sofrer “avaliação de desempenho” em
cada tempo, o jogo perde sua razão de existir! Confesso que fiquei preocupado,
quando vi o Green mancando... Mas ele me disse que foi só uma pancada na
canela... Porra... já pensou se o garoto quebra a perna, detona o tornozelo, sofre
uma concussão ou algo pior? Eu vejo o Probowl como uma oportunidade de
encontrar outros atletas e conversar sobre suas equipes, métodos de liderança
etc. Nós conversamos sobre um monte de coisas... Foi realmente divertido
encontrá-los e ouvi-los... Afinal, é um jogo de festa... e o que realmente
importa aqui é celebrar uma boa temporada, ao lado dos amigos e de nossos
familiares... Será que estou errado?”
Bom, eu penso que o grandalhão está coberto de razão!
Fomentar artificialmente uma rivalidade entre AFC e NFC que
hoje, na prática, quase não existe; forçando os melhores atletas da temporada a
arriscarem lesões graves que podem custar-lhe a própria carreira; objetivando
mais uma partida “caça-níquel”; beira à crueldade de Roma para com seus
gladiadores!
Se pararmos para pensar, não há como formarmos equipes
“coesas”, formadas por atletas provenientes de equipes rivais – e nem exigir
que esta “rivalidade” latente seja canalizada para seus oponentes da outra
Conferência!
Exemplos: os dois melhores WR’s da partida, pelo lado da
AFC, foram A.J. Green (dos Bengals) e Josh Cribbs (dos Browns)! Mas também
podemos lembrar que Whitworth brigou e provocou os jogadores do Oakland Raiders
durante o confronto na Temporada Regular... mas lá estavam os “corsários”
californianos, com o mesmo uniforme e do mesmo lado do gramado!
Mas chega de falar da temporada 2012... Agora é focar em
2013!
E o primeiro reforço já chegou na segunda-feira
pós-Superbowl (dia 04 de Fevereiro de 2013): o treinador Marvin Lewis recebeu
Aaron Maybin, LB draftado na 11ª Posição em 2009 pelo Buffalo Bills e que jogou
as últimas duas temporadas pelo New York Jets. Maybin chega com a fama de ser
um jogador muito resistente; e dotado de uma velocidade incrível para jogadas
profundas pelas laterais do campo.
Não é segredo para ninguém que Cincinnati precisa melhorar
esta posição de LB. Muito se especulou que o foco no Draft 2013 seria sobre
esta posição; mas agora, com a chegada de Maybin, não podemos garantir que a
diretoria irá investir em novatos – e se o fizer, talvez busque compor elenco e
dar-lhes experiência (o que pode ser uma ótima idéia!).
Curiosamente, o treinador Lewis conhece Maybin desde que o
Linebacker tinha apenas 12 anos de idade... Na época, Marvin Lewis era o
Coordenador Defensivo da equipe do Baltimore (que viria sagrar-se campeão de
seu primeiro Superbowl nesta temporada). E graças a seu bom relacionamento com
Matt Simon (então treinador de RB’s dos Ravens); o treinador dos Bengals
conheceu o garoto – que mostrava um grande potencial... Desde então, Lewis
exerce uma função de “tutor” do garoto; e fez um grande esforço para que a
diretoria trouxesse o atleta de New York...
Aaron acredita que suas primeiras quatro temporadas não
foram tão boas quanto o esperado, porque fora vítima de muitas lesões; e para
piorar, os treinadores insistiam em mantê-lo fora de sua posição original –
cumprindo missões de um LB padrão. Contudo, ao lado de seu “mestre”, ele sabe
que jogará dentro de um esquema favorável às suas habilidades atléticas; e
espera que o resultado apareça rapidamente, para poder cair nas graças da Nação
Laranja e Preta!
Ele sabe que sua titularidade não está garantida; e que
precisará disputar uma vaga com Vontaze Burfict e Emmanuel Lamur – mas não
demonstrou preocupação na sua primeira coletiva de imprensa... Diplomaticamente
elogiou a qualidade de seus “rivais”; e também deixou claro o quanto sente-se
seguro para jogar ao lado de figuras como Geno Atkins e Carlos Dunlap (que
certamente lhe darão a cobertura necessária para exercer seu papel).
Bem, por enquanto são essas as notícias dos Bengals... Assim
que recebermos mais informações concretas, iremos atualizar o blog! Espero que
estejam gostando e, assim como eu, REZANDO para que o tempo voe... pelo menos
até Agosto – quando começa a Pré-Temporada 2013!
Vamos lá, Cincinnati! Rumo ao Superbowl XLVIII!
Galera novo site sobre futebol americano. Ta so começando deem uma conferida
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