Alguns amigos já me perguntaram: “Por que diabos você
decidiu acompanhar futebol americano?” E mais: “já que está acompanhando este
esporte “exótico”, por que cargas d’água torcer justamente para o Cincinnati
Bengals?”
O meu primeiro post neste Blog tentou mostrar um pouco do
início desta paixão inexplicável; mas a verdade é que esse amor se renova a
cada semana!
Foi o caso deste jogo entre Washington e Cincinnati!
Logo na primeira jogada da partida, o QB Andy Dalton NÃO
PARTICIPOU do snap – foi o novato Mohamed Sanu (sim, o Wide Receiver novato, camisa
nº 12) quem recebeu a bola e, num passe inacreditável, lançou A.J. Green para
uma corrida de 73 jardas – claro que terminando num touchdown!
Guardadas as devidas proporções, um WR acertando um passe
longo equivale a um gol de falta do Rogério Ceni!
Com o devido respeito às demais franquias, os Bengals são
surpreendentes e apaixonantes, com jogadas inacreditáveis (como esquecer o
salto acrobático do Jerome Simpson contra o Arizona Cardinals na última
temporada?) e uma torcida fanática!
Impossível não fazer parte desta Nação Bengali!
Sanu, em entrevista após o jogo, foi humilde:
“É difícil derrubar esse cara [A.J. Green]. Eu só lancei a
bola, num ponto onde ele conseguiu buscá-la”.
O estádio em Washington estava lotado, pois a torcida da
Capital Federal estava ansiosa pela estréia em casa do QB Robert Griffin III –
que até jogou bem, mas não foi páreo para Dalton e seu esquadrão laranja e
preto.
A conexão “Sanu-Green” foi apenas o começo, num jogo repleto
de lances surpreendentes, inovadores e divertidos. Os Bengals anotaram três
touchdowns na primeira metade da partida (com três jogadores diferentes), o que
lhe garantiu uma vantagem de 17 pontos antes do intervalo. Mas ao final do
jogo, sofreu uma pressão enorme, vencendo por 38 x 31, após uma seqüência
bizarra protagonizada pelos Redskins.
Andy Dalton explicou o sucesso da equipe:
“A criatividade que temos aqui, aliada ao talento dos Wide
Receivers e dos Running Backs, possibilitam os lances diferentes que estamos
fazendo. Você tenta encontrar um diferencial no jogo, e felizmente, nós conseguimos
isso hoje”.
Os Bengals são famosos por sua forte defesa, mas agora,
parece que a linha ofensiva está entrando em sintonia com o resto do time,
evoluindo a cada semana, e pela primeira vez (deste novembro de 2006),
conseguiu marcar mais de 30 pontos em duas semanas consecutivas.
A.J. Green também está otimista com o desempenho do time:
“Estamos conseguindo fazer jogadas em todos os setores do
campo”.
Não há dúvidas sobre isso. Eles conseguiram variar bastante
as jogadas, utilizando a tática do “no-huddle” que confundiu a defesa dos
Redskins. Um exemplo disso foram os touchdowns - BenJarvus Green-Ellis anotou
um TD de apenas 1 jarda (correndo); enquanto A.J. Green, Binns, Gresham e
Hawkins anotaram TD’s de 73, 48, 06 e 59 jardas (respectivamente).
Dalton acertou 19 dos 27 passes tentados, conquistando 328
jardas e 03 TD’s. A.J. Green recebeu nove passes e conquistou 183 jardas (e um
TD). O jogo estava empatado em 24 x 24, quando Andy Dalton, no 4º quarto, conduziu
o ataque para dois TD’s em pouco mais de quatro minutos de jogo.
Mas Griffin provou que não será nocauteado facilmente. Ele
comandou o ataque dos “peles vermelhas”, que perdiam o jogo por 24 x 07 (na
metade do 2º quarto), levando-os para impressionantes 24 x 24 (no final do 3º
quarto); e mesmo depois dos dois TD’s dos Bengals no 4º quarto, não desistiu da
partida – RGIII anotou um TD, correndo com a bola por 2 jardas, deixando o
placar em 38 x 31, faltando ainda 03:35 para acabar o jogo.
O time de Washington tentou um “One Side Kick” e aparentemente
foram bem sucedidos; mas os árbitros entenderam que a bola não cruzou a linha
de 10 jardas (mínimo necessário), e a equipe de Cincinnati recuperou sua posse.
Os Redskins recuperaram a bola, faltando 1:47 para o final
do jogo, mas em sua linha de 02 jardas do campo defensivo. RGIII, alterando
corridas (dele mesmo) com uma seqüência de passes curtos, conseguiu levar o
time até a marca de 19 jardas do campo ofensivo – mas acabou sacado 15 jardas
atrás da linha de scrimmage. Como não tinha mais tempo para pedir, jogou a bola
no chão para travar o cronômetro (faltando sete segundos).
Neste instante, um dos árbitros sinalizou que a conduta de Griffin seria punida com um avanço de 10 segundos no relógio - o que encerraria a partida. Marvin Lewis e seus reservas entraram em campo, comemorando a vitória, mas os reservas dos Redskins partiram para cima da arbitragem, alegando que a punição no cronômetro seria indevida (e que, por isso, ainda teriam sete segundos).
Os árbitros cederam à pressão do time da casa, e o relógio voltou para os sete segundos - mas aplicaram uma punição de 25 jardas por "conduta anti-desportiva" praticada pelos jogadores do Washington.
Para piorar, o TE Fred Davis cometeu um "false start", agravando a perda de jardas. A bola oval foi colocada na linha de 41 jardas de seu campo defensivo - e os Redskins teriam sete segundos para converter uma "terceira para quarenta e cinco".
Neste instante, um dos árbitros sinalizou que a conduta de Griffin seria punida com um avanço de 10 segundos no relógio - o que encerraria a partida. Marvin Lewis e seus reservas entraram em campo, comemorando a vitória, mas os reservas dos Redskins partiram para cima da arbitragem, alegando que a punição no cronômetro seria indevida (e que, por isso, ainda teriam sete segundos).
Os árbitros cederam à pressão do time da casa, e o relógio voltou para os sete segundos - mas aplicaram uma punição de 25 jardas por "conduta anti-desportiva" praticada pelos jogadores do Washington.
Para piorar, o TE Fred Davis cometeu um "false start", agravando a perda de jardas. A bola oval foi colocada na linha de 41 jardas de seu campo defensivo - e os Redskins teriam sete segundos para converter uma "terceira para quarenta e cinco".
RGIII ainda tentou um passe longo... sem sucesso!
Foi a segunda semana consecutiva em que uma punição por “conduta
anti-desportiva” frustrou as chances dos Redskins empatarem o jogo, nos dois
minutos finais. Na semana anterior, Josué Morgan arremessou a bola no
adversário, e a equipe perdeu para o fraco St. Louis Rams. Griffin desabafou à
imprensa:
“Nós não podemos ter esse tipo de coisa nesta situação”.
Contra os Rams, Morgan assumiu sua responsabilidade; mas o
treinador Mike Shanahan foi “irônico” ao comentar a punição desta semana:
“Eles [os juízes] jogaram a bandeira para nós, culpando-nos
pela invasão de campo, mas a verdade é que metade dos jogadores que invadiram o
gramado não eram da nossa equipe. Fiquei decepcionado com isso”.
Griffin apanhou bastante em campo – sendo sacado seis vezes;
mas conseguiu completar 21 dos 34 passes, conquistando 221 jardas e anotando 1
TD. Ele também correu 12 vezes e conquistou 85 jardas, mas sofreu um fumble,
após uma “paulada” de Carlos Dunlap (que fez seu primeiro jogo na temporada,
após recuperar-se de uma entorse no joelho direito).
No 1º Quarto, além do inacreditável TD de A.J. Green
(recebendo passe de Sanu na primeira jogada da partida); tivemos o LB Rob
Jackson empatando a partida (interceptando passe de Andy Dalton e retornando
para touchdown); e o WR Armon Binns recebendo passe de 48 jardas para abrir
vantagem de 14 x 07 para os Bengals.
No 2º Quarto, a vantagem ampliou – com o FG de 47 jardas
chutado por Mike Nugent e com o TD corrido de Green-Ellis. Cundiff descontou,
chutando um FG de 36 jardas, levando as equipes para o vestiário com o placar
de 24 x 10 para os visitantes.
No 3º Quarto, RGIII e companhia acordaram, e anotaram dois
TD’s – o RB Alfred Morris correu por sete jardas; e o WR Santana Moss recebeu
um passe curto, de três jardas, dentro da End Zone.
Mas no 4º Quarto, os Bengals anotaram dois TD’s em menos de
cinco minutos – o TE Jermaine Gresham recebeu passe de seis jardas; e o WR
Andrew Hawkins recebeu um passe longo, de 59 jardas. Robert Griffin III ainda anotou
um último TD, correndo por duas jardas, mas não foi o suficiente para virar o
placar – terminando mesmo em 38 x 31.
Nos “boletins médicos” do jogo, os Redskins jogaram a maior
parte da partida sem o LT Trent Williams, que machucou o joelho direito e
preocupa o departamento médico. Washington também perdeu os CB’s Cedric Griffin
e Crezdon Butler, que deixaram a partida lesionados. Pelo lado de Cincinnati,
os Bengals não contaram com o CB Leon Hall (que sentiu uma lesão na
panturrilha).
Resumindo: foi um jogão!
Quem leu os meus “Prognósticos para a Temporada 2012”, sabia
que seria um grande duelo, sem qualquer favoritismo de “parte a parte”, mas que
a vitória dos Bengals seria fundamental para alcançarmos a pós-temporada pelo
segundo ano consecutivo.
Felizmente, vencemos este confronto!
Agora começa uma seqüencia de três jogos (contra Jaguars,
Dolphins e Browns), onde não podemos nem pensar em qualquer outro resultado que
não seja a vitória!
No papel, somos favoritos à vitória – mas como estamos
vivendo um ano atípico como 2012 (onde o Chelsea foi campeão da Champions
League, o Corinthians ganhou a Libertadores, o México foi medalha de ouro no
futebol masculino em Londres, o Arizona Cardinals [com Kevin Kolb!] está
invicto e o Oakland Raiders bateu os Steelers!), é melhor conter as expectativas
– tanto dos jogadores quanto da torcida; e esperar pelos resultados!
Os Bengals viajam para a Flórida, onde enfrentam os Jaguars
no próximo domingo, dia 30 de Setembro de 2012, às 17:00 (horário de Brasília).
O time de Jacksonville perdeu dois jogos (23 x 26 contra os Vikings [fora] e por
07 x 27 para os Texans [em casa]) nas duas primeiras rodadas; mas na última
semana, venceu o Indianápolis Colts, fora de casa, por 22 x 17.
Com o encerramento desta terceira semana, os Bengals
continuam na segunda colocação da AFC North – mas melhorou no ranking da AFC
(saltando da 7ª para a 6ª colocação); e principalmente, no ranking da NFL (pulando
da 12º para o 7º lugar). Os Ravens (que venceram o New England Patriots por 31
x 30) continuam na liderança da divisão; enquanto os Steelers (que perderam
para o Oakland Raiders por 34 x 10) e os Browns (que novamente perderam – desta
vez para o Buffalo Bills, por 24 x 14, em casa) se complicaram – ocupam as
últimas duas posições na AFC; e o Cleveland só não é a pior equipe da NFL,
porque o New Orlean Saints está tendo um inicio desastroso.
Claro que estamos no começo do campeonato, e muitos jogos
ainda virão... mas é bom abrirem os olhos, pois a temporada é curta e o nível
está elevado!
(não que eu esteja muito chateado pelos resultados deles,
claro...)
Equipes:
|
Baltimore
Ravens
|
Cincinnati
Bengals
|
Pittsburgh
Steelers
|
Cleveland
Browns
|
Vitórias:
|
02
|
02
|
01
|
00
|
Empates:
|
00
|
00
|
00
|
00
|
Derrotas:
|
01
|
01
|
02
|
03
|
%
Vitórias:
|
0.667
|
0.667
|
0.333
|
0.000
|
Pontos
Marcados:
|
98
|
85
|
77
|
57
|
Pontos
Sofridos:
|
67
|
102
|
75
|
75
|
Saldo
de Pontos:
|
31
|
-17
|
02
|
-18
|
Touchdown’s:
|
11
|
10
|
09
|
06
|
Em
Casa:
|
2-0
|
1-0
|
1-0
|
0-2
|
Fora:
|
0-1
|
1-1
|
0-2
|
0-1
|
Na
AFCN:
|
1-0
|
1-1
|
0-0
|
0-1
|
%
Vitórias:
|
1.000
|
0.500
|
0.000
|
0.000
|
Na
AFC:
|
2-0
|
1-1
|
1-2
|
0-2
|
%
Vitórias:
|
1.000
|
0.500
|
0.333
|
0.000
|
Fora
da AFC:
|
0-1
|
1-0
|
0-0
|
0-1
|
Histórico:
|
01 Vitória
|
02
Vitórias
|
01 Derrota
|
03
Derrotas
|
Últimos
05:
|
2-1
|
2-1
|
1-2
|
0-3
|
Classif.
AFCN:
|
1º
|
2º
|
3º
|
4º
|
Classif.
AFC:
|
2º
|
6º
|
15º
|
16º
|
Classif.
NFL:
|
4º
|
7º
|
26º
|
31º
|
Como eu disse... foi um duelo equilibrado... não foi?